Capítulo 7

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Depois das meninas explicarem pro meninos como conseguiram me convencer a ficar, e falar que iríamos a um barzinho, fomos nos arrumar.

Mia colocou uma calça jeans clara, rasgada em alguns lugares. Uma camisa branca soltinha meia social, por cima um blazer amarelo.

Bruna colocou uma saia cintura alta azul, com uma tomara que caia branca.

Coloquei um vestidinho rosa com detalhes pretos, uma jaqueta cinza escura. Não estava nem um pouco animada para ir nesse barzinho.

Mas de novo as meninas falaram que se eu não fosse iriam ficar chateadas comigo.

- Vamos? - perguntou Bruna.

- Vamos.

Descemos a escada, os meninos estão todos na sala, não conseguia olhar direito pra Felipe e para Pedro.

- Vamos fazer assim - disse Chad - Mia, eu e Felipe vamos em um carro. Lexi, Pedro e Bruna, vão em outro.

Não disse nada. Felipe tentou mudar quem ia com quer, ele queria ir com Bruna, mas acabou aceitando depois.

Entramos no carro e fomos para esse tal barzinho.

Ate que o barzinho era bem organizado e... limpo. Já havia alguns bêbados, mas tudo bem. Sentei entre Mia e Bruna, de frente para Pedro.

Todos pediram bebidas alcoólicas, menos eu, pedi um coca-cola. As meninas me zoaram, mas nem liguei.

Todos estavam conversando animadamente, fiquei quieta.

- Tive um ideia - disse Bruna - É o seguinte. Vamos brincar assim, a gente vai escolher alguém pra perguntar algo, e cada pergunta e pessoa tem que beber um dose.

- Mas a Lexi não ta bebendo - diz Mia.

- Lexi - Bruna me chamou.

- Você sabe que não sou de beber - disse.

- Por favor - disse ela.

- Ta bom, vai. - disse.

- Ae. Eu começo - disse ela - Pedro, você já transou com alguém no mato?

Olhei para baixo desconfortável. Bruna tomou um dose.

- Já - respondeu Pedro. Aquilo me deixou mais desconfortável ainda.

E assim vou varias rodadas, cada pergunta mais obsena que a outra, eu só tinha bebido duas dose.

- Lexi - disse Pedro, levantei a cabeça, nossos olhares se encontraram - Ainda é virgem?

Aquilo me pegou desprevenida, me mexi desconfortável. Tudo bem que ele já deveria estar bêbado, mas eu não queria falar que ainda era virgem.

- Vamos lá patricinha - disse ele - Responde minha pergunta. Ou ta com medo de dizer, que ou é vigem ou é a deusa do sexo.

Ok aquilo já era de mais pra mim.

Me levantei e sai do barzinho. Você pode estar me chamando de criança agora, mas não vou ficar falando da minha vida sexual com um caipira bêbado, apesar de que ele não parecia bêbado.

Alguém segurou me braço, me virando. Meu corpo estava grudado no de Pedro.

- Me solta.

- Espera...

- Você esta bêbado.

- Eu não to.

- Como? Você bebeu umas trezentas doses.

- Sou forte pra bebida. E outra só bebi três doses.

- Idiota.

- Não vamos começar com isso novamente. - ele sorriu de lado.

- Me solta, quero voltar - disse me soltando dele e cruzando os braços.

- Serio? Fique a vontade. A estrada e por ali.

O olhei incrédula.

- O que? - perguntou. - Não pensou que eu parar de me divertir, pra te levar pra casa.

- Verdade, não pode se esperar isso de um idiota.

Me virei e comecei a andar. A estrada estava escura, fui iluminando com o celular. Tinha andado uns dez minutos quando a luz do celular apagou. Que legal! Acabou a bateria.

Estava muito escuro, isso dava medo. Uma luz forte bateu na estrada, olhei para trás e vi o carro de Pedro vindo em minha direção.

Ele parou do meu lado.

- Entra ai - disse ele.

- Não - disse e continuei andando.

Escutei a porta bater com tudo. Senti Pedro me pegar pela cintura e me colocar em seu ombro.

- Ei! Me larga. Me coloca no chão - gritei, batendo na costa dele.

Ele me colocou dentro do carro, depois entrou e começou a dirigir.

- Você é um idiota, sabia? A minha vontade é de esfregar a sua cara no asfalto - disse - Você... Você é insuportável caipira.

- Também te amo - disse ele rindo. Mostrei a língua pra ele.

Ele estacionou o carro. Desci do mesmo e bati a porta com toda a minha força.

- Porque não quebra?

Não respondi. Entrei na casa e fui direto pro quarto. Ia prender o cabelo, quando eu senti uma mão em minha nuca, me virei era Pedro.

Ele vez eu ficar de costas novamente, ele pegou a chuchinha da minha mão, com cuidado ele prendeu meu cabelo em um coque. Fechei os olhos. Não sei porque, mas eu não coseguia me afastar dele.

Ele distribuiu beijos pelo meu pescoço, me fazendo arrepiar. Ele me virou, nossos olhares se encontraram. Ele se inclinou, começando um beijo lento e carinhoso. Ele segurou minha nuca com uma de suas mãos e a outra estava em minha cintura.

Coloquei meus braços em torno da nuca dele.

Nos separamos um pouco por causa da falta de fôlego. Nossos olhares se encontraram.

- Pedro - sussurrei.

- Lexi.

- Eu não posso - disse.

- Porque não - disse ele ainda com a foz roca - Porque eu sou um caipira?

- Não é isso - disse - É...

- Você não entende o porque prefiro ser um caipira, ao invés de poder construir um futuro melhor - disse ele.

- É você tem razão, não entendo - disse - Eu não sei nada da sua vida.

- Vou te contar o que já passei.


Meu Querido Caipira (Série Desejos)Where stories live. Discover now