Garota de Aço

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AVISO

Oi, minha gente, tudo bom? Então... Esses últimos dois capítulos são bastante intensos, no sentindo ruim da coisa, mas prometo que momentos bons virão. Preciso desses momentos tempestuosos para dar continuidade no ritmo da história, então prestem atenção aos detalhes, aproveitem o capítulo, ele é bastante curtinho!!

Uma nova personagem foi introduzida aqui -- na verdade tecnicamente, dois novos personagens.

Nos vemos lá embaixo.

xx

Dor.

Era tudo o que eu sentia.

Meu corpo parecia muito mais pesado, uma dor latente se estendia por toda a região da minha cabeça e por alguma razão meus olhos estavam extremamente sensíveis.

Onde eu estava? Para onde havia ido a sala branca? Eu fiquei inconsciente por quanto tempo?

Quando olhei ao redor, temendo aparecer novamente em um quarto de clínica psiquiátrica ou no maldito espaço, percebi que estava em um quarto claro com todas aquelas máquinas características de um ambiente hospitalar.

O que estava acontecendo?

Me mexi, procurando entender se eu estava presa, como antes naquela camisa de força dentro daquela sala acolchoada horrível...

Não, eu não estava... Mas eles podiam muito bem ter me levado para cá...

Olhei ao redor, mais atentamente, procurando por portas e janelas, sentindo uma pontada na minha cabeça. Tudo estava fechado. Será que eu estava presa novamente? Outra vez havia fios ligados pelo meu corpo, um tubo fixado na minha mão com esparadrapo. Uma máquina acompanhava os meus sinais vitais. Pensei em arrancá-los, porém me lembrei novamente do ciclo ininterrupto onde estava presa. Qualquer lugar era melhor do que aquele inferno... E se eu arrancasse e um tipo de alarme soasse? Será que eles sabiam que eu era a Supergirl? Quem exatamente era "eles"? Assustada por não conhecer onde estava, afundei os meus dedos entre os lençóis brancos da cama em que estava, minha respiração ofegante. Eu quase conseguia me sentir caindo mais uma e outra vez.

Haviam me capturado mais uma vez? Será que alguém entraria e me daria choques novamente como nas minhas lembranças?

Eu estava acordada... Ou estava presa em uma memória? Ou estava delirando?

Tentei controlar minha respiração, contudo, a cada segundo o pavor parecia tomar conta de cada partícula do meu corpo. O mesmo medo de impotência que eu sentia naqueles ambientes me invadindo, me paralisando.

Não tinha poderes para me defender se alguém ruim estivesse atrás daquela porta que ficava do lado esquerdo do quarto, próximo de uma árvore decorativa empoeirada. Estava vulnerável. Um arrepio sombrio percorreu a minha espinha e formigou a ponta dos meus dedos, trazendo um pressentimento ruim, quando me recordei dos gritos que ouvi.

Lena, Alicia e Leo.

Eu havia caído... Mas onde? Eu não sabia. Mas de qualquer forma, os havia escutado claramente. Era, sem sombra de dúvidas, o grito de Lena e, pior ainda, os lamentos dos nossos filhos. O que havia acontecido com eles? Eu também não fui capaz de protegê-los como não protegi a minha mãe e o meu próprio mundo? Não, não, não... Eu não podia perder mais ninguém... Sacudi a cabeça, sentindo as lágrimas rolarem silenciosas pelos meus olhos, pontadas horríveis de uma dor difusa estendendo-se por todos os lados: testa, têmporas, pescoço e nuca. Minha vontade era pedir por ajuda, porém, um bolo na minha garganta impedia que eu emitisse algum som, assim como o aperto que se instalava no meu peito.

The Lost Years - Supercorp.Onde histórias criam vida. Descubra agora