Palavras

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- Você - a fúria era sentida na exclamação de Hermione - É tudo sua culpa, seu maldito!

Hermione pressionava a varinha contra o pescoço de Tom, e o mesmo, sem saber o que fazer, apelou para Dumbledore. Com uma simples olhada, o velho soube que Tom realmente não sabia o que estava acontecendo.

- Srta. Granger, por favor, solte o Sr. Riddle. Creio que ele não seja o que procura.

- Eu sei exatamente o que ele é - falou seca, mas soltou Tom, voltando a guardar a varinha em suas roupas estranhas.

Tom agora estava furioso. Quem aquela esquisita pensava que era?! Ninguém nunca se atreveu a atacar Tom Riddle, e aquela sujeitinha não seria a primeira.

O moreno já tinha feito vários planos contra Hermione quando percebeu que ainda estavam na sala de Dumbledore, e que o mesmo sempre sabia o que Tom planejava.

- Se me dão licença, vou para meu dormitório. Boa noite professor, srta. Granger. - foi educado, mas a menina não respondeu. Só cruzou os braços e bufou. Tom percebeu a olhada que Dumbledore deu em Hermione antes de voltar para ele.

- Oh Sr. Riddle, claro! Já está tarde afinal. Boa noite, Tom.

Tom saiu da sala, a fechando em seguida. Mas antes de ir embora, fixou os ouvidos na porta, na tentativa de descobrir algo.

- Ele é... eu devia ter feito algo!

- Acalme-se, Hermione. Esse é só Tom Riddle.

Tom não quis ouvir mais, até porque não se interessava pelo que Dumbledore tinha a dizer. Ele tinha mais em sua mente.

No seu dormitório, enquanto ouvia Abraxas Malfoy resmungar durante o sono, Tom listava uma serie de perguntas, todas elas relacionadas à Hermione Granger.

Primeiro: Quem era ela, e de onde vinha?

Segundo: Por que ela parecia que tinha saído de uma guerra?

E terceiro: Por que ela atacara Tom?

Tom não sabia a resposta para nenhuma dessas perguntas, e aquilo o irritava profundamente, já que Tom sempre sabia a resposta para tudo. Mas o moreno nunca ficava sem o que queria.

Tom conseguiria suas respostas, independente do que fosse necessário.

(...)

Tom acordou antes de seus colegas de dormitório, ele sempre fazia isso, porque assim podia aproveitar seu silêncio matinal, coisa que ele sempre apreciou, mas nem no orfanato nem em Hogwarts conseguia ter.

Tom quase se esqueceu da vinda de Hermione. Quase. Tom sonhara com ela durante a noite, foi um sonho muito estranho.

Nele havia uma mansão, e dentro dessa mansão havia uma Hermione com cabelos maiores embaixo de uma bruxa de cabelos negros e pálpebras caídas que tinha uma aparência doentia. Ela se debruçava sobre a menina e a cada vez que fazia isso, Hermione soltava gritos desoladores.

Tom nunca ficara tão feliz em acordar.

Tom mal teve tempo de se arrumar quando Avery, Lestrange, Nott e Malfoy começaram a tagarelar sobre as meninas e sobre as férias, como se não tivessem passado a noite falando sobre isso. Tom odiava aqueles palermas e tinha vergonha de andar com pessoas que por mais que tivessem mais dinheiro eram terrivelmente inferiores a ele.

Os quatro juntos não tinham a metade da inteligência de Tom Riddle.

De qualquer maneira, Tom precisava de seguidores, e eles eram perfeitos. Os cinco sonserinos se reuniram no grande salão na hora do café, e Tom se pegou olhando em todos os cantos para ver se via Hermione em alguma das mesas.

Faith - TomioneWhere stories live. Discover now