Aberforth Dumbledore

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— Você está enlouquecendo, Riddle — Hermione rebateu enquanto os dois iam juntos para a biblioteca.

Não que fosse do agrado de Hermione andar junto com Voldemort pelos corredores de Hogwarts.

— Não venha me falar que não é uma ideia brilhante, Granger — exclamou, já perdendo a paciência.

Hermione sacudiu a cabeça em negativa, não era uma ideia brilhante, era uma péssima ideia!

— Tom, você está falando em traçar uma árvore genealógica de Dumbledore e Grindewald! De uma guerra que ainda nem aconteceu! — mordeu sua língua percebendo que tinha falado demais.

Ainda... Espere, me chamou de Tom? — Hermione revirou os olhos. Voldemort podia ser bem obtuso quando queria.

— Não, claro que não — mentiu, agradecida pelo fato de Riddle não ter notado que ela dissera algo proibido — Vamos, Riddle. Temos que estudar.

Hermione estava surtando aos poucos. Tudo estava dando errado desde que ela voltara para Hogwarts e ela sabia que as coisas ainda estavam começando. A batalha de Dumbledore contra Grindewald estava se aproximando e ela não queria ter saído de uma guerra para parar no centro de outra, era muito injusto!

Para piorar teria que se apaixonar por Tom Riddle, mesmo que por alguns minutos. Slughorn era mais criativo em seu tempo, sem dúvidas!

E se não bastasse, estava ficando sem ideias sobre o que faria para completar o que tinha que fazer. Tom Riddle era uma criatura extremamente insuportável e preconceituosa, e Hermione não estava nem um pouco animada para se aproximar dele como Dumbledore aconselhara em seu primeiro dia.

E ela sentia tanta falta de casa, de sua Hogwarts, de seus pais, seus amigos. Sentia tanta falta de Ronald! Parecia que desde que sentira o cheiro dele na Amortentia as coisas tinham piorado consideravelmente. Ela ainda conseguia sentir os lábios frios e desajeitados de Rony sobre os seus.

Como ela iria acabar com toda aquela situação?

Mas ainda assim, enquanto estudava silenciosamente métodos de fazer Amortentia, Hermione conseguia ver porque Riddle era tão considerado tão exemplar. Ele lia concentrado o livro de poções, fazendo pesquisas e anotações e, no geral, ele tinha aquela cara de que era sedento por saber e que usava a cara de forte e intransponível para os outros alunos. Ela sabia exatamente o que era aquilo.

Ela via a mesma imagem todo dia pela manhã quando se olhava no espelho.

Era a mesma cara de forte que fazia sempre que tinha que ajudar Harry e Rony, sempre sendo a pessoa com a solução para os problemas. Ela odiava e amava aquilo.

Às vezes ela só queria respirar um pouco sem tanto peso nas costas.

Ela suspirou e Tom a olhou. Ela não queria admitir, mas ele era muito, muito bonito.

Quando o viu pela primeira vez, assim que abriu os olhos quando chegou de sua viagem, viu que ele era sem dúvidas o mais belo de todos que já passaram por Hogwarts e não ligara a imagem da criatura ofídica horrível que ela conhecia ao menino que a levara até Alvo Dumbledore.

— Algum problema, Granger?

— Como se você ligasse, Riddle — suspirou. Queria ter alguns de seus amigos para contar a loucura que estava vivendo.

— Eu ligo, Granger. Ligo para nota. — disse seco, com o tom de voz superior. — Mas não ligo para você

— Era de se esperar — Hermione queria chorar. — Como se você se importasse com uma sangue-ruim, não é? — coçou distraidamente a marca, coberta com o esparadrapo.

Faith - TomioneOnde histórias criam vida. Descubra agora