Capítulo 95

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O sol brilhava ainda mais forte no horizonte, e olhando nos olhos de uma mulher com um pequeno caderno de anotações em mãos, estava Kate Middleton sem medo das consequências que suas escolhas lhe causariam ao começar a falar tudo que sabia sobre a verdadeira face da Monarquia Britânica.

Kate dava uma pausa, olhando em direção a sua filha e percebendo o sorriso de orgulho gritar acima das palavras de força e coragem, e isso lhe arrancou a maior certeza de tudo:

Ela estava fazendo a coisa certa!

- Então suas palavras confirmam o que muitos suspeitam. A Rainha Camilla é a responsável pela traição de seu marido, o Príncipe William?

- Sim! - arruma a postura, cruzando as pernas pela segunda vez enquanto escutava.

- Rosy, se evolveu com William a mando de Camilla?

- Sim! Ela sempre recusou estar atrás do carinho que todos sentem por mim, então...

- Ela sente inveja de você. Sempre soube disso!

- Não sei qual o sentimento de Camilla por mim, mas ele é forte o suficiente para transformar a minha vida em um caos por 10 anos.

- Posso afirmar então que a Rainha Camilla, é responsável pelos piores momentos de sua vida Real?

- Pode!

Christine observava as horas passando e as perguntas serem feitas em seus mínimos detalhes, e assim que chegou ao fim, quase 3 horas depois, a adolescente se levantou, assim como as duas mulheres à sua frente, vendo a jornalista visivelmente satisfeita com cada segundo de revelações e Kate, mais leve, como se um mundo inteiro saísse de seus ombros e ela conseguisse respirar com mais naturalidade.

A Princesa escutou que tudo iria ser detalhadamente revisado antes de ser lançado para a mídia, e que antes iria receber uma cópia de confirmação, porque era assim que ela trabalhava, diferente de muitos meios de mídias que só lançavam as informações sem uma certeza de todas as partes.

Kate confirmou e acompanhou a mulher até a porta, vendo-a sair e lhe dando a certeza de missão cumprida ao chegar no primeiro andar, abrir a porta da livraria e sentir a paz que o fim de tarde proporcionava para seu espirito livre e calmo.

Atrás e encostada no balcão, Christiane sorria e cruzava os braços ao observar sua mãe fechando a porta, virando lentamente e sorrindo com os braços abertos, dizendo em alto e bom som:

- Eu nunca me senti tão leve, quanto estou me sentindo agora, filha. - dá pequenos passos em direção a jovem - Sinto como se o mundo saísse de cima de mim e eu conseguisse respirar.

- Viu como é bom?

- É maravilhoso! - sorri, caminhando ainda mais e parando a centímetros da adolescente, vendo ela erguer uma das mãos para tocar as dela.

- Os gritos ecoavam, mas ninguém ouvia. A noite era fria, virou poesia.

- Que lindo! O que é isso?

- O trecho de uma música! Vem, vamos comer.

O céu ganhava pequenas e várias estrelas, que brilhando lindamente, eram testemunhas de uma adolescente focada em destruir a perfeição gritante em sua mãe, uma mulher conhecida pela elegância e beleza, roupas cultas e maquiagem, cabelo radiante e brilhoso, mas que sumiu ao simples fato da jovem sujá-lo com farinha de trigo.

- Christine?!!

Sobre a mesa, Kate agarrava mais farinha, lançando sobre a adolescente, que desviou e tentou fugir, e nesse momento a Princesa de Gales avançou em sua direção, mas o passo em falso lhe fez cair no chão e sentir um forte impacto em seu braço esquerdo.

Christine ouviu o som alto ecoando no espaço e virou, encontrando sua mãe com a mão direita no braço esquerdo e visível expressão de dor. Então voltou e se ajoelhou ao lado da mulher, segurando em seu ombro e perguntando se estava doendo muito, mas quando ela iria tentar levantar, Kate a puxou para seus braços, derrubando ambas no chão e começando a rir com a raiva que Christine falava ter sido enganada pela mulher.

Os braços de Kate envolveram Christine em um abraço extremamente apertado, e isso estava fazendo a adolescente ficar com muita raiva. Então usou as cócegas como meio de escapar, sendo Kate atingida no abdômen e rindo alto, mas por alguma razão, a risada se transformou em pequenos gemidos de dor e uma rápida folga no abraço, fazendo Chris ver sua mãe levando as duas mãos à barriga e se contorcer.

- Mãe?

- Está doendo! - vira de lado, ficando em posição fetal e agarrando a si própria - Muito!

- Calma!! Onde está doendo?

- Meu abdômen - se contorce ainda mais - Ai!!

- Mãe??

Christine conseguiu ver nos olhos de Kate que ela não estava fingindo dor ou lhe enganando como na queda anterior, muito pelo contrário, ela estava com lágrimas nos olhos e gemidos frequentes nos lábios, demonstrando o medo de não saber o que estava acontecendo.

A adolescente correu para agarrar a chave do carro da Princesa, e segundos depois voltou e a ajudou com toda a força que tinha, para que ela se levanta-se e caminhasse ao seu lado para o lado de fora.

Assim que chegou, pessoas caminhavam e viam que algo estava acontecendo, e uma delas, um homem que nenhuma delas conhecia, parou e ofereceu ajuda para dirigir enquanto Christine ajudava Kate a entrar no carro e o banco de trás.

- Calma, mãe. Calma.

- O que está acontecendo?

- Calma! - a beija na testa - Por favor, moço!

- Estamos indo, calma! - olha fixo para a avenida, percebendo um carro parar bruscamente - SAI DA FRENTE!!

- Mãe?

- Tá doendo muito, Chris!! - geme ainda mais, se contorcendo e começando a ficar desesperada - Chris?

- Calma! Estamos chegando, calma.


SMILE - Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora