Wildfire l.s (ABO)

A proposta

Oi, meus amores :)
Se possível, votem e comentem o quanto puderem, isso ajuda bastante.
Até o próximo

xxxx

Encarei Louis por longos minutos. Ele se mantinha em quieto, com seus olhos fixos nos meus, enquanto aguardava por uma resposta. Engoli em seco devido ao contato visual forte e maneei a cabeça, piscando rapidamente. Entreabri os lábios, mas tudo que saiu por eles foi um suspiro sôfrego. Eu não sabia o que dizer. Como assim eu iria com aquele Alfa? Para onde? E por quê? Talvez ele apenas estivesse brincando. Claro que era isso

— Como é que é? — foi o que consegui perguntar. Meu corpo não parecia reagir aos meus comandos e a forma que aquele Alfa me encarava tornava tudo ainda mais difícil.

— Sei que acha que não sou a pessoa mais confiável do mundo, e está certo. — franzi o cenho — Mas quem está atrás de você, também está atrás de mim agora e... — Louis respirou fundo, passando uma das mãos pelos cabelos bagunçados — Não precisa ir se não quiser, mas... Ficar aqui não é a melhor opção.

— Mas e a minha família? — questionei, sentindo uma pressão no peito — Não posso deixá-los...

— Pode os visitar sempre que desejar, mas ficar aqui só vai colocá-los em risco também.

Respirei fundo, sentindo-me angustiado. Virei-me de costas para Louis e caminhei pelo quarto, enquanto massageava minhas têmporas com as pontas dos dedos.

— Mas o que quer dizer com... Eu ir com você? — perguntei, mantendo meus olhos fixos na janela.

— Pode ficar naquele lugar para onde o levei quando te atacaram. — minhas sobrancelhas se contraíram — Pessoas de minha confiança estão sempre por lá, incluindo o Zayn, Jordan e a Lili. Mas se preferir... — ele fez uma pausa e eu engoli em seco — Pode ficar comigo, na minha casa.

Congelei no lugar, sentindo um arrepio percorrer lentamente minha espinha. Fechei meus olhos, porém logo os abri ao ouvir os passos vagarosos de Louis. Senti sua proximidade e o calor que emanava do seu corpo incrivelmente quente.

— Na sua casa? — minha voz soou baixa e levemente trêmula.

— Sim. — disse firmemente — Eu moro sozinho e... Não costumo receber pessoas na minha casa, mas em parte, toda essa merda que anda acontecendo é por minha culpa.

— A sua outra opção era me matar. — virei-me para ele, encontrando-o próximo a mim. Ele ergueu os olhos, fixando-os nos meus — Isso é loucura.

— Eu sei!

— Nem ao menos o conheço e... Sempre vivi aqui, como posso simplesmente ir embora? — engoli o nó que se formava em minha garganta — Meu pai, meu irmãozinho...

— A decisão é sua, Ômega.

Respirei fundo e analisei seus olhos. A verdade era que eu não estava pronto para deixar minha família. Apesar de tudo, eu não confiava naquele Alfa. Tinha motivos válidos para isso, mas no fundo, algo fazia com que eu me sentisse estranhamente seguro ao seu lado. Louis me fitou de volta. Havia algo diferente em seu olhar naquela manhã. Normalmente seus olhos estavam sempre em um tom de azul-escuro, carregados por uma frieza intensa e arrepiante. Mas agora, aquilo parecia ter se dissipado um pouco, e o azul havia se tornado mais cristalino e suave.

— Eu não sei... — mordi meu lábio inferior com força, sentindo-o doer devido ao corte feitos minutos atrás - aquela era uma droga de mania que eu tinha desde criança. Acontecia quando eu estava nervoso, tenso ou ansioso.

— Sei que não confia em mim. E está certo, não se deve confiar em ninguém. Mas ficando aqui... — ele olhou em volta — Colocará sua família em risco também.