𝟎𝟏𝟖- 𝐅𝐞𝐥𝐢𝐳 𝐍𝐚𝐭𝐚𝐥

168 19 5
                                    

“ Eu gosto de ouvir o som da
tua voz, ela parece silenciar
todo esse barulho que
carrego em mim. ”

— Danielly Martins.

Natal é sempre uma data animadora e especial

Oops! Questa immagine non segue le nostre linee guida sui contenuti. Per continuare la pubblicazione, provare a rimuoverlo o caricare un altro.


Natal é sempre uma data animadora e especial. Eu sempre acreditei nisso, e meus exemplos comprovam a teoria.

Porém, hoje, agora, era uma sessao de tortura disfarçada. Isso porque me sentia triste, solitário, e principalmente, abandonado.

Acho que anteriormente, minha ficha ainda não tinha caído, porém eu não tenho ninguém. Eu estava literalmente sozinho, e fadado a passar uma data importante numa casa fechada, vendo todo mundo ser feliz menos eu.

E a troco de que?

Por isso decidi que iria para a casa da família da Bruna, e deixaria de lado todo o receio. Porque a simples ideia de passar o natal sozinho dentro de uma casa me agonia. Eu não lidava muito bem com a solidão, e particularmente, nunca gostei dela. Sempre gostei de estar rodeado de gente, mas nunca, jamais, gostei de estar sozinho.

Com a fama, ficar sozinho era praticamente impossível. Sempre alguém aqui e ali pra me divertir, me fazer companhia ou algo assim.

Mas agora…nossa, não tinha ninguém. E vem sendo assim desde que vim para Barcelona. O porquê de todo mundo ter se afastado eu não sabia. Talvez tenha sido eu mesmo. Sempre fui covarde, e quando as coisas pesavam demais, eu simplesmente afastava todo mundo, porque não aguento ver as pessoas sofrendo por erros e decisões minhas.

Era um baita defeito meu.

Mas chorar pelo leite derramado não vai me ajudar ou melhorar minha situação. Vai me atrasar, e bom, eu odeio atrasos.

Sai do banheiro com a toalha enrolada na cintura, enquanto cantava uma música qualquer que vinha na minha cabeça. Segui para o closet, procurando uma roupa acessível para uma data como essa. Nem tinha comprado roupa pra falar a verdade. Apenas peguei uma camiseta vermelha e um short branco meio bege, nos pés — no caso em um só, por conta da perna engessada — um tênis da Louis Vuitton. Coloquei uma corrente de prata e umas pulseiras também, arrumei o cabelo — que havia cortado recentemente em um corte moica ou Mullet, eu realmente não sabia diferenciar — e passei meu perfume de lei.

Postei uma foto no insta, porque fazia dias que eu não aparecia por lá, e já haviam algumas especulações de que eu estava com depressão.
Então era bom avisar que eu estava vivo, e de que ao os olhos deles, eu estava bem.

Quando o porteiro ligou avisando que a loira estava lá embaixo, eu tranquei a porta do apartamento e fui para o elevador,  com a Lexy presa na coleira e com a minha fiel escudeira que é a muleta.

— Buenas noches, Rapha. — A loira cumprimentou quando entrei no carro dela.

— Boa noite, loira. Como cê tá?

𝙈𝙚𝙙𝙤 𝘽𝙤𝙗𝙤 2 • 𝙍𝙖𝙥𝙝𝙖𝙚𝙡 𝙑𝙚𝙞𝙜𝙖Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora