"panic room" (2.8)

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Melina Abrams

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Melina Abrams.

Mas que droga! não acredito. Assim que saio do quarto me vejo em uma situação que tanto temia que acontecesse. Estou super atrasada para o primeiro dia de gravação e pegar as escadas me roubaria muito tempo, se eu corresse estaria soada e acho que não seria uma boa primeira impressão.

Me assusto ao ouvir uma porta bater pelo corredor, vejo Mason saindo às pressas que mal notou minha presença ali. Quando seus olhos se encontraram com os meus ele abriu um leve sorriso, suspeito.

— Vejo que não sou o único atrasado. - ele se vira para o elevador me vendo estática a sua frente.

— Vou estar mais ainda se descer pelas escadas.. - digo triste e o cacheado notou minha preocupação.

Mason apertou o botão para chamar o elevador, minha mão congelou apenas pelo seu ato, o garoto arruma a postura e se aproxima ficando frente a frente a mim.

— Vem de elevador comigo. - o mesmo estende a mão e me observa com os olhos doces. A demora entre responder ou sair andando foi interrompida pelo barulho do elevador abrindo. - Você sabe que eu não mordo.

— Eu não consigo. - minha voz foi sumindo ao passo que meu olhar foi levado para as portas que se abriram. - É sério, Mason.

— Confia em mim, por favor. - sua mão permanecia estendida e eu sentia minha respiração falhar. - Vão ser só alguns andares, prometo parar em alguns se quiser, você não vai estar sozinha.

Respiro fundo e então agarro firme na mão do garoto, ele caminhou lentamente comigo e foi inevitável abraçar o mesmo, fecho os olhos fortemente tentando não entrar em pânico ou chorar ali mesmo, enquanto podia sentir o perfume dele trazer uma familiaridade e um leve conforto.

— Apertei em todos os andares, se quiser podemos sair. - ele diz perto ao meu ouvido e logo passou seus braços em volta do meu corpo, por um segundo me senti acolhida como nunca antes. - Talvez isso leve um pouco mais do tempo que a gente precisa, mas eu vou dar um jeito.

Eu respirava seu perfume e sentia seu cheiro bom mais uma vez, eu queria poder memorizar seu cheiro para todas as vezes que eu me sentia em desespero. Mason me tocava com confiança me indicando que eu estaria segura em seus braços, ele era carinhoso e delicado quando o assunto era seu toque sobre mim, nunca achei que ele seria assim.

Meu corpo tremia tanto que eu não conseguia controlar, cheguei ao ponto de não sentir mais meus pés. Eu estava voltando novamente para aquele dia torturante, aquela memória que me persegue por anos o instante que achei que morreria. Entrar novamente em um elevador é tipo entrar em um quarto do pânico.

Mas tinha algo diferente dessa vez, eu não estava sozinha, pelo contrário, Mason estava fazendo de tudo para que eu não me sentisse sozinha, talvez não parecesse tão sufocante ou perturbador.

— Não precisava estar fazendo isso.. - digo tentando equilibrar minha respiração, eu ainda estava com medo e era fácil notar isso.

Mason passou suas mãos até o meu maxilar e pude ouvir o elevador abrir as portas em um dos andares qualquer que ele apertou. Minha pele se arrepia ao seu toque e a forma como ele firmou meu rosto para olhar ele nos olhos.

— Relaxa, olhe para mim. - Mason me olhava na intenção de transmitir calma, suas mãos quentes aqueciam meu corpo e sua voz baixa relaxa meu coração que batia rápido. - Não pare de me olhar.

Por algum motivo a calma e o conforto dos seus olhos castanhos me faziam respirar com mais facilidade mesmo parecendo sufocante estar aqui dentro. Quando ouço o estralo do barulho do elevador mais uma vez aperto firme a mão do cacheado que pareceu não se incomodar.

— Pode apertar o quanto precisar, vai ficar tudo bem. - ele sussurrou. - Vem cá, não fique com medo, respire.

Ele passa uma de suas mãos pelo meu cabelo me conduzindo a apoiar a cabeça em seu peito, ele me acolheu em um dos seus braços enquanto a sua outra mão segurava a minha, sempre pronta para que eu apertasse forte mais uma vez.

Seu coração batendo no peito e sua mão fazendo carinho sobre minha cabeça estavam me deixando com menos medo, ele estava me deixando mais corajosa. Nunca achei que pegaria um elevador antes mas aqui estamos nós, graças a ele.

— Você está bem? - o mesmo pergunta ao lado do meu ouvido.

Não consegui responder porque estava tentando não pensar muito, mas minha respiração já estava normal novamente e meu corpo não tremia mais como antes.

Quando ouvimos o barulho irritante pela ultima vez sinto sua mão atrás da minha orelha, vejo os olhos castanhos de Mason mais uma vez e por um segundo fui capaz de querer beijar ele, assim como parecia que ele faria o mesmo.

— Já passou, chegamos. - sua voz ainda era baixa mas eu estava processando tudo. - Vem, não solte da minha mão. - assim eu faço.

Assim que entrei nesse elevador eu implorei para que acabasse logo, mas agora o que eu mais desejo era estar lá com ele de novo. Nunca senti ou permiti me sentir tão vulnerável na frente de alguém, mas Mason viu o pânico nos meus olhos, nas minhas mãos tremulas e minha respiração sufocante, ele viu coisas que jamais ninguém viu.

Eu não sei o que é pior.. o medo do elevador ou o medo de talvez estar me apaixonando por ele, aquele garoto que não pode retribuir os meus sentimentos, o mesmo que eu juraria nunca beijar e que eu odiava mais do que qualquer um. Depois dessa experiência é difícil pensar racionalmente.

O cacheado nos tira dali rapidamente, quando ouço sua risada de alivio sinto meu corpo se descarregar. Eu estava bem, eu sobrevivi ao meu maior medo, eu não morri ou me senti tão tensa ao ponto de passar mal, estou aqui de pé e bem.

— Obrigada.. - digo com a voz serena ainda segurando em sua mão.

— Não me agradeça, você que foi corajosa, eu só estava lá com você. - ele diz me olhando com os mesmos olhos de alguns minutos atrás, verdadeiros.

— Eu não teria conseguido sozinha..

— Sempre que precisar, pode me chamar. - seu sorriso ladino me fez soltar um riso.

— É melhor a gente chegar logo no carro, não vai ser muito legal chegarmos muito atrasados, ainda mais no primeiro dia. - digo caminhando ainda segurando em sua mão.

Eu não queria deixar seu toque longe de mim, assim como eu não me incomodei, ele também não se importou de segurar a minha mão, pelo contrário, eu sentia que ele queria isso tanto quanto eu.

Melina isso não pode ser coisa da sua cabeça, ninguém faz uma coisa dessas para alguém, e provavelmente iriamos nos beijar ali mesmo. Não é possível que só eu tenha percebido.

Ah não, eu acho que estou me apaixonando..

❕Tadinha da nossa diva gente, por sorte ela está em boas mãos

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Tadinha da nossa diva gente, por sorte ela está em boas mãos.
Felizes pelo cap surpresa no inicio da semana? ai eu também amo vocês
❗️Não esqueça de votar. 🤍

Eyes don't lie. - Mason ThamesWhere stories live. Discover now