capítulo vinte

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Massachusetts- Boston


- é uma menina!.

- menina? Que menina?.... céus.... eu ainda sou virgem.- sussurrei a última parte, terminando de arrumar meu cabelo.


Vestia algo simples, um vestido soltinho longo já que o tempo estava favorável para o traje.

Lawrence havia me acordado a meia hora atrás alegando que já estava na hora, eu estava faminta, às horas marcada em meu aparelho marcava oito e quinze.

Bocejei, espantando o resto do sono que eu tinha, colocando no viva voz a ligação de dona sinuhe, não fazia nem vinte segundos que eu havia atendido sua ligação.

- eu estou grávida Karla, é uma menina!.


Grávida!?.

- o que!?, você e o papai andaram fazendo....sexo mãe!.- estava surpresa e horrorizada ao mesmo tempo.

- não reclame Karla, quando levar uma boa chupada irá querer ser chupada sempre.- bufou visivelmente estressada.- como anda as coisas com o meu genro?.- sua voz ficou mansa, sempre era assim quando se tratava de Lawrence.


- céus mãe...que vergonha.- mordi o lábio, lembrando da língua aveludada do homem que eu tanto pensava.- estamos bem, confesso que está sendo incrível o nosso tempo junto sem celulares ou qualquer coisa que tire nosso foco.

- falou como se fosse uma mulher casada que está reatando as coisas com o marido, não houve pedido de namoro?.- ela estava indignada.

- não, não quero pressiona-lo, descobri coisas que me obrigaram a ir com calma, Lawrence é tão delicado quanto a uma porcelana mãe.....no momento agora ele precisa de carinho e muita confiança.- sorrir ao falar dele daquela forma.


- não poderia ter um genro melhor que ele, doutor jauregui é um homem bom, pude perceber que ele não só quer te comer karla.- por um lado dona sinuhe estava certa.

O tempo em que eu fiquei afastada dele , outros homens quiseram tentar a sorte, quando viram que não iria rolar nem um beijinho, eles corriam como o diabo corria da cruz.


- isso está muito longe dos planos dele, ele me trata com tanto carinho, sempre quando está comigo procura fazer produtivo.- suspirei, vendo que passei muito tempo no celular, Lawrence estaria lá fora sozinho.


- produtivo, sei...- corei ao escutar seu riso malicioso.


- é sério mãe, preciso desligar, ele está lá fora sozinho me esperando.- me olhei uma última vez no espelho, saindo do quarto.


- tá bom amor , se cuida.- ela mesma deligou a chamada, o humor de dona sinuhe estava mudando radicalmente.



Fiquei um pouco surpresa quando ela disse que estava grávida, depois de quase vinte anos a mais velha decidiu engravidar novamente, não posso negar, eu estou ansiosa para conhecer o rostinho do pequeno feto.


Como eu não havia percebido que ela estava grávida?.


- aí está você...pensei que tinha desistido, eu já iria comer tudo sozinho.- Lawrence sorriu, lavando suas mãos que estava suja de carvão.



A grande mesa de madeira estava com diversas carnes e acompanhamentos, roubei uma suculenta batata, me deliciando ao sentir o sabor bem temperado dela e ainda estava quentinha.


- desculpe, estava falando com minha mãe, acredita que ela está grávida?.- coloquei uma batata em sua boca, vendo o mesmo mastigar vagarosamente.



- um bebê?, que incrível!.- peguei a latinha de cerveja que ele bebia, tomando um grande gole da mesma.- gostaria de ter uma irmã.- ele ficou pensativo.



- acho....que não estou preparada para ter uma irmã, apesar de ter gostado muito da ideia.- ele assentiu, virando de costas para a churrasqueira.


Não pude deixar de morder os lábios ao ver sua bunda redondinha na calça jeans que ele usava, mesmo sendo um pouco solta, marcava muito o que ele tinha, Lawrence adorava ficar sem camisa, não importa se estava fazendo frio ou calor ele gostava de estar livre de roupas.


- que venha com muita saúde, camz.- ele jogou uma peça de carne na tábua de madeira, cortando em várias tiras.


Peguei uma soltando no mesmo instante, estava muito quente, ele riu assoprando meus dedos, os beijando em seguida.


- isso é um sinal de que eu tenho que parar de ser gulosa.- resmunguei, Lawrence beijou meus lábios em um selinho carinhoso, voltando a fazer seus afazeres.- pensa em ter filhos law?.


- não sei ao certo, acho que por enquanto não, filho precisa de atenção e eu estou no auge da minha carreira, isso iria atrapalhar a vida do meu filho por não ter um pai presente, caso eu tenha algum no futuro eu pretendo ser o pai que eu não tive , sabe?, independente do gênero posso comprar bola para o meu príncipe e bonecas para minha princesa, posso assistir os vingadores com o meu moleque ou assistir contos de fadas com a minha garotinha.- seus olhos estavam brilhantes, o sorriso não saia de seu rosto.


- entendo perfeitamente, e é lindo a forma intensa que você vê as coisas, você é incrível, doutor jauregui.


- eu apenas procuro ver o lado diferente das coisas, isso me ajuda bastante..... vamos comer?, tenho uma surpresa para você.- sorrir quase de imediato, adorava presentes.



- você sempre tem algo para mim, e eu não tenho nada em troca.- respondi, de certa forma chateada.


- só de estar aqui comigo hoje é melhor que qualquer coisa.- assenti lentamente, abaixando a cabeça, sentia minha bochecha queimar.


Ele me deixava envergonhada apenas com palavras simples.

Doutor Jauregui Onde histórias criam vida. Descubra agora