Capítulo 7- um pouco de amor

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- Eu colecionava as conchas que meu pai trazia do trabalho - o olhei sorrindo e com os olhos brilhando - Como ele passava dias longe de casa às vezes, ele sempre trazia algo para mim, e eram coisas bobas- coloquei o cabelo atrás da orelha - como conchas - posicionei o objeto a frente do meu olho e sorri.

- É engraçado que nós dois somos tão diferentes mas temos histórias profundas por trás - ele olhou para a onda que se formou e em seguida nos empurrou para mais perto da areia- vamos sair, já está tarde- ele saiu do mar e eu fui logo atrás.

Espremi as bases do meu short e blusa, tirando o excesso de água e me encolhi de frio.

- Meu Deus... Eu estou congelando - abracei meu corpo e senti meu maxilar tremendo

- Tira essa blusa...- ele foi até mim e eu recuei- Veste a minha que está seca...- ele parou onde estava ao ver o meu medo e eu assenti.

Dori se virou para o outro lado e eu me virei para o mar, tirei a blusa e abracei meu próprio corpo sentindo a pele nua e úmida, em seguida vesti a blusa dele, possuía mangas compridas e estava quase completamente seca, tirando pelo fato de ser sido segurada por pessoas molhadas. Me virei para ele avisando que já tinha me vestido e ele se virou, pegando a minha blusa molhada.

- Você não está com frio?- perguntei e ele riu.

- Acho que aguento muita coisa mesmo sentindo, não se preocupe comigo. Você perguntou sobre a praia...- olhei para ele tentando lembrar da minha pergunta - Avisaram do falecimento da minha avó enquanto eu dormia na praia... Acordei com o chamado de policiais, penso que se eu estivesse em casa poderia ter evitado- ele me olhou como uma criança que segurava o choro mas em nenhum momento derramou uma lágrima.- Depois disso eu não fui mais à praias, porque não acredito que mereço me sentir feliz sendo a pessoa que eu sou.- não soube o que responder, apenas o escutei e toquei o dorso de sua mão como forma de confortá-lo- Acho melhor passarmos na mercearia antes de ir para casa.

Ele levantou e calçou os tênis e eu fiz o mesmo, o seguindo pela escadinha de terra.

Pegamos um caminho diferente, subindo uma pequena ladeira que dava para uma rua com padaria, mercearia, pescaria, biblioteca e uma escola. Todas estavam fechadas, a não ser pela mercearia que era 24 horas.

Dori foi na frente abrindo a porta do estabelecimento e cumprimentando o único vendedor disponível.

- Boa noite...- O garoto loiro de uniforme azul respondeu mantendo a atenção fixa em um senhor bêbado que comia macarrão instantâneo e com isso, não impediu que Dori entrasse sem camisa.

- O que você quer jantar?- Dori me perguntou enquanto andávamos pelos corredores.

- Pizza!- falei ao ver os frios em uma prateleira - Acho que é uma boa ideia porque é rápido de fazer e vai matar a sua vontade de comer besteiras- ele sorriu de lado.

- Então a vegetariana come carne...?- ele passou a mão pelas pizzas de calabresa para escolher uma delas.

- A de queijo...- peguei a pizza que só tinha queijo e ele olhou desanimado e pegou outra idêntica, concordando sem questionar. Fomos para outro corredor a procura de algo para beber- Por que você simplesmente aceita o que eu digo sobre comida?

- Acho que ...- Ele parou no meio do corredor - Sinto que você sabe mais do que eu, então obedeço - o garoto riu fazendo a franja cair sobre os olhos e voltou a caminhar.

- Sério isso?- apressei o passo para ficar ao lado dele e ele assentiu. Fiquei maravilhada com a resposta dele, não fazia sentido, parecia mais uma mentira para me agradar, mas ao mesmo tempo surgia a dúvida do porquê ele iria querer me agradar - se você quiser pode pegar a de calabresa.

𝐄𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐯𝐢𝐝𝐚𝐬 𝐪𝐮𝐞𝐛𝐫𝐚𝐝𝐚𝐬- Dori Sakurada Where stories live. Discover now