CAPÍTULO XII

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      Oh sim, aquele não era um sonho.

      Definitivamente aquilo não era um sonho!

      Mas era tão bom para ser verdade.

      — Marido!

      A voz de Zhuocheng saiu em um tom vulgarmente dengoso, enquanto ele estava de quatro, agarrando os lençóis com força enquanto Lan Xichen lhe chupava prazerosamente bem. A língua úmida do alfa estava fazendo um bom trabalho em sua entrada, causando-lhe arrepios agradáveis pelo corpo. Em algum momento ele começou a chamar o protagonista de "Marido", após o alfa praticamente lhe obrigar enquanto maltratava suas nádegas com tapas, e quer saber? Zhuocheng estava pouco se fodendo se não era para fazer isso, ele estava se sentindo no paraíso. Durante muito tempo ele acreditou que vibradores eram o suficiente para lhe dar prazer e conforto, mas ele era um tolo virgem que ainda não havia experimentado o prazer em conjunto com outro alguém.

      Vibradores jamais iriam substituir o calor humano e a sensação de alguém lhe tocando com fervor, das mãos quentes e grossas que agora estava agarrando seu quadril com gosto, e principalmente, da língua que agora havia acabado de sair de seu interior, lhe deixando decepcionado.

      Ele estava tão dolorido, tão necessitado.

      — Lan Huan — Sua voz saiu quase chorosa, e ele ouviu o alfa soltar uma breve risada — Porque parou?

      Zhuocheng virou sua cabeça na direção do alfa, ainda com a bunda empinada. Seus cabelos estavam despenteados, e os lábios um pouco inchados por conta dos beijos que havia trocado, as nádegas e as laterais de seu quadril brilhando em vermelho, coincidentemente, com marcas de dedos.

      Dedos de Lan Xichen.

      O alfa passou o polegar pelos lábios, lançando um sorriso para o esposo, tombando a cabeça para o lado, com um ar zombeteiro. Seu ômega parecia tão necessitado, tão choroso, implorando para que ele o invadisse com força, o que não lhe era estranho, mas estranhamente ele parecia inofensivo, quase inexperiente, os olhos dele tinham um brilho diferente do normal, quase nem parecia o seu A-Cheng, quando enrolava para agir normalmente seu esposo costumava avançar em cima dele com fúria e tomar o controle da situação.

      Mas agora o ômega parecia apenas aguardar que ele tomasse as rédeas.

      Lan Xichen mudou a posição do esposo, deixando-o de barriga para cima, vendo-o sem fôlego e com as bochechas vermelhas, sorriu.

      — Fazia um tempo que não te via com as bochechas coradas — Ele aproximou o rosto da face do ômega, para em seguida sussurrar próximo ao ouvido do mesmo — É mesmo o meu A-Cheng?

      O hálito quente batendo contra sua orelha fez com que Zhuocheng tremesse levemente, tendo como única reação por suas mãos sobre os ombros do alfa.

      — Dá 'pra parar de enrolar e me foder logo! — Zhuocheng praticamente implorou.

      Lan Xichen sorriu, roubado um beijo do esposo, e se colocando entre as pernas do mesmo, erguendo-as e apoiando-as sobre seus ombros, não deixando de provoca-ló, depositando um beijo em seu calcanhar.

      — Você passou dias sem me visitar meu amor — Zhuocheng não deixou de notar a forma como os olhos do alfa brilharam, e os olhos dourados escurecendo, turvos de tensão — Não vou te deixar sair desse quarto tão cedo.

      Zhuocheng sorriu bobo, quase como se tivesse escutado a melhor coisa do mundo.

      Nem arrastado ele sairia daquela cama.

O Sistema é CruelOnde as histórias ganham vida. Descobre agora