25. Nao!

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- Eu, Robert Thomas Douglas Pattinson, aceito você,  Ana Carla Hold Safira,como minha legítima esposa e prometo te amar e te respeitar na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe.- Robert deslizou a delicada aliança no dedo anelar de Ana sob o olhar emocionado da garota e da maioria das 500 pessoas dentro da catedral que haviam sido convidadas para a cerimônia.

Mas nenhuma emoção se destacava mais do que a da senhora que entrou trazendo as alianças alguns minutos atrás,com uma pequena coroa sobre os seus cabelos grisalhos.

- Eu, Ana Carla Hold Safira,aceito você,  Robert Thomas Douglas Pattinson, como meu legítimo esposo e prometo te amar e te respeitar na alegria e na tristeza, na saúde e na doença,  na riqueza e na pobreza por todos os dias da minha vida até que a morte nos separe.- Ana repetiu o gesto de Robert e surpreendendo a todos, principalmente ao mafioso com quem se casava, ela trouxe a mão dele até seus lábios e depositou um beijo singelo com seus lábios pintados de vermelho.- Eu sou sua.

Robert não esperou que o padre os declarasse marido e mulher para puxa-la pela cintura e lhe beijar.

Sim, ela era sua, e a emoção que ele sentia por finalmente tê-la para si ultrapassava qualquer regra cerimonial milenar.

Ana sorriu nos lábios dele, ao tocar seu rosto e deixar que ele invadisse sua boca com sua língua.

O padre pigarreou, chamando a atenção do casal.

- Bom, pelos poderes concedidos a mim, eu vos declaro marido e mulher.- disse o senhor- Agora,o senhor pode beijar a noiva.

Com um sorriso contido, Ana se inclinou, depositando um beijo casto nos lábios dele.

Em uma cerimônia tradicional tudo acaba ali, mas na máfia funcionava como antes.

Ana seria coroada Pandora em uma cerimônia refletida na coroação real,com o acréscimo de um decisão  importante.

Já no salão onde aconteceria a festa Ana entrou sozinha pelo tapete vermelho no meio de seus convidados,que ela não conhecia a maioria, e parou diante de todos o Conselho da Máfia.

Graça estava ao lado de Robert, ocupando a cadeira de Pandora até o momento, e esbanjava uma seriedade que Ana sabia que só aquele momento exigia.

Ela não conhecia os outros membros do Conselho, mas sabia que a maioria deles era maridos das mulheres que frequentavam o clube de mulheres na qual ela comandava, prova disso era que Suki estava sentada em uma das mesas bem a sua esquerda,acompanhada de sua mãe.

- Ana Carla Pattinson,você está pronta para tomar a decisão que pode mudar o rumo da Máfia e então ser coroada,se assim nossa Pandora aceitar, nossa Pandora efetiva?- perguntou um dos homens a esquerda de Robert.

- Sim.- disse Ana cruzando os braços em suas costas e ajeitando os ombros.

Ela sentia o olhar de todos em suas costas, mas nenhum queimava mais do que o de Robert em Seu rosto. Ela sabia que ele estava com aquele sorriso convencido por finalmente tê-la como sua. E ela não se sentia ofendida por isso, mas era engraçado a expressão dele e naquele momento Ana não podia rir.

O homem voltou a falar:

- A muitos anos a máfia vem percebendo a queda do mercado de tráfico por mulas- disse tendo a atenção da garota.-, o lucro não está sendo o mesmo devido a falta de interesse de pessoas para atravessar a fronteira. Buscamos por muitas alternativas, mas os resultado já não são satisfatórios. Então, abrimos um debate e apresentamos algumas ideias, após muitas delas serem descartadas encontramos uma que é do agrado da metade de nossos conselheiros. - Ele olhava diretamente para Ana,como se não houvesse mais ninguém ali, e de fato, não importava a opinião de mais ninguém.- A votação para aprovação dessa ideia ficou dívida em partes iguais entre nossos conselheiros e cabe a você determinar o que será feito e apresentar uma solução válida caso vote contra, você entendeu?- Ana assentiu. Ele continuou:- Como solução para o prejuízo que estamos tendo com o tráfico de drogas através das mulas pensamos em partir para o tráfico de menores para...

