37. Oh Meu Deus!

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Ana colocou o vaso de cerâmica na estante do escritório e fechou os olhos, a memória viva da vovó sentada na piscina com seu corpo de wiskey na mão, sorrindo para Ana, piscando em sua mente.

- Amor...- Robert tocou o seu ombro e em meio segundo Ana chorava copiosamente em seus braços.

- Eu... não...

- Eu sei.- Robert a apertou em seus braços.- Eu sei.

Os dois permaneceram em silêncio por alguns instantes até que a porta do escritório foi aberta e Tom entrou.

O rosto do conselheiro que, como o de todos,seguia com a tristeza estampando seus olhos parecia um pouco iluminado.

Ana franziu o cenho.

- O que houve?

Tom olhou para Robert e a garota fez o mesmo, os dois escondiam alguma coisa.

- Vou ter que perguntar de novo?

Robert segurou ela pelo queixo e lhe deu um selinho demorado, até que a soltou.

- Vem comigo, amor.

- Pra onde? Robert nos precisamos conversar...

- Por favor, Pandora.- ele pediu olhando em seus olhos.

Ansiosa e temerosa, Ana permaneceu em silêncio enquanto Robert dirigia até o galpão da Grand Máfia. Ela tocou, disfarçadamente,em sua barriga,aliviada por não estar vomitando feito louca desde que descobriu que estava grávida. Parecia que seu bebê sabia que sua mãe não suportaria o enjoo constante enquanto vivia o seu luto.

Robert entrelacou seus dedos no dela enquanto caminhavam pelo galpão hospitalar da Grand Máfia.

- O que fazemos aqui?- Ana perguntou olhando para ele com os olhos estreitos.

Robert puxou Ana para um beijo, dessa vez mais demorado, mais intenso.

- Tem alguém te esperando atrás da porta 3.- ele disse com um sorriso fraco.

Ela ainda olhou para ele por alguns segundos antes de sair apressada, abrindo a porta do quarto de uma forma brusca.

Havia uma enfermeira ali,de pé ao lado do leito do hospital, mas quem estava deitado na maca, usou a mão para afastar a mulher para ver quem tinha entrado.

- Oh meu Deus!- Ana cobriu a boca com as duas mãos enquanto seus olhos se enxiam de lágrimas.

- Estou tão feia assim?- Rebeca perguntou com um sorriso estampando seu rosto pálido.

Ana continuou parada ali,sem conseguir se mexer.

- Como assim?- Ela perguntou em choque.

Rebeca Estava ali, com a cabeça enfaixada e cabelo cortado.

- O tiro pegou de raspão.- disse a segurança e amiga.- Passou pela minha testa, mal chegou a entrar no meu crânio, levei 12 pontos daqui- Ela apontou para o início de seu cabelo- até aqui.- E levou o dedo até o meio da cabeça... você vai ficar aí?

Ainda muito emocionada, Ana foi até sua amiga e praticamente se jogou sobre ela.

- Eu pensei que tinha perdido você.- solucou escondendo o rosto em Seu peito,Rebeca abraçou Ana com seus braços.- A vovó...

- Eu sei, amiga... eu sinto muito...

Tom entrou no quarto com uma bandeja nas mãos, acompanhado de Robert. Os dois franziram o cenho ao ver Ana deitada daquela forma sobre Rebeca, mas as duas não se soltaram.

- Eu não estou com fome.- Rebeca disse quando Tom chegou perto.

- Eu não te perguntei nada.- ele disse.- Meu filho precisa ser alimentado e ele está dentro de você, então, você vai comer mesmo estando sem fome.

ROBERT PATTINSON | PANDORA | A PERDIÇÃO DO MAFIOSO Where stories live. Discover now