CAPÍTULO 27

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A música alta junto da voz nada melodiosa de Molly Weasley soava por toda a Toca. Ron resmungou, virando de bruços e enfiando o travesseiro sobre a cabeça para tentar abafar o som terrível da voz de sua mãe que parecia penetrar em sua cabeça.

Ele estava exausto.

A Academia de Aurores estava tomando toda sua alma.

— Ron — Gina chamou, se encostando na porta do quarto — Zabini chegou.

— Hum, já estou indo... — Ron choramingou antes de se levantar e caminhar até o banheiro.

Blaise Zabini sempre escondia seu leve desgosto ao estar na toca. Ele pouco se importava se o local tinha móveis antigos, coisas trouxas, a voz estridente de Molly Weasley ou se era extremamente apertado. O que o irritava era a bagunça, a extrema bagunça da casa o deixava com vontade de reconstruir a casa por completo.

— Oh, Blaise! — Molly sorriu limpando as mãos em um pano e indo até o garoto para cumprimentá-lo — Como está? — perguntou o abraçando com rapidez e o soltando — Ron está dormindo, Ginny deve ter ido chamar ele.

— Eu estou bem, Sra. Weasley — Blaise sorriu e fingiu não ter ficado agoniado com o pó de farinha que grudou em sua roupa, aquilo causaria alergia caso ele não limpasse em alguns segundos — Como está?

— Eu estou bem — Molly acenou — Venha, estou fazendo bolinhos!

Assim que a bruxa virou as costas ele fez um rápido feitico de limpeza em suas roupas antes que começasse a espirrar por horas. Sem que ela visse, ele acenou com a varinha para uma pilha de roupas, fazendo-as ficarem dobradas.

— Já estou indo — ele respondeu, começando a caminhar em direção a cozinha e parando próximo da porta já que a mesa estava sendo ocupada por ingredientes.

— Vocês irão sair? — ela perguntou enquanto colocava uma fornada de bonzinhos no forno.

Os olhos de Blaise focaram no armário levemente torto da cozinha e nos pratos de porcelana dentro dele.

— Sim — Blaise respondeu, desviando o olhar para a mesa que balançava toda vez que Molly amassava a massa do pão — Pretendo levá-lo para fazer compras — comentou, tocando na mesa quando a mulher se virou e deixando sua magia fluir e consertar magicamente a madeira que poderia ceder a qualquer momento — Está fazendo pães? — perguntou curioso enquanto olhava a massa — Isso não é muita massa?

— Ah, como se comida durasse por mais de 1 dia aqui — Molly riu — Esses pães irão durar menos de 2 horas se depender dos seus cunhados — contou — E compras, hm? Ron nunca foi chegado muito em fazer compras — comentou — Mas acho que seria adorável vê-lo em um encontro com você.

— É realmente adorável — ele concordou — Iremos para a Itália — contou — Milão.

Molly ergueu os olhos da comida e olhou para o genro que estava encostado na parede. Ela não podia acreditar que aquele garoto iria levar seu filho para outro país apenas para comprar coisas.

— Não sou grande apreciador dos trouxas, mas admito que alguns deles têm um bom senso de moda — contou enquanto arrumava as mangas da camisa social que vestia por baixo do sobretudo — Milão é conhecida como cidade a moda, então acho que será interessante voltar para lá.

— Voltar...?

— Minha mãe é italiana — ele contou com um sorriso — Joanne Zabini.

— A bruxa mais linda da atualidade — Molly sorriu — Sua mãe é bem famosa.

Blaise sorriu e se encostou no batente da porta outra vez, ele escutou os passos arrastados e familiares atrás de si. Um sorriso se formou em seu rosto ao sentir a mão quente de Ron tocando suas costas.

𝐅𝐋𝐎𝐖𝐄𝐑𝐒 - 𝑫𝒓𝒂𝒓𝒓𝒚Where stories live. Discover now