capítulo nove

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Connecticut- New Haven


Noite de sexta feira, nada poderia ser melhor do que fazer uma maratona de filmes.

Lawrence voltou a sala , com dois baldes de pipoca, chocolate e muita bala, iria dormir em seu apartamento, por muita insistência dele.

Isso me resultou em " nada de netinhos agora Karla Camila, repita comigo, usar camisinha, mesmo que ele não goste, certificar de que ele não vá usá-la mais que uma vez ".

Sorrir, espantando todos os pensamentos obscuro, uma calça moletom larga era usada , juntamente a uma camisa de malha, assim ele estava.

Posso dizer que eu estava o mais confortável possível.

- qual filmes iremos assistir?.- jogou a pipoca para cima , fazendo-a cair diretamente em sua boca.

- Frozen.- ele se engasgou, tomando um grande gole do seu refrigerante, colocado na mesinha do centro a poucos minutos atrás.

- Frozen?, céus, a criança que habita em você dá para ver de longe, não gosto de Frozen.

- não gosta?, irá assistir do mesmo jeito, um por todos e todos por um!.- sorrir com a língua presa entre os dentes, me dedicando a abrir a gostosa embalagem do chocolate.

- não irei discutir com você.- procurou o filme, dando play logo em seguida.


Segui com o olhar, ele se levantar e apagar a luz , deixando o ambiente gostoso, seu sofá virava cama, perfeito para assistir a filmes.

O filme já havia começado, Lawrence não tirava a expressão de desgosto do rosto, eu realmente não estava me importando, Frozen e os demais filmes, me fazia ser criança outra vez.

- odeio esse filme.- resmungou ao meu lado, apenas sorrir dando de ombros.

Anna havia acabado de conhecer Hans, foi inevitável não fazer um bico emburrado, Elsa havia impedido os dois de casarem, eu casaria com Lawrence sem pensar duas vezes.


Larguei o balde de pipoca para o lado , me levantando, Anna começaria a cantar minha música favorita e eu não deixaria de cantar.


- muitas portas se fecharam pra mim sem razão de repente eu encontrei você.- cantei com empolgação, fazendo caras e bocas.

- eu passei a vida procurando emoção, talvez esteja nas conversas ao se lambuzar de glacê.- não pude deixar de sorrir, ao vê-lo em pé ao meu lado.


- odeio esse filme.- imitei sua voz, falando suas palavras ditas a poucos minutos atrás.- com você.

- com você tenho emoção.- segurou minha mão, me girando pela sala.

- vejo a razão.- bati com tudo em seu peito, o aperto delicado, foi aplicado em minha cintura.

- não há nada igual a esse amor sentir, vejo uma porta abrir, vejo uma  porta abrir, vejo uma porta abrir.- cantamos juntos.

- com você.- sorrir, saindo de seus braços, seu olhar perverso me fez sorrir ainda mais.

- você!.- andou até mim, coloquei a mão em seu peito, o parando.

- você.

- você!.

- vejo uma porta abrir...- cantamos em sincronia, ele se afastou, voltando a sua posição inicial.

- e meio doido.- cruzou os braços pensativo.

- o que?.- agora era a minha vez de se aproximar dele.

- você finaliza meus...

- sanduíches.

- era o que eu iria dizer!.

- não conheci ninguém com meu.- segurei suas mãos.

- jeito de pensar, juntos , outra vez! , parece sincronizado, mais pode ser explicado.- cantamos em alto e bom som.- você...e

- eu...- girei, até colar minhas costas em seu peito.- nós somos um par.

- diga adeus para a dor que passou, o amor não vai deixar ela vir, vejo uma porta abrir, vejo uma porta abrir , e tudo vai se expandir.

- com você.- cantei.

- você.- sussurrou em minha orelha.

- você!.

- você!, vejo uma porta abrir....- cantamos juntos a última parte, seus olhos estavam fixos aos meus.


- eu não gosto de Frozen.- imitei sua voz, revirando os olhos.

- eu gosto da música.- sorriu, se jogando no sofá.- deita aqui e vamos terminar de assistir.

Me joguei em seus braços, me aconchegando por ali mesmo, ele estava cheiroso.

Acabamos por dividir um balde de pipoca, as vezes sentia um pequeno choque, sentido nossas mãos se esbarrarem de vez e nunca.

Frozen seria o meu filme favorito de agora em diante.



Doutor Jauregui Where stories live. Discover now