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Outubro, 2023

"E tudo o que posso sentir é esse momento, e tudo o que eu posso respirar agora é a sua vida."

A frase de Any realmente foi levada ao pé da letra e bem diga por Josh no dia seguinte.

A cidade estava estranha, mais alfas e suas famílias chegavam, e de repente já houve até mesmo pessoas batendo na porta da casa de Any.

Any e nem Josh sentiam uma ameaça iminente, na verdade, chegavam a oferecer ajuda, e muitos relembre pareciam nem saber o que de fato estavam fazendo ali, mas sentiam que era onde precisavam estar.

Josh achou melhor que Any ficasse com ele, e  Ron e Thomás tomaram a iniciativa de sugerir que todos ficassem na mansão, Any seria melhor vigiada e cuidada, e era mais difícil que alguém chegasse perto com tantos alfas ao seu entorno.

Também houve outra coisa, naquele momento até, a barriga de Any havia crescido mais um pouco da noite para o dia, e eles não tinham um único parâmetro para seguir a não ser de que o bebê chegaria quando estivesse pronto.

Mas quando seria?

Úrsula sugeriu fazer uma ultrassom, mas só com a menção de alguém tocando na barriga de Any, os olhos da menina se tornaram brilhantes e seu corpo inteiro se arrepiou, intimidando até mesmo cada alfa da casa.

- Ela não entende o que isso quer dizer, não confia que ninguém toque na minha barriga - a morena disse, a voz monótona e automática, quase como se nem fosse ela mesma a dizer.

Com muito custo, apenas no dia seguinte àquele, Josh sugeriu ideia de calmantes, talvez relaxasse o lobo e até a própria Any.

Só que relaxou demais.

E agora a garota estava completamente dopada na maca improvisada num dos quartos da mansão - também improvisado para qualquer possível problema que teriam.

Desde o início sabiam que não seria um parto convencional, não daria para ser num hospital, chamaria atenção demais e simplesmente ninguém iria ter coragem de chegar perto de Any naquele momento - e era extremamente perigoso deixar a garota perto de outras pessoas naquela situação.

Então Úrsula foi precisa em buscar tudo o que poderia eventualmente necessitar em alguma situação com o bebê ou Any, por aquele motivo tinha um mini hospital num dos quartos, incluindo um aparelho de ultrassom.

- É um barulho esquisito - Josh comentou, era o milésimo comentário que ele fazia enquanto sua mãe verificava como aparelho por toda a barriga de Any.

- É o útero da sua soulmate, menino, esse é o som da placenta dentro dela - Úrsula resmungou. - Se falar mais alguma coisa eu te expulso daqui.

Não era como se se alguém realmente pudesse fazer aquilo, sua soulmate grávida estava ali, desacordada e dopada, nem mesmo se quisesse ele conseguiria convencer seu lobo de deixá-la.

- Pronto, consegui - Úrsula falou animada.

Estava há bons dez minutos tentando chegar até o bebê de Any, com camadas e camadas de proteção ao redor da placenta.

Placentas.

A mulher franziu o cenho, observando melhor.
Agora sim seu filho iria surtar.

- O que foi? Está parecendo preocupada. Por que você teria que estar preocupada? - ele disparou.

Os dois sentiramno tremor no corpo de Any, e encararam a garota, prendendo as respirações. Ela não podia acordar, ou estariam em apuros. O lobo não entendia de aparelhos e hospitais, ele se recusava a entender que era necessário tocarem em Any, alegando para a própria que sabia que o bebê estava bem e pronto. Mas Any era humana de qualquer forma e precisava de algo concreto, sem contar que assim poderiam ter um parâmetro sobre o tamanho do bebê e talvez quando ele poderia chegar.

50 tons de imprinting Where stories live. Discover now