5 - É uma... Menina

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- Quero me tornar uma corredora. - Falei com um grande sorriso, Alby me olhou incrédulo.
- Esta tendo suas crises de loucura novamente? Nem pensar. - Falou dando me as costas, o segui.
- Não estou, e eu tenho certeza que serei útil. - Grunhi, não pretendendo desistir.
- Sei que se Minho me treinar irá te dizer que tenho capacidade, não me encaixei em nada por aqui, nem caçarola me quer na cozinha. - Falei lembrando-me de quando derrubei alguns pratos no chão. - E os socorristas estão bem sem mim, estavam bem antes de eu chegar, acho que pelo menos tenho a merda do direito de escolher o que quero fazer já que estou presa aqui. -Reclamei cruzando os braços ele se virou me encarando.
-Já disse que não garota! Pode ajudar Chuck na limpeza ou na manutenção das intalações já que estas reclamando do cargo de socorrista.
- Com certeza ela vai matar alguém com o desinfetante, ou com prego sem querer. - Falou Minho que saía de dentro do bosque e estava passando por ali, revirei os olhos, intrometido.
Engoli todo a minha antipatia por Alby, era necessário.
- Alby... Por favor... - Pedi juntando as mãos, olhei pedindo ajuda silenciosamente para Newt que afiava uma lança ali perto, ao ver que Alby não cederia.
- Ele tem razão. - Falou por fim jogando a lança de lado. - O labirinto é muito perigoso. - Bufei irritada e ergui uma sobrancelha. "Serio isso? Muito obrigada" Sussurrei irônica.
- Não estaria aqui pedindo se não soubesse disso, não sou idiota.- Respondi. - Sei das consequências. - Falei.
- Sei que esta cheia de coragem, mais esta aqui a menos de um mês, já conversamos sobre isso, para se tornar uma corredora tem que estar aqui a muito mais tempo.- Newt falou calmo, Revirei os olhos impaciente.
- Eu não tenho tempo. - Murmurei, precisava achar um modo de sair dali e só conseguiria se conseguisse explorar.
Ele pareceu entender ao que eu me referia e coçou a nuca antes de suspirar e encarar Alby.
- Alby acho que talvez devêssemos convocar um conclave, para ver se todos concordam com a ideia. - Opinou e Alby o olhou irritado.
- Você... Esta concordando com isso? Nem pensar. - Resmungou.
- Por que você não gosta de mim? - Perguntei em um ato impensado e imediatamente me calei. Suspirei. - Quer saber, desculpe. Nem você deve saber.- Sussurrei.
Newt voltou a olhar para Alby.
- Como ela mesma disse, esta provocando problemas demais por aqui, talvez devíamos ver o que os outros pensam. - Newt falou tão serio que Alby não pode negar por mais que odiasse.- Certo. - Alby concordou a contra gosto. - Amanhã de manhã, faremos um conclave. -Falou dando nos as costas, sorri aliviada e observei Newt se encaminhar até a Sede.
Estava prestes a ir com Chuck quando de repente começou, um barulho familiar, a caixa;
estava subindo novamente.
Todos pareceram meio nervosos esperando com ansiedade os 30 minutos que se passaram, mal conseguia ouvir Chuck falando em meus ouvidos suas preocupações, Alby parecia apreensivo e a toda hora e olhava me como se eu tivesse culpa.
- Isto é tão estranho, porque enviaram alguém antes de 1 mês? - Perguntou Chuck apreensivo, dei de ombros.
- Não sei também, talvez queiram aumentar ainda mais as pessoas aqui? - Sugeri tentando acalmar os nervos do garoto, ele concordou, quando a caixa subiu todos já estavam ao seu redor, curiosos, Gally puxou um lado da grade e Newt o outro.
- Newt o que você tá vendo? - Indagou Clint e vi o loiro coçar a nuca confuso.
- É outra garota. - Falou e alguns comentários maldosos se espalharam pelos garotos.
- Enviaram-lhe uma amiga. - Falou Minho a fazer piada, me cutucando com o cotovelo.
- O que tem na mão dela? - Indagou Alby, Newt se agachou perto da garota de cabelos castanhos e pele clara e retirou um caderno marrom das mãos pequeninas da garota, Que aparentava ter 11 ou 12 anos.
- Diário. - Olhou para nós. - Que diabos um diário faz aqui? - Neste mesmo momento a garota arfou, Newt pulou de susto se afastando, os olhos azuis dela me fitaram.
Seja lá o que iria falar, não conseguiu dizer e como se nunca tivesse acordado voltou a adormecer.
Todos olharam para a cena, meio assustados e Thomas se pronunciou para quebrar o clima tenso:
- Minho me ajude a retira-la daqui. - o coreano pulou lá dentro e retiraram ela a levando para a sede.
- A regra com esta nova garota é a mesma. - Gritou Alby. - Voltem aos seus afazeres. - Mandou.
Fiquei encarando a caixa por longos minutos antes de tomar coragem e ir ver a garota, não sabia nem o que pensar a respeito de tudo que vinha acontecendo, um diário? Isso era muito estranho.
Algo me dizia que aquilo era apenas mais uma peça do quebra-cabeça daquele lugar, ou teriam enviado ela apenas para causar alvoroço?.
- Ele tem razão Newt, se a caixa não vais mais subir, quanto tempo a gente vai durar? - Ouvi Jeff indagar.
- Ninguém disse isso, não vamos tirar nenhuma conclusão, só vamos... Esperar que ela acorde para sabermos o que sabe. Não temos outra escolha. - Entrei no lugar.
- Como assim, a caixa não vai mais subir? - Perguntei e Jeff estendeu-me um papelzinho.
- Estava entre o diário. - Falou e no papel estava escrito em letras grandes " Ela é a ultima".
Tentei me manter calma e levei minha mão até o ombro de Thomas.
- A reconhece? - Perguntei calmamente, ele negou.
- Sério? Pois ela pareceu conhecer-te. - Falou Newt trocando um olhar cúmplice comigo.

