Sol da Meia Noite; ENHYPEN

信号 - Segredos

Um barulho abafado e suave alcança o fundo de minha audição, mas os sons que nós produzimos juntos impedem a minúscula parte consciente que resta em mim em prestar completamente atenção em qualquer coisa que não fosse o homem que me segura tão forte contra si que me faz sentir que estou prestes a explodir.

Essa parte me força a ameaçar abrir levemente os olhos, se esforçando para me fazer sair um pouco desse êxtase absurdo que Sunghoon me faz sentir com seus lábios que parecem tão macios quanto o melhor e mais caro dos veludos.

Como se soubesse minha intenção, ele se inclina um pouco mais e aprofunda o beijo, como se não quisesse que eu tire minha atenção dele, e como se nada mais importasse além desse momento.

Sem condições de resistir, eu retribuo a ação com a mesma intensidade, e subo a mão direita até o rosto dele enquanto a esquerda ainda desabotoa mais um botão de sua veste, que parece ser só mais um mero obstáculo que me impede de ver um anjo por completo.

Não sei mensurar quanto tempo se passou, mas quando ouço novamente um barulho, mais alto dessa vez, percebo que se trata de uma batida.

- Sunghoon... - eu tento dizer entre beijos.

- Hm? - Ele responde com a voz arrastada, numa mistura de excitação e ansiedade, com a boca ainda colada à minha.

Coloco minhas mãos no ombro dele e o empurro delicadamente, pensando que poderia ser Suji precisando de alguma coisa.

Minha ação apenas serve para ele se afastar o suficiente para se inclinar mais sobre mim e começar uma trilha de beijos pelo meu maxilar que desce incendiando o outro lado do meu pescoço ao mesmo tempo que entrelaça minha cintura com o braço livre, praticamente esmagando meu corpo contra o dele.

Um suspiro suplicante foge do fundo de minha garganta quando sinto sua boca quente chupando a pele sensível que se encontra acima da minha clavícula.

- A porta... - tento falar mais uma vez, mas é quase impossível que alguma frase completa saia da minha boca desacompanhada de um murmúrio de desejo.

Passo as mãos pelo pescoço de Sunghoon e enfio os dedos pelos cabelos dele novamente, agarrando os fios compridos como se isso fosse capaz de descontar a formigação que sinto no colo do útero de alguma maneira.

A outra mão dele, que ainda segura firmemente minha coxa, se aperta contra minha pele e seus dedos praticamente cravam uma marca de fogo em meus nervos ao passo que ele continua atacando a extensão que se segue abaixo do meu queixo.

- Sunghoon... - eu o chamo pela segunda vez, tentando lidar da melhor forma com sua língua quente e suas presas roçando suavemente em mim a cada vez que ele arrasta um pouco mais a boca - preciso abrir a porta...

Ele ignora minha fala, apenas continuando a espalhar beijos e pequenos chupões pelo meu pescoço.

- Pode ser Suji precisando de mim - eu crio forças para concluir meu pensamento e minha frase.

Minha mente dá um clique e eu volto a mim mesma. Suji. Eu a deixei sozinha horas atrás.

Eu desço a perna suspensa pela mão de Sunghoon e me desvencilho de seu corpo quente com pesar. Ele solta minha cintura com dificuldade e apoia uma das mãos na parede, ficando parado quase como uma estátua enquanto apresso os passos até a porta, que agora se encontra bem mais longe de onde eu me lembro de ter estado quando ainda estava em minha plena e sã consciência.

Sem pensar, abro a porta ansiosamente e me deparo com minha amiga do outro lado, que assim que me vê, parece tomar um susto.

Ela levanta uma sobrancelha e noto seu olhar questionador sobre mim, sentindo meu rosto queimar conforme minha ficha sobre o que acabou de acontecer começa a cair.