POSSESSIVE XXVI

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SAKURA NARRANDO

Isso era estranho. Talvez estranho não seja a palavra certa, mas talvez incomum.

A conversa com a mãe de Sasuke havia lavado minha alma, não havia tirado toda a minha tristeza, mas com certeza ajudou muito em uma parte dela.

A família de Sasuke que é xingada e humilhada, me apoiou e em deu todo carinho do mundo. Os jantares de família deles são bem diferentes dos meus, que são calados e estranhos, os deles são cheios de risadas e felicidade.

Era como se eles estivessem sempre felizes. Eu descobri um novo tipo de felicidade que eu não tinha e conhecia.

Eu jamais esqueceria o olhar de Sasuke quando ele chegou de seus compromissos e me viu com a sua mãe, um amor tão puro e profundo refletiu em seus olhos, como se ele fosse um homem completamente satisfeito e feliz.

E bem honestamente, se não fosse por essas pessoas, eu não sei como estaria agora. Eu não sei se teria coragem de estar aqui agora.

Eu pensei em não ir para o colégio, pensei em apenas ficar na casa de Sasuke e me deixar refletir mais, mas eu cansei de fugir. Não vou me trancar na sua casa e ficar lamentando, eu nunca mais faria isso.

Agora eu tenho um lar para voltar.

Mas mesmo assim, olhando as pessoas em volta, todas pareciam ter envelhecido mil anos.

Ninguém ousou entrar no meu caminho hoje e, principalmente, no de Sasuke. Elas pareciam tão envoltas em seus pensamentos, que nem ousavam nos olhar.

Algo aconteceu.

Bebi um pouco do meu suco, olhando em volta.

Tantas pessoas em um refeitório e ninguém nem mesmo prestava atenção aqui, ou parecia se incomodar com meus olhares indiscretos.

— Ok, fale. — Olhei Ino, que parecia preocupada desde que pousou os olhos em mim.

Eu já havia perguntado para ela, mas todas as vezes Ino apenas virou a cabeça e disse que não sabia de nada. Sasuke agia de uma forma parecida quando eu perguntava, ele apenas falava que esses imbecis são idiotas, mas eu jamais poderia de deixar de notar como seus olhos escureceram cada vez que ele falou deles.

— Não sei do que você está falando. — Ino disse, com um sorriso meia boca dela. — Você deveria se preocupar mais em descansar, ao invés de se preocupar com essas pessoas. — A última palavra cheia de nojo não me escapou.

Desde que Ino me viu, ela está me tratando como se eu fosse um bebê indefeso. Ela soube por Gaara, que optou por ir para casa dela após toda confusão. Ino provavelmente deve ter me mandado várias mensagens, mas eu não havia tido coragem de abrir meu celular ainda.

Olhei Sasuke do outro lado do refeitório, pegando nossa comida tranquilamente após ter furado toda a fila. Não era anormal ninguém chegar perto dele, mas hoje as coisas pareciam tão incomuns.

Ok, algo está rolando.

— Eu não sou idiota, Ino, fale logo.

Minha testa se enrugou e Ino virou a cabeça, possivelmente procurando as meninas para resgatá-la, mas nenhuma delas havia chego ainda aqui.

Ino olhou Sasuke de longe e pareceu pensar bem se iria contar ou não, mas com uma longa respirada, ela puxou seu celular. Meus olhos estavam focados totalmente no aparelho dela, enquanto a mesma digitava sua senha rapidamente e clicava vários botões.

— Ok, mas só porque você iria acabar descobrindo uma hora ou outra.

Peguei o celular para mim, tentando ler a manchete no jornal da cidade.

Possessive - SasusakuOnde histórias criam vida. Descubra agora