Capítulo 1

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Vamos começar as publicações de Quebrando promessas? Espero que gostem desse casal maluco.  Não esqueça de votar, comentar e se gostar indicar para as amigas. 


— Você precisa desaparecer, agora! — Juan ordenou com olhos apavorados enquanto segurava meu braço e arrastava-me para fora da cama.

— E como quer que eu faça isso? Quer que me esconda no armário?

Puxei meu braço bruscamente. Era só o que me faltava. Ele estava muito enganado se achava que eu ia fugir assim, não devia nada a ninguém, sou uma mulher livre e desimpedida, o contrário dele que estava traindo a mulher e se esqueceu de contar o pequeno detalhe de que era casado. Obviamente não teria chegado a essa situação se soubesse que o safado tinha uma esposa.

A vida sempre tentava brincar comigo de alguma forma. Uma garota não podia tentar se divertir uma vez na vida?

— Claro que não, ela te encontraria e faria picadinho de você, melhor sair pela sacada. Se a minha mulher te pegar aqui, estamos perdidos. Ela é delegada de polícia, ciumenta e louca o suficiente para matar nós dois e depois jogar em uma vala qualquer.

O medo fez tremer cada pedaço do meu corpo. Essas coisas só aconteciam comigo.

Por que, Deus? Sempre tentei ser uma boa garota. No meu único deslize já sou castigada?

Corri para a sacada e encarei os cinco andares abaixo tentando ignorar o vento que jogou os meus cabelos sobre meu rosto impedindo minha visão e causando um arrepio na espinha. Até achei que não era tão alto assim diante da situação que me encontrava. Se caísse poderia quebrar uma perna, talvez duas, mas era melhor do que a morte. O fato de estar em um hotel cheio de médicos impulsionava a minha coragem, alguém me salvaria antes de sangrar até morrer. Assim esperava.

Como fui me meter nessa enrascada?

Viemos de Belo Horizonte para um congresso de medicina no Rio de Janeiro, meu pai é médico e dono de um hospital que estava passando por uma fusão com uma grande rede nacional. Eu odiava qualquer coisa que se relacionasse com a medicina, não gostava nem de consulta de rotina e tinha síndrome do jaleco branco. Minha área era outra, fato que fez de mim a filha errante da família. Fazer o que se eu odiava sangue e cheiro de hospital?

Tinha prometido ao meu pai que passaria um tempo com ele, estávamos mais próximos desde que minha avó paterna morreu e, no leito de morte, implorou que voltássemos a nos relacionar. Não poderia negar um pedido a uma mulher moribunda, muito menos uma que eu amava tanto e que sempre foi um anjo comigo.

Eu cheguei há três dias com duas amigas, mas, como sempre, ele adiou o voo por conta do trabalho, provando que se eu não tivesse viajado com elas, estaria sozinha naquela cidade imensa, assustadoramente linda e sem um pingo de diversão. E se tem uma coisa que eu gostava, era de diversão. Talvez se tivesse ficado sozinha teria sido melhor, pois não me encontraria encrencada.

Estava em um bar badalado da noite carioca quando encontrei o homem dos sonhos, daqueles que você jamais dispensa, abre o apetite até mesmo da mais frígida ou santa das criaturas. Eu não sou dessas de dormir com qualquer um, não mesmo. Até tenho algumas regras para isso, mas também não dispenso uma oportunidade como aquela. Um moreno lindo, bom de papo, e quando dançava deixava muita mulher de calcinha molhada por conta do seu requebrado, quase dois metros de altura. Imaginei logo o que ele teria de grande além do tamanho e do traseiro. O problema foi que, quando já estávamos no quarto sem metade das roupas, o desgraçado confessou que era casado e que eu estava prestes a morrer pelas mãos de uma feroz esposa traída. Uma delegada com sede de sangue, meu sangue para ser exata.

Quebrando promessas? - DegustaçãoWhere stories live. Discover now