"i need you" (2.9)

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Melina Abrams

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Melina Abrams.

Meus dedos tocavam lentamente o couro do banco de trás do carro que estávamos, o silêncio era constrangedor e eu não faço ideia do porquê. Vejo de relance Mason olhando para o lado de fora e uma de suas mãos que a alguns minutos atrás tocavam meu corpo agora estava distante, meio que sinto falta do seu toque.

O garoto tossiu e indagou uma pergunta que aparentava estar incomodando o mesmo a um tempo.

— Você está bem? - sua voz era calma. - Sabe, sobre o elevador..

Eu sabia exatamente o que essa pergunta significava, ele queria saber se eu estava bem e também alguma explicação sobre esse trauma ridículo.

— Eu estou bem. - digo confiante porque era verdade. - Eu não tive sempre esse pavor por elevadores..

— O que aconteceu? - sua pergunta foi delicada para que não soasse invasiva.

Respirei fundo e voltei encarar Thames que me olhava interessado no que eu diria a seguir.

— Era dia do meu aniversário de nove anos e meus pais voltariam de viajar para casa, eles costumavam fazer viagens por serem grandes apreciadores de estudos, a vida deles era isso, viajar o mundo atrás de descobertas novas mesmo tendo pouco de dinheiro, ambos pegavam o carro e colocavam o pé na estrada.

O carro para no sinal vermelho e guio meus olhos para os carros ao nosso lado mas a todo momento buscando recordações daquele dia.

— Me lembro de estar com a minha tia no nosso antigo apartamento minúsculo e péssima iluminação. - solto um riso fraco ao meu lembrar dos meus anos morando naquele lugar. - Eu tinha feito desenhos e decorado a casa super ansiosa para ver eles, comer bolo e cantar o parabéns todos juntos. - engulo um seco antes de continuar. - Mas o sonho acabou rápido quando ouvi um grito vindo da sala enquanto eu brincava no quarto, corri até a minha tia que chorava de desespero.. a imagem dela em pratos ainda é bem viva na minha cabeça.

O farol ficou verde e o motorista prosseguiu com o caminho, ainda bem que existia um separador do passageiro e do motorista, o carro era grande e espaçoso quase uma limusine, justamente para que a conversa não fossa interrompida.

— Por mais que eu apenas tivesse 9 anos fiquei assustada e não fazia ideia do que estava acontecendo, abracei a mesma e fiz repetidas vezes a mesma pergunta "cadê a mamãe e o papai?" mas parecia que quanto mais eu perguntava mais ela chorava.. - de novo sinto as lágrimas me invadirem e a dor voltar novamente, Mason parecia também estar sensível e segurou na minha mão. - Então ela disse que eles não voltariam para casa, eu não queria acreditar, desde nova sempre fui muito impulsiva e me afastei da minha tia, não me lembro muito bem mas quando percebi já tinha saído do apartamento e corrido para o elevador do prédio implorando para Deus que o carro dos meus pais estivesse na garagem e eles me esperando de braços abertos, eu não queria pensar em qualquer outra coisa ruim.

Algumas lágrimas rolaram e talvez eu tenha soluçado ao tentar completar a história.

— O elevador parou, eu estava sozinha e ele simplesmente tinha parado entre um andar e outro, fiquei tanto tempo lá dentro sem ter certeza se meus pais estavam bem ou se minha tia procurava por mim que acabei chorando sem parar, passei o meu aniversário presa naquele elevador com medo e dor por estar sozinha, chorei tanto naquele dia que minhas forças foram desgastadas e desmaiei por estar me sufocando. - a essa altura minha voz falhou diversas vezes e Thames precisou passar o dedo indicador algumas vezes pelo meu rosto na intenção de limpar as lágrimas. - Depois de quatro horas presa tive a pior noticia de todas, meus pais tinham morrido naquele mesmo dia em um acidente de carro voltando para casa, eu desejei que meus nove anos nunca tivesse acontecido e jurei que jamais entraria em um elevador de novo.

Ver o cacheado com um fixo olhar sobe mim me fez querer saber o que ele estava pensando, não acho que ele precise dizer alguma coisa mas gostaria de decifrar seus pensamentos. Ele se aproximou lentamente e abaixou a cabeça triste.

— Você não merecia nada disso Melina. - sua sinceridade me fez querer chorar novamente. - Eu sinceramente não sei muito bem o que dizer..

— Não precisa dizer nada, é sério. - respondo abrindo um leve sorriso. - Apenas saber que você se importa é o suficiente.

Mesmo depois de ter dito isso o garoto apoiou todo seu corpo no banco e ofereceu seu ombro para que eu deitasse a cabeça.

— Você não está sozinha agora. - ele diz baixo e me vejo na liberdade de colocar minha cabeça sobe seu ombro.

Algo apura minha curiosidade e sinto que talvez esse seja o melhor momento para perguntar. Minhas mãos tocam no braço do garoto que estava coberto, ele trava o maxilar em cima da minha orelha direita.

— Tudo bem se eu perguntar dos machucados no braço? - pergunto esperando ansiosamente por uma resposta, já que não podia ver o rosto do cacheado. - Não tem problema se..

— Você reparou.. - sua voz triste me fez sentir um arrependimento por ter tocado no assunto. - As pessoas geralmente percebem mas nunca dizem nada e me olham com cara de dó, você é a primeira que pergunta.

— Não precisa dizer se não quiser. - arrumo a postura e olho nos olhos serenos do garoto.

— Não tem problema, sério. - ele abre um leve sorriso. - Quando você cresce na mídia acho que é normal ter a sensação de cobrança e de que nunca deve pisar falso.. a ansiedade é reflexo disso. - o mesmo suspira. - As vezes crio esses hematomas sem perceber, eu sei que não é a melhor forma mas funciona como um antiestresse, se é que dá para entender. - seu sorriso se apagou as poucos a cada palavra que ele falava. - Todos dizem que precisam de mim mas a verdade é que ninguém de verdade faz questão, ninguém realmente se importa, com o tempo você percebe que não pode se dar o luxo de errar ou ao menos pensar sobre isso.

— Não deve ser fácil.. - me vejo passando uma de minhas mãos no rosto dele e acariciando como uma forma de conforta-lo.

— Uma coisa que nós dois sabemos é que ninguém pode calar os monstros que nós mesmo criamos. - havia confiança em seu tom de voz.

— Tem certeza disso? Porque Mason eu preciso de você para conseguir enfrentar os meus monstros.

— Eu preciso dizer Melina, desde aquele dia na premier que você me beijou, não me vi fazendo mais esse tipo de coisa. - sua voz já não soava mais tão baixa. - Eu sempre estive muito sozinho por conta da mídia mesmo que meus amigos estivessem por perto, mas ultimamente não ando me sentindo assim..

— Mason.. - fui interrompida pela porta que se abriu atrás de mim.

— Vamos, chegamos. - Thames arruma sua postura e tenta afastar o assunto o mais rápido possível. - Estamos muito atrasados.

❕ Escrevi esse cap a base de antibiótico, ent pode ser que tenha alteração depois kkkkkkkk❗️Não esqueça de votar

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Eyes don't lie. - Mason Thamesحيث تعيش القصص. اكتشف الآن