𝙈𝙚𝙙𝙤 𝘽𝙤𝙗𝙤 2
( ⚽... • 𝙍𝙖𝙥𝙝𝙖𝙚𝙡 𝙑𝙚𝙞𝙜𝙖 )
Após três anos de casados, Raphael e Helena enfrentam as dificuldades no relacionamento quando o jogador inicia sua história em outro clube.
Raphael se vê tendo que decidir entre...
“ Eu gosto de ouvir o som da tua voz, ela parece silenciar todo esse barulho que carrego em mim. ”
— Danielly Martins.
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Natal é sempre uma data animadora e especial. Eu sempre acreditei nisso, e meus exemplos comprovam a teoria.
Porém, hoje, agora, era uma sessao de tortura disfarçada. Isso porque me sentia triste, solitário, e principalmente, abandonado.
Acho que anteriormente, minha ficha ainda não tinha caído, porém eu não tenho ninguém. Eu estava literalmente sozinho, e fadado a passar uma data importante numa casa fechada, vendo todo mundo ser feliz menos eu.
E a troco de que?
Por isso decidi que iria para a casa da família da Bruna, e deixaria de lado todo o receio. Porque a simples ideia de passar o natal sozinho dentro de uma casa me agonia. Eu não lidava muito bem com a solidão, e particularmente, nunca gostei dela. Sempre gostei de estar rodeado de gente, mas nunca, jamais, gostei de estar sozinho.
Com a fama, ficar sozinho era praticamente impossível. Sempre alguém aqui e ali pra me divertir, me fazer companhia ou algo assim.
Mas agora…nossa, não tinha ninguém. E vem sendo assim desde que vim para Barcelona. O porquê de todo mundo ter se afastado eu não sabia. Talvez tenha sido eu mesmo. Sempre fui covarde, e quando as coisas pesavam demais, eu simplesmente afastava todo mundo, porque não aguento ver as pessoas sofrendo por erros e decisões minhas.
Era um baita defeito meu.
Mas chorar pelo leite derramado não vai me ajudar ou melhorar minha situação. Vai me atrasar, e bom, eu odeio atrasos.
Sai do banheiro com a toalha enrolada na cintura, enquanto cantava uma música qualquer que vinha na minha cabeça. Segui para o closet, procurando uma roupa acessível para uma data como essa. Nem tinha comprado roupa pra falar a verdade. Apenas peguei uma camiseta vermelha e um short branco meio bege, nos pés — no caso em um só, por conta da perna engessada — um tênis da Louis Vuitton. Coloquei uma corrente de prata e umas pulseiras também, arrumei o cabelo — que havia cortado recentemente em um corte moica ou Mullet, eu realmente não sabia diferenciar — e passei meu perfume de lei.
Postei uma foto no insta, porque fazia dias que eu não aparecia por lá, e já haviam algumas especulações de que eu estava com depressão. Então era bom avisar que eu estava vivo, e de que ao os olhos deles, eu estava bem.
Quando o porteiro ligou avisando que a loira estava lá embaixo, eu tranquei a porta do apartamento e fui para o elevador, com a Lexy presa na coleira e com a minha fiel escudeira que é a muleta.
— Buenas noches, Rapha. — A loira cumprimentou quando entrei no carro dela.