𝑺𝒐𝒏𝒉𝒐𝒔 | 𝐏𝐚𝐮𝐥 𝐀𝐭𝐫𝐞𝐢𝐝𝐞𝐬

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Filme: DUNA.
Universo: Original.
Gênero: Curto/Diversos.
Pedido Por: Vozes da minha cabeça🌚.
Revisado: Não.
Palavras: 990.


*

Não havia nada mais inexplicável para Y/N, o Príncipe Corrino, senão, os sonhos e visões que tinha de um belo e jovem homem que parecia atormenta-lo todas as noites. Ele era belíssimo.

Sua pele bronzeada pelo calor e o sol do deserto parecia inunda-lo com uma dureza e masculinidade que, antes de ser abandonado a própria sorte, não possuía. Acompanhado de um cabelo tão negro quanto a noite, a medida que, aos poucos, seus olhos passavam a adquirir uma tonalidade azulada mesclada com a beleza do roxo.

Era belo. E Y/N repetia isso uma e outra vez, a medida que as mãos instintivamente — as vezes —percorriam por seu torso, descendo para entre as pernas conforme um calor escaldante parecia desperta-lo em um pesadelo infame.

O Príncipe não sabia porque seu corpo reagia daquela forma, e tão pouco o porque não tinha a mínima ideia de como controlar os desejos insanos e indecentes.

Mas seu pai, sendo quem era, simplesmente ria perante os comentários de tolas Concubinas e de servas que, de fato, eram incapazes de conter suas línguas quando o viam tão "destruído" nas manhãs seguintes de suas falhas tentativas de se auto proporcionar prazer.

Era como se nada fosse o suficiente, e o Imperador de Imperium apenas fazia questão de enviar prostitutas aos seus aposentos, coisas as quais, simplesmente, não ajudavam em nada a sensação de queimação que, simplesmente ao fazer sexo sem ter o desconhecido em sua mente, pareciam piorar cada vez mais aquele maldito sentimento de insatisfação.

Embora para Paul, o desconhecido com o qual sonhava, tal coisa fosse diferente.

Os olhos brilhantes do jovem homem percorre pelo horizonte de onde estava. Sentado sobre as areias que pareciam, agora depois de tanto tempo, uma extensão de seus pés, o moreno, que deveria ser um Duque, olha para a maneira em que os ventos quentes chocava-se contra sua face levemente coberta pelos tecidos que ganhara de Chani anteriormente.

Tanto ele quanto os fremen que o acompanhara naquela tentativa suicida de tomar o controle de Shaddam Corrino, estavam um caco.

Haviam conseguido o que queriam, conseguiriam adentrar a 'casa' do homem e ouvir as estúpidas coisas que ele tinha para dizer. Haviam conseguido, Paul, o Muad'Dib dos fremen, havia conseguido. Ele havia conquistado o que inicialmente queria, e em breve, teria para si muito mais ao contrair casamento com a própria casa do homem.

E então, repentinamente quando uma sensação familiar de conforto assolou seu peito, Paul apenas fechou os olhos por um instante, respirando fundo no processo a medida que, instintivamente, tentava controlar a respiração para voltar a sentir as batidas daquele peito contra o seu.

E então, como fizera todas as outras vezes, Paul fez questão de materializar em sua mente, a própria imagem sobre o corpo de outro homem sobre o dele. Movendo-se lentamente contra seu quadril a medida que quase conseguia sentir as mãos dele de fato, tocando seu peito. Era como se os gemidos pudessem ser facilmente ouvidos de forma real por ele. E talvez realmente fossem já que, de todas as formas não apenas era o destinado que esperavam, como, também, naquele mesmo instante, Y/N de fato gemia amargo contra os lençóis de seu colchão.

O Príncipe havia chegado em seu quarto exausto após caminhar horas pelo deserto atrás de um maldito traidor para o seu pai. Ele só queria deitar por um momento e fechar os olhos apenas por um instante.

Mas então, outra vez assombrando seus sonhos, não tardou em ver como um par de mãos firmes tocavam sua cintura com bruscalidade, agora repentinamente nú e, simplesmente, movendo seu quadril com força contra o pênis do desconhecido que tornava seus sonhos excitantes, em uma tortura constante que nunca se cessaria.

Era apenas um maldito sonho, e Y/N, arfando de forma baixa contra o lençol, amaldiçoava os céus por isso.

E depois, novamente ao abrir os olhos despertando-se em meio aquela luxúria descomunal, Y/N encontrava-se extremamente excitado, esgotado, quente e suado.

E respirando fundo procurando acalmar seu coração que aparentava bater por dois, o Príncipe apenas se obriga a se levantar, arrastando seus pés contra o chão à medida que ignorava seu membro latejante, e os sinais que ansiavam por uma "libertação" naquele instante.

Ao invés disso, apenas se livrou de suas roupas e chamou pelo nome de uma das servas que, sorrateira, não tardou em se meter na banheira com o homem que servia.

Paul já via a face de Y/N em seus sonhos desde a juventude, e quase como o vidente, já havia visto dezenas de vezes as maneiras distintas em que conectariam seus corpos de forma ansiosa e violenta.

O Atreides enxergava-o além do que era, assim como também virá a maneira em que o mais velho tomava e possuía o corpo de concubinas e servas com brutalidade, procurando saciar um desejo que só o faria com ele. E Paul detestava as vezes em que sonhava com isso.

Detestava a maneira em que tão facilmente Y/N permitia que o tocassem, a facilidade em que ele tinha de se deixar ser seduzido e de nunca dizer não quando mulheres lhe eram oferecidas. Deixava-o com um gosto amargo e ruim contra a boca.

Mas mesmo assim, voltando a abrir os olhos com a expressão degustada a medida que outra vez fitava o horizonte com afinco — ignorando a visão repentina que tivera —, Paul apenas respira fundo.

Ele já sabia os dias que adentraria as portas da casa de Shaddam, assim como, também, teria Y/N Corrino entregue a ele de corpo e alma.

E devido a isso, ao saber que o que tanto queria seria lhe entregue em uma bandeja de marfim, Paul tinha paciência...

A qual só existia porque ele sabia que em breve... o teria.











 o teria

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𝑭 𝑨 𝑵 𝑩 𝑶 𝒀 | 𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄 - 𝐌𝐀𝐋𝐄 𝐑𝐄𝐀𝐃𝐄𝐑Where stories live. Discover now