25 - Não existe mais nós

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- Quem são esses? - O homem cheio de tatuagens perguntou, alternando o olhar entre eles.

- Somos amigos do Newt. - Thomas respondeu calmamente.

- São seus amigos? - O homem perguntou para newt, apontando para eles.

- Sim, são meus malditos amigos. - Newt respondeu irritado, ele estava sujo mas apesar disso sua mente ainda parecia sob controle. - Deixem-nos sozinhos. - Ele mandou, a mulher de coque frouxo fez uma cara feia e encarou Melissa, ela se aproximou a passos folgados da ruiva.

- Posso ficar com essa para mim? Gosto dessa cor. - A mulher tinha os dentes amarelos e Melissa tentou não encarar muito quando ela tocou em seu cabelo ruivo.

- Essa é... Minha namorada, deixe-a em paz. - Ele mandou com a voz suave, mas continha um leve tom de ameaça, a mulher se afastou a contra gosto.

- Ah... - Murmurou pensativa. - Que pena. - lamentou e por alguns segundos ficou em silêncio antes de se afastar.

Melissa pode respirar novamente, apesar da raiva acentuada nos olhos de Newt, ele ainda estava lúcido.

- Vocês não podiam deixar as coisas como estavam não é? - Indagou nervoso, seus olhos mesclando o olhar entre eles.

- Deixar como estavam? - Thomas perguntou surpreso, mas manteve a voz calma. - Não vejo como isso funcionária amigo, como nos encontraria?

-É simples, não os encontraria. Por que vir até esse inferno atrás de mim? Sabem que estou com maldito fulgor no meu cérebro, aqueles guardas sabem também, são dois sujeitos espertos aqueles shanks, me impediram de sair daqui. - Ele tinha um tom de voz irritado e angustiado o suficiente para Melissa imaginar que a tentativa de sair daquele lugar não teria sido amistosa. -  É melhor vocês irem embora, esqueçam o que viram aqui hoje. - As mãos de Newt tremiam, Melissa sentiu um nó na garganta, um desespero e tristeza que lhe doía o coração, sentia os dedos gelados, a boca seca.

- Não pode estar falando sério. - A frustração na voz de Minho se elevando. - Não pode ficar aqui, viemos de longe busca-lo, somos seus amigos, se tiver que enlouquecer tem que ser conosco, não aqui.

- Ei! se não abaixar o tom de voz arrancarei essa sua boca de mune. - O homem tatuado, que estava falando com Newt segundos antes disse, ele estava sentado não muito longe dali e encarava Minho sem piscar, os olhos vidrados.

- Mune? - Thomas indagou em um murmúrio para Melissa.

- Talvez seja um termo pejorativo que eles usam para chamar os imunes. - Ela opinou aos sussurros.

- Não estou falando com você, então não se meta. -Minho avisou em alto e bom tom, aquela frase parecia o suficiente para começar uma briga naquele lugar.

- Está tudo bem. - Newt grunhiu irritado, andando sutilmente até parar entre o homem tatuado e Minho. - Estamos apenas conversando, deixe-o falar o que veio dizer. - Explicou e olhou por um momento para o homem sentado antes de levar um braço a frente do corpo e passar a mão ansiosamente pela lateral do próprio pescoço, lhe deu as costas assim que notou que o homem havia aos resmungos deixado pra lá, ele os encarou novamente exasperado.

- Não quero ter de me repetir, eu já me decidi, é melhor assim. Como acha que me sinto sabendo que vocês estão me vendo aqui, assim. Como querem que eu aceite voltar, sabendo que posso machucar vocês. - Ele indagou angustiado, havia um tom urgente em sua voz. Ele olhou para Thomas. - E você Tommy, como pode concordar em vir? De todos achei que você teria o plong de raciocínio suficiente, para não arriscar o pescoço vindo aqui neste lugar.

Os olhos de Newt finalmente encararam Melissa por uma fração de segundo.

- ...E a trouxe junto. Se fosse meu amigo mesmo, teria vindo sozinho e armado, assim poderia me ajudar mais. - Resmungou, Minho e Melissa se entreolharam, mas ela não conseguiu entender o que ele queria dizer com aquilo.
Thomas emudeceu, um semblante magoado estava explicito em seu rosto.

The Maze Runner --- Is it love? ---  [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now