The Maze Runner --- Is it love? --- [EM REVISÃO]

19 - Memórias #2

Não sei dizer quanto tempo se passou desde que comecei a treinar, mas além desses encontros empolgantes muitas coisas andavam acontecendo, por exemplo, ontem fui ver meu irmão e por incrível que pareça nos tratávamos como estranhos, mas ele estava bem, saudável e até tinha crescido alguns centímetros a mais que eu.

Ele me ajudou a desenhar o restante dos matérias que faltavam para labirinto e depois perguntou algumas coisas básicas que respondi com palavras curtas e desconfortáveis, ele parecia querer falar algo mais os guardas do Cruel chegaram impedindo seja lá o que ele iria falar, eu não o vi mais depois daquele dia, mas pelo seu olhar era evidente que ele estava mais a par dos planos do cruel do que eu jamais estive.

Kátia McCoy foi me visitar aquele dia, mas não viera sozinha, havia um homem de sobretudo branco e óculos fundo de garrafa ao seu lado.

- Melissa,o período de introduzir você com os outros está quase encerrando, por isso quero te apresentar o Dr. Hamilton, ele irá fazer uma pilha de exames em você está semana. - Kátia anunciou aquilo com um sorriso tranquilizador, mas eu não conseguia fingir tranquilidade tão bem quanto ela.

Eles me levaram pelos corredores brancos até uma sala branca, cheia de aparelhos para medir meus batimentos, agulhas e aquele cheiro desconfortável de lugar esterilizado.

Me deitei na cama e fiquei esperando as picadas de agulha, já havia recebido tantas que não doíam mais como antigamente.

- Eu tenho uma filha parecida com você, ela também é bem quieta, agora está completando 11 anos. - Hamilton disse, mas não me dei ao trabalho de responder, aquilo não poderia me importar menos, ele retirou a agulha da minha pele, pude respirar novamente.

Alguns minutos se passaram no completo silêncio, mal notei que brincava com meus dedos em quanto Hamilton fazia algo com os tubos de sangue.
Ele então fez um sinal mínimo para Kátia, mas que consegui identificar.

- Fique aqui, nós já voltamos. - Kátia pediu com a voz calma, me peguei observando ambos saírem da sala, o dr. com um papel em mãos em quanto falava com empenho sobre algo, a curiosidade me venceu, desci da cama na ponta dos pés e me encostei sobre a parede gelada ao lado da porta inclinando meu corpo para tentar escutar o que diziam.

- ...O sangue dela tem um nível da rejeição ao vírus impressionante, mas não é nada diferente dos outros imunes, só tem um grau de oscilação maior, assim como do indivíduo A2. - A voz do homem parecia impressionada e decepcionada ao mesmo tempo.

- Agatha espera um projeto aceitável para entregá-la hoje a noite, e é isso que você me diz? - A voz de Kátia soava mais irritada do que eu jamais havia visto, parece que todos usavam uma máscara afinal.

- Sinto muito, coletei a amostra novamente e ainda tenho o mesmo resultado, e falando em termos simples de todos ela e Thomas são os com mais potencial para serem os candidatos finais, mas não me animaria muito, poderemos ter os mesmos resultados que já tivemos com outros. - Dr. Hamilton explicou, a voz mais concisa dessa vez.

- Talvez se os testes no labirinto funcionarem teremos um número de indivíduos maior.
- Talvez. - Kátia repetiu com nojo. - Se não funcionarem, qual outra alternativa temos? - Ela perguntou e dessa vez levei meus dedos ao batente da porta para espiar os dois.

Hamilton parecia excitante, como se o que diria ou pensasse não era moralmente ético para um médico e não pude deixar de achar aquilo engraçado, o que era moralmente ético para os médicos do cruel?

- Uma criança talvez, nem sempre os humanos se reproduzem com quem deveriam para manterem uma genética forte... - Ele se deteve antes de continuar. - Talvez uma gravidez mude a atividade cerebral dela a um ponto em que possamos extrair a cura, e se isso não acontecer teremos novos imunes para continuarmos nossas pesquisas.  - Aquilo parecia muito vantajoso para eles, mas se planejavam ter mais imunes então certamente não tinham uma data para suposta cura, me dei conta naquele momento que aquilo poderia durar décadas, muitas mortes e talvez nenhum resultado.