- Não!- Ana falou alto, olhando diretamente para Robert.- Nem pense nisso.

Um ofego correu pelo salão,todos chocados pela audácia da garota.

Robert, por sua vez, que continuava sorrindo, perguntou para sua esposa.

- Por que não?

Ana colocou as mãos na cintura, furiosa.

- Como porque nao? Por acaso você teve a coragem de voltar a favor dessa atrocidade?- perguntou sem esperar por uma resposta, ao lado de Robert, Graça mordia os lábios, prendendo o riso. - Pois se teve pode retirando o seu voto,são crianças, Robert! Como você ousa casar dentro de uma igreja e querer sequestrar crianças para ganhar dinheiro?!

- E qual a solução você apresenta para derrubar essa ideia?- perguntou o mafioso como se ela não estivesse furiosa com tudo aquilo.

Ana não precisou pensar muito.

- Devemos oferecer uma melhor condição de trabalho para as pessoas...

- Mas isso é um absurdo!- guinchou um homem a três cadeiras de Graça com um sotaque puxado.- Vai sugerir que assinamos a carteira de trabalho das mulas agora?

Um murmúrio debochado percorreu pelo salão.

Ana fechou a cara, saindo da frente de Robert e indo até o senhor que lhe Debochou, o senhor recuou, encostando na cadeira estofada.

- O homem que me sequestrou a um mês atrás fez questão de fazer comigo tudo o que é feito com uma mula.- ela disse tendo a atenção de todos, Robert sentiu um amargo subir pela boca ao ser lembrado que Michael andava solto por aí. Ana continuou: - Passando por tudo o que eu passei não fica difícil imaginar o por que as pessoas preferem trabalhar feito escravos para juntar dinheiro para entrarem no país ao invés de ter procurar por nós.

- O que você sugere?- perguntou outro homem ao lado de Robert.

Ana voltou até onde estava, ignorando o olhar de seu marido.

- Sugiro que as mulas tenham um bom lugar para descansarem quando chegarem até nós, que recebam um bom salário pelo perigo que correm. Eu senti na pele o medo que elas sentem, tive 5 petecas de cocaína empurradas pela minha garganta e se não fosse pelo meu marido sabe- se lá quantas horas eu ficaria apavorada com medo de morrer. Ela a merecem respeito e valor por tudo que passam.

Silêncio.

Ninguém ousou falar mais nada.

Muitos ali,  principalmente os convidados, mal sabiam do que Ana falava, eram apenas pessoas que se beneficiavam do dinheiro que vinha do trabalho de mulas contratadas tratadas como páreo.

Isso precisava mudar.

Robert olhou para Graça, esperando uma atitude.

A senhora levantou de onde estava, vindo para a frente de Ana.

- Você vota contra ao tráfico de crianças?- perguntou friamente.

- Mas é claro que sim.- disse a garota.

Graça deu um meio sorriso.

- Ana Carla Pattinson Eu te nomeio Pandora da Máfia.- e dito isso a sengora tirou a pequena coroa de sua cabeça e esperou que Ana se inclinava para recebe-la.

Quando voltou a ficar de pé Ana encontrou o olhar orgulhoso de Robert que também  estava de pé  com a mão estendida para ela.

A garota aceitou o convite e foi para o lado dele, ficando de frente para os convidados que lhe aplaudiram, alguns com olhares invejosos, outros com sorrisos sinceros, mas todos submissos a sua nova Pandora.

ElisaMesquita0
lara2007santos
umalufanazinha

ROBERT PATTINSON | PANDORA | A PERDIÇÃO DO MAFIOSO Onde histórias criam vida. Descubra agora