O Bebê do Bilionário

Finalmente em Casa

☆☆☆Melissa☆☆

Markus passou o resto da noite evitando meu olhar, acho que ele ficou realmente irritado com o que aconteceu, mas a culpa não foi minha, eu não chamei Rafael para ir até mim, ele foi sem que ninguém mandasse, e ainda acabou arrumando confusão para meu lado.

-Está na hora, vamos? - Ele perguntou de repente, eu estava tão perdida em meus pensamentos que nem mesmo o vi se aproximar.

- Claro, vamos sim, estou exausta. - Tentei dar um sorriso pra ele, mas antes mesmo que eu conseguisse, ele já estava de costa pra mim, será uma noite bastante longa.

Durante todo o trajeto até o apartamento, ele foi em silêncio, não mencionou nada a respeito do ocorrido nem mesmo me perguntou sobre nada. E eu estava sem coragem o bastante para ser eu a perguntar.

Eu estava muito sem graça na presença dele, o silêncio me deixa agoniada, e sem saber sobre o que falar, enquanto ele parecia preso em sua própria mente.

- Ocorreu tudo bem no jantar, embora tenha acontecido alguns emprevistos. - Tentei puxar uma conversa, quanto já estávamos quase chegando no prédio onde residiamos.
- Achei tudo maravilhoso, obrigada por ter feito tudo tão incrível.

- Completei ainda tensa.

- Minha equipe foi mesmo muito rápida, até trocaram a data de alguém que já tinha reservado para hoje. Ficou tudo impecável. - É Claro que eu sei que ele não fez nada pessoalmente, mas foi apenas comentário de agradecimento, que ele gentilmente recusou.

Estou mesmo encrecada, mas eu realmente não fiz nada para irrita-lo, Rafael é impossível, sempre foi..... faz as coisas sem pensar nas consequências que isso pode trazer para a vida do outro, um belo exemplo disso sou eu mesma, olha oque ele fez comigo.

Sei que Markus é eu temos uma relação contratual, mas é bem óbvio que ele ia detestar que isso acontecesse no dia do nosso noivado, poderia ter posto muita coisa em risco e muita a peder. Eu não quero parecer ingrata, eu realmente aprecio o que ele fez por mim, mesmo quando até minha família me virou as costas, me defendeu quando muitos me atacaram, eu não quero fazer nada de errado, nada que posso envergonha-lo.

Chegamos no apartamento e ele ainda continuava com aquele silêncio ensurdecedor, eu já nem conseguia me manter parada, estava mexendo nas mãos nervosamente, e balançando os pés.

Ele abriu a porta pra mim, eu entrei já pensando em ir para o quarto de hóspede e nunca mais sai de lar, mais antes eu ia dar boa noite, queria que aquele climao entre nós dois se fosse de uma vez, quando me virei ele estava me encarando, encostado no batente da porta da entrada de uma maneira falsamente descontraída, seus olhos queimavam em mim, passeando por cada centímetro do meu corpo como se eu fosse alguma obra de arte.

- O que foi? - Olhei de volta para ele sem desviar meu olhar por nenhum segundo..... - Está tudo bem?
- Perguntei já ficando apreensiva

Ele tem esse dom de me desconcerta completamente apenas com o olhar dele que me incendeia e me intiga a deseja-lo.

Não obtive resposta, ele apenas se afastou do bastante e veio caminhando em minha direção lentamente, como um felino indo atrás de sua presa. Meu coração já martelava contra as minhas costelas, minha respiração começando a acelerar.

Eu sabia exatamente o que ele queria, mas o que eu não sabia era se ele estava com raiva de mim, se ele ainda faria da mesma maneira e sempre, se seu humor tinha se estabelecido.

A verdade é que eu não consigo entendê-lo, não consigo acompanhar suas mudanças de humor.

Suas mãos alcançaram meu corpo, traçando uma lenta subida até meus ombros, seus olhos estavam escuros, desejosos.... mas a dúvida insistia em me incomodar, ele não parecia bem comigo naquele momento, mas agora o desejo em seus olhos me diz que está tudo bem, só que não é assim que se resolve uma relação.

Seus lábios tocaram meu pescoço, e um leve gemido de satisfação escapou pelos meus lábios, mesmo eu tentando reprimir..... - Markus.....

- Shiiii.... apenas sinta... - Sua voz rouca, fez meu ventre se contorcer, ele esta me deixando maluca.