O Sistema é Cruel

CAPÍTULO XV

      Cheiro bom.

      Foi a primeira coisa que Zhoucheng pensou quando acordou de seu sono, ainda com os olhos fechados.

      Um sorrisinho se formou em seus  lábios e ele se virou, fazendo careta com a dor incomôda que surgiu em seus quadris e a sensação de pedras abaixo de sua pele mesmo que ainda parecesse um pouco macio. 

      — Meng Yao!

      Chamou pelo servo, virando-se de bruços incomodado com a claridade e com a sensação de uma leve rajada de vento tocando sua pele.

      — Meng Yao sei que gosta da luz pela manhã mas eu  estou com sono — Resmungou sonolento, tateando o colchão em busca de um travesseiro para cubrir a cabeça.

      Porquê o colchão parecia tão duro aquela manhã?

      Ele esperou pela voz suave de Meng Yao lhe dizendo "Acorde meu senhor, tem obrigações a cumprir" mas o que recebeu foi um resmungo baixo pedindo-lhe para voltar a dormir.

      Mas o resmungo lhe  pareceu muito rouco para ser de Meng Yao.

      O que diab-

      — A-Cheng volte a dormir — A voz rouca e suave lhe pediu manhosamente — Lhe prometo que quando voltarmos ao palácio irei ordenar que tonos do salão de cuidados lhe sirvam boas masagens.

      O sono tornou sua linha de raciocínio um pouco lenta, e quando seu cerebro assimilou o que estava acontecedo Zhoucheng se levantou num sobresalto, assustando seu parceiro. 

       — A-Cheng? — Lan Xichen o chamou preocupado.

       Zhoucheng se analisou dos pés a cabeça e não evitou o grito de assombro que saiu de sua garganta quando notou que estava como veio ao mundo.

      Como diabos ele acabou nu?!

      Os acontecimentos da noite passada vieram com força até sua mente, mas ele se recordava apenas de Lan Xichen lhe dizer que o amava e o sistema o alertar que seu status havia se tornado "indefinido".

      O que caralhos havia acontecido depois? Por quê ele não se lembrava de nada?

      Porrah, como ele acabou nu?!

     — O que foi que aconteceu! — Ele praticamente gritou, assustando alguns pássaros que bebiam água no lago.

      Lan Xichen que até o momento parecia confuso, apenas sorriu como um gato travesso e se espreguiçou tranquilamente antes de dizer:

      — Fizemos amor como dois loucos diante das estrelas noite passada — O alfa citou o acontecido, encarando orgulhosamente as marcas que deixou no marido — Se eu soubesse que lhe dizer eu te amo depois de tanto tempo te deixaria daquela forma eu teria te declarado o meu amor por você mais vezes querido.

      Lan Xichen se aproximou para roubar um beijo do esposo, mas Jiang Cheng ficou estático encarando-o até cair sobre o amontoado de roupas que na noite passada os serviu de ninho.

    Zhoucheng se arrependeu disso quando uma dor se espalhou pela parte de trás de sua cabeça até a nunca.

      O que ele havia acabado de ouvir foi seu quadril estralar?

      Sua bunda ardia tanto que não parava de formigar.

      Pequenas lágrimas se formaram em seus olhos e ele resmungou um "aí" tocando a própria cabeça e o lado esquerdo de seu quadril.