Say Yes To Heaven - KimChay

extra - rest of my life (pt.2)

e - depois de semanas, voltei com o final desse extra (e desde já peço desculpas pelo tamanho dele). relevem qualquer possível erro, já que só consegui escrever nas madrugadas morrendo de sono

obrigado a saturgrl que me ajudou bastante nesse processo final, obrigado a mim que não desisti e continuei escrevendo, e obrigado a todo mundo que leu, boa leitura 🤍

🌟

(5 anos depois)

- Você lembrou de pegar tudo, filha? - Chay perguntava a garota enquanto Kim observava, sabendo bem que ela havia esquecido de algo que ele escondia em suas costas - Pegou o presente da sua colega? Pegou a escova de dentes? Seu shampoo?

- Paaai - Bianca falou em uma reclamação, revirando um pouco os olhos e sorrindo como o próprio Porchay adorava fazer com Kim - Sabe que só vou passar três dias fora, não é? Não precisa de tanta coisa assim.

- Amorzinho, pra passar dois dias na casa do seu tio Macau o seu pai levava metade do guarda-roupas - Riu com o olhar que Chay lhe deu, exatamente igual o que a filha tinha lhe dado. Eles eram mesmo pai e filha - E isso porque eles mal saiam de dentro do quarto.

- Você é muito mentiroso, P'Kim - Falou daquele seu jeito - Eu mal levava uma mochila cheia.

- Claro, você tinha um quarto lá só pra você.

- Isso era antes ou depois do papai Kim namorar com o P'Cau? - Perguntou, inocente.

- Eu o quê? - Kim engasgou com o que a filha disse, vendo ela e Chay rirem cúmplices com sua reação - Não acredito que você contou isso pra ela, girassol. E ainda por cima mentindo!

- Vocês sempre falam disso do papai Chay ter roubado o papai Kim do P'Cau - Ela disse, como sempre gostando de rir dos dois - Eu já sei dessa história desde o dia que cheguei aqui.

- É, mas seu pai já contou que ele também já beijou o Macau? - Kim disse, adorando ver como os olhos da filha se abriram em choque e como seu noivo ficou vermelho - Ops, acho que não.

- Como assim...

- Olha só, deu a hora da festa, filha! - Tentou mudar de assunto, olhando para o relógio, Kim abafando uma risada ao ver como ele ficou nervoso - Seu pai Kim vai te levar, okay? Eu preciso terminar de organizar umas coisas na produção daquela música e vou aproveitar esse tempo no estúdio...

- Posso ouvir quando eu voltar? - Ela perguntou, animada, já que adorava opinar nas músicas que ambos escreviam no estúdio em casa - Eu vou ouvir de toda forma, mas é sempre bom perguntar...

Porchay concordou, bagunçando os cabelos pretos da garota e beijando sua testa, aproveitando para fazer cócegas na pequena. Kim adorava ver os dois assim, e às vezes gostava de ficar apenas assim, observando os dois.

Eles viviam assim, nessa pequena harmonia familiar, a quatro anos. Kim mal conseguia lembrar que já tinham morado ali sem sua pequena filha por mais de um ano antes de conseguirem trazê-la para casa. Ele acabava esquecendo que o seu (ainda) noivo e a garotinha eram sua única família naquele país estranho. Haviam se mudado para a Coreia cinco anos atrás, mas Kimhan lembrava como se fosse ontem da reviravolta em suas vidas que os levou a morar em outro país, abandonar a família e tudo o que conheciam e até adiar o casamento que planejavam com tanto carinho.

No primeiro momento, Porchay descartou a ideia de aceitar a oferta de emprego com o estúdio que queria lhe contratar para fazer as trilhas sonoras de seus dramas. Mesmo com trabalhos relativamente pequenos em Bangkok em séries de estúdios menores, as músicas que Porchay compunha ficaram cada vez mais famosas, seu nome como produtor e compositor sendo cada vez mais requisitado e conhecido até pelo público fora daquele meio. Não foi surpresa nenhuma que lhe chamassem para trabalhar em outro país, a surpresa foi ele planejar não aceitar.