Amortentia

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— Tom, meu rapaz, vejo que já está fazendo amizade com a nossa nova aquisição! — Tom fez um esforço e colocou uma das mãos na cintura de Hermione, conduzindo-a para o lugar onde se sentava. Ele viu que a castanha não gostara nada de sua atitude, mas ele não se incomodara.

— Oh, professor Slughorn, eu estou ajudando a Srta. Granger com o que ela precisa. É um dever para o monitor chefe.

— Claro, claro — ele sorriu. Tom notou que os olhos do professor brilharam com um pouco de desagrado e o moreno se perguntou se era porque Hermione pertencia a Grifinória.

Slughorn sempre deixara claro sua preferência pelos sonserinos de sangue-puro. Era a única coisa que Tom achava que era bom no professor de poções.

Enquanto o professor terminava de preparar as coisas para aula e os alunos entravam e tomavam seus lugares, Hermione surpreendeu Tom novamente, como fazia desde que chegara. Tom odiava surpresas.

— Ele está mais magro — Tom notou que a garota não falara com ele especificamente, como na última aula em que sentaram juntos. Parecia perdida em pensamentos e possuía um sorriso singelo em seus lábios.

Tom reparou que as olheiras estavam diminuindo e que a pele estava ficando mais corada, mas se olhasse bem, veria finas cicatrizes de arranhões. Ela devia ter sofrido muito na vida.

Definitivamente, o que Tom sentia pela garota era estranho e inusitado; diferente de tudo que já sentira na vida por qualquer pessoa.

Mas o moreno olhara para o professor. Ele era gigante de gordo! Tinha os cabelos loiros meio achatados na cabeça e um bigode. Parecia, para Tom, um personagem daquele desenho trouxa, como era o nome mesmo?

Ah, claro! Leôncio do Pica-Pau.

Tom odiava esse desenho, mas o assistira algumas vezes quando a tevelisão, ou coisa assim, chegou ao orfanato trouxa, doada por algum empresário rico.

— Ele é tudo menos magro, Granger — ele sussurrou de volta para ela.

— Senhor Riddle, não creio que eu tenha me dirigido ao senhor. — falou arrogante.

Tom meneou a cabeça, mas não retrucou. Enquanto isso, Slughorn ia cumprimentando os alunos que chegavam, instruindo-os a sentar em casais.

Aquilo era inédito. O que ele estaria aprontando?

— Oh, bom dia, meus jovens, Charlize, como vai sua mãe? — ele se dirigiu a uma lufana cuja mãe era do alto escalão no ministério.

Tom não ouviu a resposta da menina, mas se concentrou no caldeirão borbulhante na mesa do professor. Tentou sentir algum cheiro que ajudasse a identificar, mas não sentiu nada.

Tentou se lembrar das poções que não tinham cheiro: Veritasserum, Felix Felicis, qualquer coisa que o deixasse em vantagem em relação aos outros alunos.

— Bom dia, meus queridos — Leôncio começou — A proposta que eu tenho para fazer é algo no mínimo... Inusitado — seus olhos brilharam — Com os NIEMs se aproximando, eu bolei uma ideia para a avaliação de vocês. Mas, primeiro, alguém pode me dizer qual a poção que se encontra aqui? Uma dica: já trabalhei algo com ela aqui com vocês.

Antes que Tom pensasse em levantar as mãos, Slughorn já tinha dado a vez para a menina do seu lado. Hermione.

— É Amortentia, professor. A poção de amor mais forte que existe, mas ela não cria o amor verdadeiro, isso é algo impossível de ser criado com poções.

Faith - TomioneWhere stories live. Discover now