Capítulo 8- Talvez eu te ame

14 1 4
                                    

Comente e gere entretenimento para a autora, além de me motivar a escrever mais!!

- Você está chorando?- Passo as mãos embaixo dos olhos ao vê-lo olhando para mim- Tudo bem- ele riu- Eu também chorava com esse filme.

Dori se levantou e pegou um copo de água.

- Quer lutar?- Tomou um gole de água.

- O quê?- Me virei para ele.

- Combinei de te ensinar luta, podemos lutar agora- ele coloca o copo vazio na bancada da pia.

- Ah... Sim, tudo bem- me levantei e ele se aproximou de mim, jogando o cabelo para trás.

- Posiciona sempre o pé dominante a frente para ter equilíbrio - Ele posicionou o pé esquerdo por ser canhoto e eu fiz o mesmo com o direito - Agora sempre lembre de fazer uma boa defesa, arqueia um pouco a coluna e deixe seu antebraço na vertical, assim- o imitei- Para proteger o rosto é só abaixar a cabeça nesse "escudo" que você fez, mas nunca levante o braço para se proteger, ou será atacada no abdômen.

Dori fingiu atacar meu rosto e eu subi a mão para me proteger, mas no mesmo momento ele acertou minha barriga.

- A-ai...- Resmunguei

- Vai, tente me acertar- Tentei dar um soco no braço dele, mas ele desviou.

- Presta atenção Hanna, você vai precisar se movimentar às vezes, para se aproximar ou afastar do adversário, e também vai precisar manter o braço reto quando dá o soco.

Dori se posiciona para iniciar a luta novamente e programa dois socos falsos e por fim aplica um mata leão em mim.

Sinto meu rosto corar pela proximidade, levo minhas mãos delicadamente até o braço dele que estava em torno do meu pescoço e Dori o solta.

- Para sair de um mata leão você precisa passar as mãos por dentro, não por fora...- Dori se abaixou um pouco à minha frente e levou meu braço em torno do seu pescoço, senti meu corpo arrepiar de novo e por um momento não consegui escutar o que ele falava.- entendeu?

- Sim... - menti.

- Certo, então vamos de novo- Dori me envolveu com o braço novamente e eu passei minhas mãos por baixo, porém não consegui sair daquela situação novamente - Acho melhor a gente parar por hoje, pratique os seus socos e chutes para que sejam lineares.

Assenti e vi ele se afastar para desligar a televisão.

- Seu rato poderia se chamar Matilda- Dori falou- Que nem a personagem do filme.

Sorri internamente e assenti.

- Bem, amanhã vamos ao mercado, vamos fazer compras - assenti novamente.

- Dori... Sei que você detesta quando eu questiono você, mas o que meu tio tinha feito e quem mandou matar ele?- perguntei.

Dori se virou para mim e se sentou ao meu lado.

- Ele era um pedófilo que alimentava outros pedófilos, ele tinha uma conta na deep web cheia de conteúdos sobre crianças e dentre essas crianças estava a filha do homem que me contratou, não sei como ele conseguiu aquela foto, se ele já teve contato com essa menina, mas o pai dela ficou furioso e mandou matá-lo.- O olhei muito nervosa, me lembrei das vezes que ele deixava uma câmera na beira da cama enquanto me machucava, senti um desespero enorme e abracei Dori repentinamente.

O menino não me afastou, senti sua mão acariciando minhas costas enquanto sussurrava algo como "está tudo bem agora".

Depois de um tempo, me afastei dele olhando nos olhos, os meus vermelhos de choro e os dele abatidos de cansaço.

𝐄𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐯𝐢𝐝𝐚𝐬 𝐪𝐮𝐞𝐛𝐫𝐚𝐝𝐚𝐬- Dori Sakurada Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