𝑂 𝑙𝑜𝑏𝑜 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑠𝑒𝑟á 𝑚𝑎𝑢 𝑠𝑒 𝑣𝑜𝑐ê 𝑜𝑢𝑣𝑖𝑟 𝑎𝑝𝑒𝑛𝑎𝑠 𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 𝑑𝑎 𝐶ℎ𝑎𝑝𝑒𝑢𝑧𝑖𝑛ℎ𝑜.
Aquela frase resumia bem a vida de Brianna.
Diferente do que sua mãe tinha sido para toda Prythian, Amarantha havia sido boa para...
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-Tem vezes que eu não aguento eu tento ver o que te motiva, eu me afogo em respostas banais. Eu flutuei com o vento, eu parei o tempo, tudo que eu pedi foi só paz.Assim como ela disse, o apocalipse, eu nem tentaria evitar. Talvez se você me ouvisse em meio à maluquice, eu tivesse razão pra parar. O temporal acabar, mas eu aprendi a voar - Azriel ouviu uma voz feminina vindo da sala, junto ao som de algo que ele julgava ser um violão. Não conhecia muito sobre instrumentos musicais.
Ele entrou no cômodo e viu Brianna no sofá, com o violão apoiado nas pernas dedilhando as costas. Ela tinha um caderno apoiado no encosto e uma caneta entre os dentes, enquanto continuava tocando.
-Oi - ela o cumprimentou anotando algo no caderno, e antes que Azriel pudesse raciocinar, as sombras correram na direção dela - Oi pra vocês também - ela acrescentou.
-Oi - ele respondeu, sentando-se do outro lado do sofá - Está compondo?
-Sim - Brianna respondeu - Eu faço isso quando meus pensamentos estão muito barulhentos - comentou - Eu não sou boa em demonstrar sentimentos, então, componho canções com eles - encolheu os ombros, ainda dedilhando o violão.
-E essa tem algum título? - ele perguntou.
-Ainda não sei, tenho só alguns versos - ela comentou, parando de tocar o violão e pegando o caderno, começando a ler o que havia escrito - Quer dizer, vários versos, mas, que apenas tenho uma parte da ideia concreta - mostrou o caderno pra ele, e Azriel reparou que havia palavras e frases escritas em cada centímetro da folha - Antes que você pergunte, as partes que eu já organizei estão na próxima folha - virou a página, e mostrou a estrofe já estruturada - Acho que em algum momento realmente possa se tornar uma música algum dia - encolheu os ombros.
Azriel estava prestes a abrir a boca para dizer algo, seus lábios se separando para formar as primeiras palavras de uma frase, quando um som estranho chamou sua atenção. Um farfalhar de asas ecoou na sala, seguido por um repentino e inesperado baque surdo. Seus olhos se arregalaram em surpresa quando uma coruja negra e feia irrompeu pela janela aberta, suas penas escuras parecendo absorver a luz ao seu redor.
A coruja voou com uma graciosidade sinistra pelo ar, antes de aterrissar com um golpe suave na mesa de centro, suas garras afiadas deixando marcas na madeira polida. Azriel sacou a Reveladora da Verdade, mas Brianna ficou momentaneamente paralisado, seus olhos fixos no inusitado visitante. Seus olhos se fixaram na ave negra, cujos olhos brilhavam com uma inteligência incomum.
Antes que Azriel pudesse reagir, a coruja emitiu um som rouco e grave, quase como um grunhido, antes de estender sua asa e deixar cair uma carta sobre a mesa. A carta era envolta em um papel envelhecido, selado com um selo de cera escura que contrastava fortemente com o papel amarelado.
Azriel fez menção de pegar a carta, mas a coruja investiu contra a sua mão. Brianna se levantou com os olhos fixos no animal. Ela se aproximou cautelosamente da mesa, seus olhos ainda fixos na coruja que observava com uma calma imperturbável. Estendendo a mão, pegou a carta, sentindo uma leve sensação de apreensão se formando em suas entranhas, ela quebrou o selo de cera e desdobrou o papel, mas, havia apenas um bilhete, que ela sabia para quem estava endereçado.
"Esperamos que este bilhete o encontre em boa saúde, pois poderá ser a última vez que você desfrutará de tal luxo. Saiba que estamos cientes de sua localização, não importa onde você se esconda. Você pode se considerar uma sobrevivente por enquanto, mas não subestime nossa determinação.
Você escapou por pouco da última vez, mas não comemore muito cedo, filhote de Amarantha. Nossa paciência tem limites, e em breve estaremos à sua porta novamente para completar o que começamos. Você não será capaz de fugir tão facilmente desta vez.
Considere este um aviso final. Prepare-se para enfrentar as consequências de suas ações, pois não haverá misericórdia para você desta vez.
Atenciosamente,
Aqueles que não esquecem"
【...】
-Brie? - Rhysand a chamou depois de terminar de ler o bilhete, encarando a filha, que suspirou.
-Minha mãe tinha... Um Conselho em Sob a Montanha - Brianna começou a explicar - Pessoas que continuavam tocando o terror em Prythian enquanto ela estava lá embaixo. Mas, como todo governo, sempre tem alguém querendo te derrubar do trono. No caso da minha mãe, além de, logicamente os Grão-Senhores, esses três também estavam envolvidos em uma conspiração.
-E como eles sabem de você? - Cassian perguntou.
-Eu... - hesitou - Descobri tudo o que estava planejado, e contei pela minha mãe, e ela mandou que Attor desse um fim neles, o que logicamente não aconteceu.
-E quem são? - Amren perguntou - Porque agora, eles estão atrás de você.
-Alden, Seraphina e Aldric, não são muito inteligentes, mas são perigosos - Brianna ponderou - Por algum motivo, devem ter se juntado e agora declararam vingança a mim.
-Eles não devem estar sozinhos - Mor comentou.
-E Koschei ainda está por aí - Feyre emendou.
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Um pouquinho de lenha na fogueira sempre é bom, né?
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