33. Casa da Árvore

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Ana observou Robert entrar no volvo  e sair cantando pneu do galpão segundos depois de atirar em Suki e Raquel.

O mafioso não olhou para ninguém, não falou nada e ela só conseguiu perceber que seu rosto estava muito vermelho quando passou rapidamente por ela.

- Casa da árvore.- Dona Graça disse.

- O que?

- Ele está no esconderijo.- a mulher explicou, também havia uma sombra em seus olhos.- Meu menino fugiu para o esconderijo.

Ana ainda olhou para ela por alguns instantes, antes de pedir para que Tom fizesse o que já estava acostumado.

A garota dirigiu para casa, batendo os dedos no volante a cada sinal que era obrigada a parar. Passou pelo portão da garagem e estacionou em frente à porta principal,descendo ali mesmo.

Casa na árvore.

Foi só ali que Ana se deu conta que nunca tinha reparado na "enorme " Casa na árvore na árvore central do Jardim.

Era grande,cor e mogno e se camuflava bem entre as folhas.

Antes mesmo de subir ela já conseguiu ouvir os soluços.

Deixando o salto na grama e subindo pela escada pregada no tronco,Ana entrou na casa.

E, de fato,era uma casa. Se não fosse pelo teto um pouco baixo e a falta de um banheiro uma pessoa conseguiria morar ali tranquilamente.

Robert estava sentado na pequena cama de solteiro, com os joelhos erguidos e o rosto escondido nos braços dobrados.

Ele chorava e resmungava alguma coisa baixinho.

No peito o coração de Ana se apertou ao ver um homem do porte dele tão desolado como estava.

Devagar a garota se ajoelhou em frente à ele, ficando na altura do seu rosto e tocou seu cotovelo.

- Rob...

- Eles a torturaram.- ele disse sem erguer o rosto,a voz anasalada,  presa na garganta.- Eles arrancaram todas as unhas, cada fio de cabelo, queimaram o seu rosto e seu corpo.- Ana fechou os olhos, colocando suas mãos no cabelo dele e encostando sua cabeça na dele, chorando em silêncio enquanto o ouvia o seu desabafo.- Ela se sentia desvalorizada por não ter ganho o título de pandora e se envolveu com o conselheiro do meu pai. Eles iam fugir e meu pai descobriu.- Robert solucou alto, um rompante subindo por seu peito.- Meu pai a matou. E depois não suportou viver tirou a própria vida...

- Meu Deus.- Ana ergueu seu rosto e puxou as pernas de Robert para baixo, forçando o homem a lhe olhar.

A quem diga que ver uma mulher chorando está entre uma das piores coisas do mundo, mas para Ana nada se comparava a imagem que ela vai agora: o chefe da Máfia geral, o intocável, o Don Pattinson inundado por um sentimento que ele não sabia lidar.

A garota subiu no colo dele, com uma perna em cada lado do Seu corpo e segurou o rosto dele entre as mãos.

- Eu sinto muito.- Ela sussurrou olhando bem nos olhos azuis dele, Robert contorceu a face e tentou esconder o rosto, mas Ana o manteve no lugar.- Olhe para mim, me perdoa?

- Perdoar você?- ele perguntou confuso.- Pelo o que?

Ana mordeu os lábios antes de responder.

- Por te fazer passar por isso.- Ela disse deixando uma lágrima escapar.

- Mas você não fez nada, eles fizeram. Eu não poderia de jeito algum deixar isso em branco.

- Mas não precisava ser esse teatro todo que te deixou assim...

- Precisava.- ele apertou os olhos, voltando a chorar.- Ana... você me entende? Eu nunca amei a Suki,  ela nunca esteve em uma posição importante em minha vida,  mas ela estava lá, crescemos juntos... Ter que fazer o mesmo que fizeram com a minha mãe com alguém que era próximo... que era família... Eu... me desculpa...eu...

- Shiuuu...- Ana o calou, passando os polegares pelo rosto de arcanjo de Robert.- Está tudo bem. Eu te entendo. Sei que não está sofrendo por ela mas pelo gatilho do que foi feito... Eu espero conseguir fazer você superar isso e vou trabalhar duro para que nossa família não sofra outro tipo de traição como essa. E se sofrer eu jamais permitirei que você presencie isso novamente.

Robert fungou e a puxou para um beijo. Ana o abraçou, deixando que suas línguas se tocassem, a saudade fluindo entre os dois.

Ele levou a mão até as costas dela,descendo o zíper do vestido por suas costas, puxando  a peça pelos ombros dela, deixando os seios livres para ele e ela nua da cintura para cima. Ana puxou Seu cabelo para o lado e se arrepiou quando Robert beijou seu pescoço e logo depois deu um lambida comprida, voltando a beijar sua boca.

Ela tirou o terno dele, logo depois a camisa branca jogando em algum canto da casa, Ana passou a mão pelas costas dele, sentindo ele morder um de seus mamilos e gemendo com a sensação.

Robert girou na cama, colocando ela com as costas no colchão, ficando de pé e se livrando de sua calça, puxando o vestido dela para longe de seu corpo, assim como sua calcinha minúscula preta.

Ele pegou uma de suas pernas e beijou toda sua extensão antes de se colocar sobre ela e capturar seus lábios num beijo profundo. Ele girou sua boca na dela, deslizando a mão pela lateral do seu corpo, deixando Ana arrepiada e extasiada ao tocar sua boceta delicadamente e trazer seus dedos até seus lábios.

Olho no olho.

Pele na pele.

Foi algo diferente de tudo o que já tinham feito, diferente de toda loucura, triplamente intenso.

Robert deslizou para dentro de Ana e apertou sua coxa esquerda quando ela dobrou a perna para melhor acomoda-lo. Depositando  beijos molhados, mordiscando seus lábios,  ele se movimentou devagar, sem pressa, apreciando e se deliciando de cada gemido e cada arrepio que Ana lhe presenteava. Ela lhe apertou com suas mãos delicadas, lhe beijou por seu rosto e acariciou seu cabelo, com os olhos cravados no dele.

Foi quente.

Foi delicado.

Foi intenso.

Foi único.

- Eu te amo.- Ana lhe disse alguns minutos depois, os dois estavam deitados na pequena cama, com os corpos entrelaçados olhando a noite estrelada pela clarabóia do teto da casa na árvore.

Robert, que estava deitado sobre os seios dela, ergueu o rosto. Seus olhos estavam inchados e seu rosto ainda um pouco vermelho.

- Eu te amo.- ele disse sorrindo torto, subindo pelo corpo dela e lhe dando um beijo.

Ana segurou o seu rosto e passou a perna em sua cintura, Robert a puxou para mais perto,se encaixando nela. Tendo a certeza o ali era o seu lugar preferido no mundo.





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ROBERT PATTINSON | PANDORA | A PERDIÇÃO DO MAFIOSO Where stories live. Discover now