Capítulo 17

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Sai do hospital e fui direto para a prova do vestido. Cheguei lá, Mia estava quase enfartando.

- Onde você estava? Te liguei mais de mil vezes, o que aconteceu?

- Calma Mia - disse rindo - Eu já estou aqui.

- É, atrasada e encharcada. - disse ela me olhando confusa - Onde você estava.

- Primeiro eu fui no mercado, no caminho de volta tava chovendo muito e acabei atropelando uma mulher, então a levei pro hospital, onde encontrei o Pedro, ele atendeu a mulher que atropelei, e acabo que rolo um beijo.

- Você é Pedro se beijaram?

- De tudo que eu falei você só prestou atenção nisso?

- Não, claro que não. E como assim você atropelo uma pessoa? Meu Deus você é um desastre.

- Obrigada pela parte que me toca - disse. - Mas a mulher esta bem.

- Mas e você e o Pedro?

- Nos nada - disse - Eu só encontrei ele, acabo que rolo um beijo mais nada.

- Mas...

- Você não estava com pressa pra ver o vestido.

- Sim. Claro - disse ela rindo.

O vestido que Mia tinha escolhido para mim foi um azul água, com abertura nas pernas. Ele era bonito e fresquinho, já que o casamento seria de dia.

A cerimônia na igreja seria simples e a festa seria em uma chácara enorme e linda de tarde.

O vestido de Bruna era azul escuro, só de um ombro, e também fresquinho.

Agora o vestido de noiva da Mia, era lindo, ninguém batia aquele vestido. A saia não era tão cheia, mas tinha volume, não era totalmente branco, era um bege, meio nude, era tomara que caia.

Fizemos os ajustes necessários. E fomos para um restaurante perto dali.

- Me conta tudo - disse Mia - Nos mínimos detalhes.

- Conta o que? - pergunto Bruna.

- Ela atropelou uma mulher...

- O que? - Bruna arregalou os olhos.

- Calma não foi nada grave - disse - Ela só teve que engessar o pé.

- Menos mal - disse ela rindo.

- Mas eu também reencontrou o Pedro.

Bruna me encarou, apenas dei de ombros.

Ok, que eu estava querendo soltar fogos por ter visto ele, por ter tocado nele, mas não iria demonstrar isso.

- E ai?

- Rolo um beijo - disse.

- Adoro - disse as duas rindo.

Depois de comer fui para casa, exausta.

Coloquei minha bolsa no sofá e fui direto para o quarto tomar um banho quente e relaxante.

Sai do quarto, já de pijama. Liguei a TV e deixei em um canal qualquer. Um vento frio entrou pela sacada, levantei do sofá e fechei a porta.

A campainha tocou.

Não sei porque, mas meu coração disparou, como se já soubesse o que iria encontrar por trás daquela porta.

Fui ate a porta e abri.

E lá estava ele. Pedro segurava um buque enorme de rosas vermelhas.

Um sorriso tomou conta de mim. Ficamos ali nos encarando, como se estivéssemos voltando aonde tudo começou e aonde não deveria terminar.

Pedro deveria ter acabado de sair do hospital, pois ainda estava com o jaleco. Era impressionante como o tempo só fez bem pra ele.

E como eu senti saudades dele, mesmo com tudo, eu o amava.

Não tinha palavras para dizer. Pedro veio em minha direção, começando um beijo rápido e com desejo.

Ele fechou a porta com o pé, coloquei as flores na mesa de qualquer jeito, tinha outras coisas pra prestar mais atenção.

Pedro foi me empurrando na tentativa de achar meu quarto. Acabei batendo na parede, dei risada entre o beijo. Nos separamos um pouco.

- Senti saudades - disse ele - Do seu corpo. Do seu cheiro. Dos seus olhos. Da sua boca. Dos seus cabelos. De você. Por favor, não fuga mais de mim.

- Nunca - disse - Nunca mais irei fugir. Agora cala a boca e me beija.

Pedro de risada e voltou a me beijar.

O levei ate o meu quarto....

Bom, você já sabe o que aconteceu daí em diante...

Meu Querido Caipira (Série Desejos)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora