Wildfire l.s (ABO)

Curiosidade

Oi oi! Claro que vocês podem imaginar como quiserem, mas deixei na capa como imagino o Harry e o Louis nessa fic.

Se caso houver frases em francês , vou deixar as traduções nos comentários.
Espero que estejam gostando. Beijos e até o próximo.

Xxx

Levei a xícara sustentada pela minha mão direita até os lábios, bebericando um pouco do chá que eu havia preparado. Em minha mão esquerda, eu segurava um livro. Não era qualquer livro. Era O Farol de Fisher. Isso mesmo, aquele livro que eu havia gostado, mas não pude comprar. Aquele que foi dado a mim junto a uma sacola de compras. Bom, talvez eu devesse ter tocado no assunto na noite passada. Ter agradecido pelas compras. A verdade era que aquilo tudo me deixava muito confuso. Louis não era uma pessoa confiável, fato. Mas algo em seus belos olhos azuis me despertava curiosidade e fascínio. Eu só podia estar ficando louco.

Fechei o livro e o deixei sobre a mesa, respirando fundo em seguida.

— Está tudo bem, Harry? — a voz do meu pai soou, parecendo preocupado. Ergui meu olhar e forcei um sorriso para ele — Você parece preocupado. — ele se aproximou, sentando-se na cadeira ao meu lado — Olha, sabe que preso sempre pela felicidade sua e do seu irmão, não sabe?

— Claro, pai.

— E preso ainda mais pela segurança de vocês. — assenti, um tanto confuso — Vi você conversando com um rapaz diferente ontem à noite. Vocês se conhecem?

— Ahn, sim! — não era exatamente uma mentira — Ele é amigo do Niall e me acompanhou até aqui.

— Tudo bem, só tome cuidado, filho. — ele sorriu e se inclinou, depositando um beijo no topo da minha cabeça — Depois do que houve com sua mãe, eu fico muito preocupado. Só quero protegê-los de todo o mal.

— Eu sei, pai. Está tudo bem. — sorri de volta para tranquilizá-lo — Nada vai acontecer.

— Preciso ir para o trabalho agora. Deixei um pouco de dinheiro em cima da geladeira, compre algo para o jantar. — ele pegou seu casaco sobre o encosto da cadeira e o vestiu — Seu irmão não quer ir para a escola, tente convencê-lo.

Terminei de tomar o meu chá e subi as escadas depressa, seguindo até o quarto do Charlie. Empurrei a porta devagar e entrei no cômodo, encontrando meu irmãozinho sentado no centro da cama com as pernas cruzadas.

— Não quero ir. — ele disse assim que me viu.

— Mas por quê? — perguntei carinhosamente ao pequeno Alfa que tinha em seus lábios um adorável biquinho emburrado.

— Todos são maus comigo.

— Quem? Seus coleguinhas? — Charlie assentiu — O que fizeram com você?

— Eles zombam de mim e dizem coisas ruins.

Respirei fundo e me aproximei, sentando-me na beira da cama.

—Eu vou até lá conversar com a professora. — Charlie me encarou com seus grandes olhos verdes brilhantes — Você é um garotinho incrível. — o puxei para meu colo, abraçando-o carinhosamente — É doce, inteligente e muito corajoso. — ele abriu um pequeno sorriso de covinhas — E além disso, tem seus amiguinhos, não é mesmo?

— Sim! — disse animado — Eles me defendem e brincam muito comigo.

— Quer mesmo faltar e deixá-los sozinhos? — ele maneou a cabeça — Certo, então vamos nos arrumar.

Após deixar Charlie no colégio, conversei seriamente com a professora. As crianças conseguem ser muito cruéis as vezes. Só quero ter a certeza de que meu irmãozinho está bem e feliz em um dos seus lugares favoritos. Em segui, segui até o centro da cidade para comprar algumas frutas, vegetais e carnes. Era cedo, consequentemente não havia muitas pessoas pelas ruas. Era uma manhã fria e escura. Por sorte eu havia vestido um suéter na cor vinho, calça jeans escura e botas estilo militar. Meus cabelos estavam levemente bagunçados e cachos rebeldes deslizavam por minha nuca. Passei uma das mãos pelos fios e disse a mim mesmo que já estava na hora de cortar um pouco.