23 - O quão ruim pode ser?

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"Você é a faca que eu viro dentro de mim; isso é amor. Isso, minha querida, é amor."

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Tudo que Melissa desejava era ficar sozinha, por isso usou a dor de cabeça como desculpa após a remoção do Swip, ela se deitou no primeiro lugar que viu e finalmente pode chorar, quando a dor se tornou suportável ela recordou-se da fuga e de tudo que havia ocorrido até aquele momento.

Quanto mais pensava a respeito, mais duvidava que qualquer uma daquelas coisas tivesse sido orquestrada pelo CRUEL, mas sua paranoia não a abandonava, o bilhete, os números, Teresa a ajudando e depois o dr. Hamilton...

Muita coisa fora feita no impulso do momento, sua escolha em ficar e depois em ir embora, sua mente era uma bagunça entre sentimentos e decisões, mas uma coisa era certa: os guardas do CRUEL haviam lutado bravamente com tudo que tinham para mantê-los ali, quando notaram que eles estavam fugindo.

"A ira do Sol golpeou a Terra. A segurança em muitos prédios do governo estava comprometida. Um vírus fabricado pelo homem, criado para uma guerra biológica, escapou de um centro militar de controle de doenças. O vírus atingiu os principais centros populacionais e se disseminou com rapidez. Tornou-se conhecido como Fulgor. Os governos sobreviventes colocaram todos os recursos nas mãos do CRUEL, que encontrou os melhores e os mais brilhantes entre todos os Imunes. Deram então início aos estudos de estímulo e mapeamento dos padrões cerebrais de todas as emoções humanas conhecidas, e examinam agora como nosso cérebro funciona, apesar de termos o Fulgor enraizado dentro dele."

Aquela conversa veio a sua mente, onde havia escutado aquilo mesmo? Não se lembrava ao certo.

- Ei. - Minho estalou os dedos em frente ao rosto da ruiva. - Você está acordada? Ou agora dorme de olho aberto?

Ela se sentou na pequena cama improvisada de panos velhos.

- Desculpe... Estou acordada. - Ela fungou, limpando os olhos úmidos pelo choro, ele estendeu algo parecido com uma sopa aguada nada apetitosa.

- Não estou com fome. - Ela dispensou, o coreano a olhou feio.

- Não importa trolha, coma mesmo assim, ou farei você comer na força. - Ele ameaçou se sentando a sua frente, ao ver que ele não desistiria ela pegou a colher e começou a comer.

- Você... Sabe, você acha que... Fizemos a coisa certa? - Ela perguntou, se referindo a Jorge e os outros terem a impedido de ir atrás de Newt, ela sentia que o havia abandonado, que todos haviam lhe virado as costas. - Sabe, mal consigo imaginar o quão ruim esse "Palácio dos cranks" Deve ser.

- Não vejo que importância isso tem para nós, quero dizer, o quão ruim aquele lugar pode ser? perto do que já passamos. - disse Minho. - Fizemos bem, fizemos o certo, agora não seremos mais rastreados por aquela coisa na nossa cabeça.

Do outro lado da porta algumas vozes pareciam alteradas, falavam alto e ela pode até escutar alguns xingamentos.

- Você está perdendo um grande pedaço de atualizações desse lugar. - Minho murmurou indicando a porta. - Parece que o vírus está se alastrando pelos imunes nessa cidade, sendo distribuído como a bênção para a população, também estão atrás de Hans.

- Talvez seja por causa daquela boca sem filtros. - Melissa suspirou exasperada, havia sido difícil convencer o homem a tirar o chip de suas cabeças, aquilo pareceu divertir Minho.

- Realmente, não parece existir ninguém legal nesta cidade cheia de gente. - Concordou e pareceu satisfeito quando viu a tigela de sopa vazia. - Foi um verdadeiro teste de amizade, realmente achei que Thomas ia matar alguém com aquela faca.

The Maze Runner --- Is it love? ---  [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now