- Porque estão dizendo que eu a conheço? - Thomas indagou ficando um pouco irritado.

- Ela olhou para você. - Newt respondeu.
- Ela poderia ter olhado para qualquer um de nós, não a conheço tá legal? - Falou irritado e saiu a passos duros.
- Ai seus plongs, vocês não sabem mesmo usar as palavras sutilmente. - Falou Minho irônico e com um suspiro seguiu o amigo.
- Se ela acordar, nos chame Jeff. - Pediu o loiro.
Saindo da sede provavelmente indo falar com Alby.
Fiquei a tarde toda checando os traços vitais da menina e deixei Jeff descansar já que não tinha nada mais interessante para fazer. Ela parecia doente, mas não como quando alguém está picado, era diferente, a pulsação irregular e a aparência frágil e muitas marcas arroxeadas nos pulsos e braços, deveriam existir outras doenças lá fora afinal.
- Hey Melissa? - Chamou Jeff me assustando, ele sorriu.
- Sinto atrapalhar seu momento de médica, mais não se deu conta? Já está de noite, saía um pouco e distraia-se, deixe que eu fico com ela, já consegui descansar o suficiente. - Não tinha muita vontade de participar dos "festejos" que faziam, principalmente após brigar com Gally da última vez em que participei, mais concordei por fim, havia sido muita gentileza de Jeff vir me chamar. Desci as escadas e percebi que os clareanos não estavam tão animados como no dia em que cheguei mais pelo menos Gally parecia disposto a retirar alguns clareanos da roda, me certifiquei de ficar longe de seu campo de visão.

 A fogueira estava alta e alguns conversavam animadamente, andei até caçarola que fazia um tipo de churrasco, ele abriu um sorriso gentil.
- Finalmente já estava me sentindo ofendido com sua falta de apetite. - Falou sorrindo dei de ombros dando uma generosa mordida na carne.
- Hum... Você é o melhor caçarola sabe disso. -Elogiei arrancando uma risadinha do moreno, não podia negar que estar cercada de garotos era um pouco desconfortável, até por que nenhum ali parecia querer conversar muito comigo, mas era acostumável.
Caminhei até onde Minho estava sentado e me sentei ao seu lado.
- O que quer? - Indagou fitando a fogueira, suspirei.
- Não posso mais me sentar com meu amigo? Quero dizer, somos amigos certo? - Indaguei fingindo-me de ofendida.
- Isso bom. - Riu Saarcastico. - É claro que sim, mas você parece inquieta, desembuche logo Melissa sei que quer algo. - Ergui minhas mãos para cima e suspirei me rendendo.
- Tudo bem, Seu mertila estraga prazer. - Ele riu virando pela primeira vez o rosto em minha direção e desviando o olhar do prato.
- Não use nossas gírias, fica meio agressiva. - Comentou dei de ombros.
- Isso é bom não?. - Respondi e ele sorriu de lado.
- Talvez, eu não sei. - Voltou a atenção a própria comida.
- Bom fale. - Mandou.
- Minho quero tornar-me uma corredora, preciso ajuda-los a achar uma saída. Sei que sua opinião no conclave deve ter um grande valor e sinto que se não acharmos logo uma saída, tudo ira por água baixo.- Ele bufou.
- Não sou eu quem decide isto. - Falou simplesmente. - E quem garante que se sairmos daqui os criadores, ou sabe se lá o que tem lá fora vão nos deixar viver em paz? Já cogitou que ficar aqui seja mais seguro? - Indagou o coreano.
- Acho que estando aqui tudo fica mais fácil para eles. - Falei pensativa. - Olhe, você sabe que eles devem nos vigiar e agora que ninguém mais subira pela caixa, acha que sobreviveremos sem comida? - Ele suspirou e coçou a nuca.
- Não sei, não gosto de pensar sobre isso. - Murmurou melancolicamente.
- Mas sei que você só quer ajudar.
- E então? Vai ajudar-me no conclave? - Ele revirou os olhos e concordou.
- Vou, mais vou logo lhe avisando que irá correr até a camisa suar, não terá moleza só por ser garota. - Concordei, se aquele era o preço a se pagar.
- Tudo bem. - Falei não contendo um sorriso.
- Isso bom, Fedelha. - Deu um tapinha de leve em minha cabeça e foi até os outros corredores.
Fiquei encarando a fogueira, as chances de conseguir me tornar uma corredora eram mínimas e querendo ou não Alby não gostavas de mim, de qualquer modo teria de esperar até amanhã e essa espera estava realmente a me perturbar.


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Oi, Oi meus runners ❤
Como estão?  Espero que tenham gostado do capítulo!
Vocês são
Team Minho
Team Tommy
Ou Team Newt?
Mais por que a pergunta Mari? Bem, pretendo deixar um deles mais digamos "proximo" da Mel ❤

~VOTAÇÃO ENCERRADA~

Até o próximo capitulo.
Beijinhos

The Maze Runner --- Is it love? ---  [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora