22 - Eles o levaram

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Ela havia revirado todos os arquivos daquela sala, gaveta após gaveta ela procurou minuciosamente o quanto pode, já faziam alguns minutos que Thomas e Minho haviam saído da sala principal, Newt também havia ido sozinho até a sala de armas e ela aproveitava a solidão do momento para procurar arquivos que explicassem como fazer a cura;

Ou pelo menos o rascunho inicial de como o fazer, deveria haver algo do inicio de toda aquela pesquisa do CRUEL, provavelmente seria necessário aprimorar, mas como ela estava desesperada por algo qualquer coisa seria o suficiente para ela, já não podia se dar o luxo de apenas esperar que no alojamento dos rebeldes houvesse alguém que soubesse como o fazer, precisava ter garantia de que quando o momento chega-se ela conseguisse coleta-la.

Estaria no sangue? ou seria necessário retirar do cérebro? As perguntas a angustiavam.

- O que está procurando? - Era a voz de Newt, ele estava recostado sobre uma parede cinzenta a frente, os braços cruzados em frente ao peito e dali ela pode notar o quanto ele havia emagrecido.

- Já voltou da sala de armas? Isso foi rápido. - Ela murmurou voltando o olhar para os papéis, ali, entre vários arquivos de cor amarronzada havia um tipo de tutorial para fazer algo parecido, mas as letras impressas estavam meio apagadas, revelando os anos que aqueles papéis deveriam ter, já que todo tipo de informação deveria estar na rede de computadores sigilosa do CRUEL, ela sentiu seu coração bater novamente, seus olhos se encheram de lágrimas.

Ela havia encontrado.

Ou pelo menos tinha esperança que sim, agora era só tentar restaurar aquelas palavras.

- Não haviam armas, pelo menos não nesse andar. - Ele respondeu se aproximando e se abaixando perto dela, ele tocou a bochecha avermelhada da garota, um leve inchaço aparecia na região atingida pelo soco do guarda, ela já havia esquecido daquilo.

- Não doí mais. - Ela mentiu e ele recuou a mão, os olhos com a recente e rotineira névoa, de quem havia se perdido em outros pensamentos.

- Newt? - Ela chamou tocando o rosto dele com receio ele a olhou, mas não parecia vê-la realmente, e como em transe ele se aproximou, se apoiando com um joelho o loiro se inclinou, seus olhos castanhos ganhando um brilho gentil ao analisar o rosto dela de perto, a ponta de seu nariz deslizou pela bochecha dela de modo provocativo, os lábios deixando um rastro de beijos, a ponta de seus dedos deslizaram pelo seu ombro e envolveram a lateral de seu pescoço.

- Você é... Muito bonita, vermelhinha, acho que estava com muita saudade de ver seu rosto pessoalmente. - Ele sussurrou. - Tocar sua pele, seus lábios... É estranho não é?. Como paramos nessa situação. É como se eu sempre estivesse apaixonado por você, desde antes da clareira. Quando eu vi você pela primeira vez foi como ver algo que eu desejava a muito tempo, seu corpo, seu sorriso, sua personalidade, o jeito que todos pareciam gostar de você me incomodava. - Os dedos dele deslizaram novamente até seu queixo e com o polegar e o indicador segurou o rosto dela, ela pensou em dizer que nem todos gostavam dela na clareira, mas sua voz havia sumido em algum lugar entre sua respiração acelerada e a dele.

O rosto dele parecia mergulhado em êxtase, ele não parecia estar pensando direito, mas ela não queria que aquele momento acabasse.

- Eu a amo muito, acho que posso fingir somente esta última vez, que terei um futuro e beijá-la antes que as coisas se tornem irreversíveis para mim... - E a beijou, um toque longo e quente nos lábios em quanto a instigava e a puxava com a mão para mais perto, ele ficou por cima dela e a beijou demoradamente, com tanta vontade que ela jurava que se não fosse a situação ele a teria ali mesmo, ela duvidaria que resistiria.

Um som abafado de algo se quebrando os assustou, ela levou a mão ao abdômen dele e mesmo não querendo o afastou delicadamente, ele a contragosto se levantou a ajudando logo em seguida, os dedos dele se demorando a soltar os dela.

The Maze Runner --- Is it love? ---  [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora