36. Mamãe

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ATENÇÃO

ALERTA DE GATILHO

Neste capítulo contém: Tortura,
Agressão física,
Linguagem chula
Assassinato

      Ana só percebeu que tinha desmaiado quando acordou com o grito agudo e dolorido bem próximo à ela.

O chão duro e gelado debaixo do seu corpo lhe dizia que estava em algum galpão sujo.

Ela apoiou as mãos e ergueu seu corpo, percebendo que seus pés estavam descalço e suas pernas estavam raladas na altura da coxa.

O vestido preto que usava tinha rasgado e estava um pouco erguido.

Seu coração batia acelerado no peito e a lembrança de Rebeca sendo morta preencheu sua mente, fazendo a garota erguer os olhos a procura de Graça, encontrando a senhora com o dorso amarrada a uma cadeira de costas para Ana.

Cinco homens estavam ao redor da senhora,cada um com uma arma nas mãos.

Ela se colocou de pé, o cabelo cacheado caindo por seus ombros, chamando atenção dos homens ali.

- Nossa Bela Adomercida acordou!- disse Michael abrindo um lindo sorriso.

Mas Ana não olhou para ele, seus olhos estavam focados no casal de pé em frente à Vovó.

- Oi,  querida.- disse a mulher olhando para Ana.

- Mamãe?- Ana olhou para o homem ao lado da mulher negra e alta, reconhecendo Phellipe Angarano, pai de Michael.- O que está acontecendo?

Safira Hold, a mulher trajando um vestido longo e vermelho, olhou para Ana de modo fraterno.

- Não parece óbvio, filha?- Ela perguntou segurando os cabelos grisalhos de dona Graça e erguendo o rosto da vovó.- Isso é um acerto de contas.

- Não encoste nela!- Ana bradou ao mesmo tempo que Safira acertava o rosto da senhora com a mão aberta.

A garota tentou chegar até a vovó mas  Michael a parou segurando seu corpo,colando o rosto ao dela.

- Não tão rápido,gatinha.- ele sorriu, piscando um olho para ela.

Ana rolou os olhos, erguendo o joelho e lhe acertando um chute no meio das pernas, puxando a arma que ele segurava nas mãos, deixando Michael prostrado de dor, ela ergueu a arma e atirou nos dois homens a sua esquerda, num tiro certeiro no meio da testa de cada um.

Os outros dois vieram em sua direção mas foram parados pelo grito de Phellipe.

- Sua filha é perfeita, meu amor.- ele disse tocando o ombro de Safira.

- Meu amor?- Ana perguntou, sem acreditar, se aproximando,ficando nas costas de dona Graça.- Tira as mãos dela e me explica isso.

Safira deu de ombros.

- Eu não tenho o que explicar.

- Não tem? Que merda é essa?

- Olha o respeito com a sua mãe, menina.- Phellipe grunhiu.

Ana bufou.

- Cala a sua boca. Quer saber? Não me importa, exijo que nos soltem daqui.

Safira riu alto.

ROBERT PATTINSON | PANDORA | A PERDIÇÃO DO MAFIOSO Where stories live. Discover now