21 - O braço direito

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O homem rato entrou no quarto, acompanhado de mais dois guardas.

- Acordem garotos. Vamos devolver suas memórias, quer queiram ou não.

- Vá para o inferno - retrucou Newt, que já estava fora da cama, os punhos cerrados ao lado do corpo, o olhar furioso cravado em Janson como se a qualquer momento fosse abrir um buraco em seu peito.

Estava assim desde que a fuga havia sido falha, a alguns meses atrás.

Ele quase não dormia e nem comia, a noite acordava de madrugada, molhado em seu próprio suor, os outros fingiam não ver, mas ele tinha consciência de que os acordava com seus gritos.
Thomas deu alguns passos para trás, não conseguia se lembrar de ter visto tal fúria no olhar do amigo.

Minho colocou as pernas para fora da cama e se levantou.
-Você disse que não éramos obrigados.

- Receio não ter escolha - replicou Janson. - O tempo das mentiras acabou. Nada vai funcionar com vocês três ainda no escuro, queremos ver como o cérebro de vocês reagira as memórias quando elas retornarem. Sinto muito. Precisamos fazer isso. E Newt, de todos vocês, será o mais beneficiado por uma cura, assim que a encontrarmos.

- Não me importo comigo - Sussurrou Newt num resmungo.
- Você se importando ou não, tenho ordens a cumprir. - Ele olhou para o relógio no pulso, e um leve incomodo surgiu em suas feições quando um som de explosão ao longe pode ser ouvido, foi um som baixo, mas alto o suficiente para os rapazes escutarem.

- Certo rapazes vamos. - Falou Thomas, Minho concordou.

- Thomas tem razão. - O coreano deu um tapa amigável no ombro do loiro. - Afinal eles estão armados, não queremos um choque logo cedo não é mesmo?. - Resmungou, estava claro que algo estava acontecendo lá fora, os três se entreolharam e naquele momento o plano havia ficado claro, iriam fugir dali antes dos dissipadores serem retirados ou morreriam tentando.

O trio seguiu o homem em meio aos corredores, em quanto ele ia cochichando sobre algum problema que tinha de ser resolvido no rádio, Thomas notou que ele os estava levando para longe da origem das explosões.

- Eu apreciaria muitíssimo se pudesse calar a boca - Replicou Newt.

O homem rato sorriu e desligou o aparelho.

- Desculpem, estamos tendo alguns problemas com ratos hoje. - Janson revirou os olhos, sua voz saindo irritadiça e irônica.

- Eu também acho que temos um problema com ratos. - Zombou Minho, não contendo-se. Janson olhou com raiva para o coreano, Newt grunhiu irritado.

- Por que parou? Apenas nos leve logo para esse plong, ou quer que finjamos estar em um maldito passeio.

- Você deveria ser mais educado, tendo em vista o sacrifício que aquela garota... A objeto A21 está fazendo por você. - Ele murmurou, como se aquelas palavras fosse um motivo pelo qual ele pudesse se orgulhar e usar a seu favor para atingi-los.

- Ora seu... - O loiro cerrou os punhos, Thomas o impediu de prosseguir, colocando um braço a sua frente.

- O que estão fazendo com ela? - Sua pergunta foi tão baixa que Thomas quase não ouviu, o homem rato o ignorou e continuou andando, seus passos ecoando em quanto se aproximava de uma porta metálica e extensa.

O Homem-Rato se deteve, virando-se para falar com eles.

- Espero que todos cooperem hoje. Não serei tolerante com nada menos que isso.- Explicou.

A porta se abriu com um solavanco.

- Onde está Melissa? E os outros? - Perguntou Minho.

- O objeto A21 e os outros indivíduos estão em outra sessão. - Antes que pudesse terminar, Newt o atacou, agarrando o Homem-Rato pelas laterais do paletó do terno branco, e o arremessando contra a parede mais próxima. - Chame ela e eles de novo de objetos, e quebro esse seu maldito pescoço! Seu lunático de mértila! - Num instante antes que qualquer um dissesse algo, dois guardas estavam sobre Newt;

The Maze Runner --- Is it love? ---  [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora