CAPÍTULO 29

1.2K 136 154
                                    

Harry se levantou da cama quando escutou um choramingou ao lado dela. Por algum milagre havia sido Noah e não Vulpecula que estava chorando, sua filha conseguia ser dramática ao extremo quando acordava. Colocando os óculos, ele caminhou até o berço e se debruçou para acender o abajur, vendo o bebê com expressão chorosa.

— Oi — sussurrou pegando o menino no colo — O que foi? — perguntou baixinho verificando a fralda do garoto — Aí, entendi.

Acalmando o garoto, ele o levou até o trocador para retirar a fralda cheia e colocar uma limpa nele. Noah tinha cabelos escuros, olhos também escuros e era bem tranquilo, ao contrário da sua filha que fungava manhosa sempre que podia e abria um berreiro quando Draco se afastava ou alguém chegava perto dele.

— Pronto — sussurrou ao terminar de trocar a fralda.

Harry notou que já havia amanhecido, mas o tempo continuava nublado devido à chuva. Ele pegou o bebê no colo outra vez, enrolando seu corpo minúsculo com uma coberta e saiu silenciosamente do quarto, descendo as escadas com calma. Um riso baixo saiu de seus lábios ao ver seus amigos espalhados pela sala cobertos e completamente apagados. Harry se moveu pela cozinha tentando não fazer barulho enquanto preparava a mamadeira de Noah, o qual ele podia sentir a barriga roncando.

— Obrigado — Harry agradeceu quando a casa fez surgir um cesto oval com almofada e cobertores em cima da mesa, onde ele deixou o garotinho para poder preparar a mamadeira dele.

Noah apesar de estar com fome, ficou distraído olhando tudo ao seu redor. Harry se virou ao escutar o bebê rindo, ele bocejou esfregando os olhos por baixo dos óculos e se aproximou com a mamadeira em mãos. Novamente ele pegou o bebê e o ajudou a tomar o leite balançando a criança de um lado para o outro até ele ficar sonolento outra vez. Após fazer o garotinho arrotar, ele o enfiou de volta para o cesto o qual ele pegou e deixou em cima do balcão abaixo da janela onde o som da chuva era maior e as flores cantantes de Draco soavam baixinho.

— Aí meu Merlin! — Harry tocou o próprio peito ao se assustar com a menina que surgiu silenciosamente à frente dele — Nora, por favor — ele respirou fundo, arrumando os óculos e se abaixando — Não faça mais isso — pediu, tirando o cabelo castanho do rostinho dela.

Claro, como não se assustar com uma criança silenciosa surgindo atrás de você com um ursinho e o cabelo cobrindo todo o seu rosto?

— Desculpa — ela pediu, abraçando o ursinho.

Potter sorriu, beliscando as bochechas dela. Ele pode ver Nathy surgindo atrás da irmã com passos lentos enquanto carregava Nico consigo.

— Bom dia, meninos — Harry desejou em tom baixo — Estão com fome? — perguntou aos três.

— Sim.

Harry pegou Nico no colo e o deixou uma cadeira própria para bebês, Nora e Nathy quiseram se sentar em cima da mesa e o mais velho apenas deixou.

— Querem algo específico? — perguntou.

— Mingau — responderam.

Prontamente Harry começou a preparar o café da manhã, não sem antes deixar mamadeiras com leite quente e chocolate na mão dos mais velhos e de Nico. Ele pôde perceber quando Nora e Nathy deslizaram pela mesa e sentaram nas cadeiras, mas não falou nada, apenas continuou a preparar o café da manhã.

Harry deixou duas tigelas de mingau morno — para não queimar a língua das crianças — à frente de cada um, ele pegou o pote com frutas picadas em um pote e caminhou até Nico que havia terminado de tomar sua mamadeira. Ele deixou as frutas na mesa e preferiu dar o mingau primeiramente para o garotinho.

𝐅𝐋𝐎𝐖𝐄𝐑𝐒 - 𝑫𝒓𝒂𝒓𝒓𝒚Where stories live. Discover now