Ariana Dumbledore

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Na mitologia grega havia um titã chamado Cronos. Cronos era um tirano realmente mal, que podia controlar o tempo. O titã costumava desacelerar o tempo para conseguir vantagens contra suas vítimas.

Hermione sentia com se Cronos tivesse desacelerado o tempo. Ela via as pessoas no Três Vassouras rirem em câmera lenta, via Tom a olhar preocupado e via Batilda levemente intrigada.

Uma Dumbledore?

Então Cronos voltou com o tempo ao normal e a consciência a arrebatou. Hermione fez a única coisa lógica.

Começou a rir.

— Não, Sra. Bagshot. Sou mestiça — mentiu, sustentando a história que contava a todos que perguntavam. Sua cicatriz escondida parecia coçar.

— Ora criança, pode ser sim, mas isso não quer dizer que você não seja uma — Batilda fez um gesto displicente com a mão — Eu reconheço um Dumbledore de longe.

Essa mulher está surtando, Hermione e Tom pensaram juntos.

— Como assim?

— Querida, essa sua cicatriz no joelho esquerdo. Alvo sempre disse que era uma marca de todos os Dumbledore. Ele tinha, os irmãos tinham, o pai tinha. E você tem.

Hermione olhou para seu joelho. Aquela cicatriz engraçada do metrô de Londres a acompanhava desde que nascera, ela se esquecia dela sempre. Todas suas fotos de quando era pequena levavam essa cicatriz. Era uma marca de nascença engraçada.

Mas ser uma marca dos Dumbledore? Batilda surtara, com certeza.

— Então Sra. Bagshot, voltando a família. Será que pode me dar mais informações sobre a família Grindewald? — Tom perguntara, já que Hermione entrara em um estado de torpor esquisito.

Eles ficaram conversando até um professor avisar que as carruagens sairiam em breve. Os dois se despediram da bruxa, prometendo que se veriam assim que possível. Tom colocou o sobretudo de Hermione quando voltaram para o frio que fazia fora do pub.

Hermione suspirou, ainda parecendo distante. Tom daria tudo para ler a mente dela, mas ela era oclumente e ele não estava a olhando nos olhos.

— Hermione... — começou.

— Eu sei — suspirou novamente — Vamos falar com Dumbledore.

(...)

Dumbledore viu de sua sala quando as carruagens chegara e viu a menina de touca grifinória saltar de uma com o menino com o gorro sonserino. Quase sorriu, eles faziam um belo par.

Quase, pois sabia o que esperava. Em menos de dez minutos uma batida soou na porta e ele preparou o necessário: a penseira, as memórias certas.

Estava na hora da menina saber a verdade.

Tom acompanhara Hermione até a porta da sala do professor, tentando esconder que ele estava tão curioso quanto ela. Se ela fosse de fato uma Dumbledore, não teria problema nenhum em namorá-la, pois ela seria no mínimo mestiça. Seus comensais também não reclamariam. Ele já estava fazendo todos os planos quando as batidas na porta cessaram e Alvo Dumbledore apareceu, sem o eventual brilho nos olhos e o sorriso brincalhão.

O assunto realmente é sério, pensou.

— Senhorita Granger, estava lhe esperando. Entre, por favor.

Hermione olhou apreensiva para Tom, mordendo o lábio. A situação não era favorável, mas Tom achou aquilo muito... sexy.

Ele se adiantou para acompanhar Hermione, que já entrava na sala. Mas Dumbledore o parou antes que conseguisse.

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⏰ Last updated: Apr 02, 2017 ⏰

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Faith - TomioneWhere stories live. Discover now