Capitulo 8

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Me sentei na cama, na frente de Pedro.

- Bom, meu pai é dono de uma das maiores empresas daqui, ele é muito rico, consegue tudo o que quer em um estralar de dedos, esta pouco se importando com os outros, o mais importante é ele e seu dinheiro sujo. Ele queria que eu fizesse contabilidade, para cuidar dos negócios da empresa, mas meu sonho não é esse, meu sonho é poder salvar vidas das pessoas, ser um medico. Ele não aceitou isso, brigou comigo, minha mãe tentou me defender e acabou sobrando pra ela. Ela saiu de casa, depois de uma semana a encontraram morta em casa. Sofri muito com a morte dela. Depois de alguns dias uns caras apareceram lá em casa, ameaçando de matar meu pai, se ele não pagasse a divida, e também me matariam.

"No outro dia minha avó me ligou pedindo para vir pra cá, só ficar uma semana, por causa que meu avô esta doente. Eu vim, e decidi ficar, nunca mais vi meu pai, não se o que aconteceu, não sei se ele pagou a tal divida, nem se ele ta vivo"

- Pedro - disse - Me desculpa, eu não sabia. Eu... Me desculpa.

Pedro me encarou, seus olhos brilhavam, ele limpou uma lagrima que escorreu em minha bochecha.

- Ei, não fica assim - disse ele - Eu sei que eu também não fui uma pessoa muito amigável quando você chegou. É que você chegou toda praticinha, querendo mandar, cheia de frescura, que ao mesmo tempo isso me irritou e me fez gostar.

O encarei.

- Me conta mais de você - disse ele - Ouvi Felipe dizer que você não era assim antes de acontecer algo.

- Bom, como você escutou, tudo isso é uma mascará pra eu não me machucar de novo. Peguei meu primeiro namorado, a primeira pessoa que eu amei na cama com a minha mãe, desde ai nunca mais tive um relacionamento legal com minha mãe. Tenho trauma de cavalo, porque vi meu pai morrer assim, por minha culpa.

"Meu pai adorava fazenda, e amava cavalos, eu também gostava. Um dia fomos cavalgar, acabei me desequilibrando e o cavalo começo a correr cada vez mais rápido, me pai vou me ajudar, mas ele acabou caindo e se foi"

"Depois disso fui morar com meus avós, ainda estava com raiva da minha mãe, poxa eu só tinha dezesseis anos. Mas um dia minha mãe foi na casa de meus avós, para me buscar, mas eu não quis ir com ela, gritei com ela e sai correndo, acabei que não vi um carro vindo, foi tudo muito rápido, só sei que vi meu avô se jogando em cima de mim. Acordei no hospital, e recebi que meu avô tinha morrido atropelado, e foi tudo de novo, to o sentimento de perda e culpa voltou. "

"Minha avó sofre muito, por dois anos, ela aguentou firme, sofrendo ainda pela perda. Ate que um dia, Felipe foi lá em casa pra fazermos trabalho, acabamos dormindo de tão cansados que estávamos, sei que depois de algumas horas, acordamos com fome, quando entrei na cozinha minha avó estava morta no chão. Ela havia se matado, não aguentou mais sofrer, ela deixou um bilhete, falando que sem meu avô a vida dela não era mais nada, que ela só tinha aguentado aqueles dois anos, por minha causa, e que agora eu já estava maior de idade e poderia me virar sozinha. Felipe me ajudou muito nessa hora, e lá veio de novo a dor, a perda e o sentimento de culpa"

"Foi ai que eu coloquei essa mascará para não me machucar mais, porque não sei o que posso fazer se mais alguma coisa de ruim acontecer na minha vida. Depois de tudo isso, voltei pra casa da minha mãe, ela havia se casado com um cara bem mais rico que ela, ainda não nos damos bem, mas convivemos sem muitas brigas."

- Eu... Eu não sei o que falar - disse Pedro - Eu...

Não deixei ele falar, grudei nossos lábios com um beijo rápido, no começo Pedro ficou surpreso, mas logo passou seus braços em volta de mim, aumentando a intensidade do beijo.

Pedro se deitou em cima de mim, ela acariciava minha cintura. Tirei a camisa dele e joguei para um canto do quarto. Pedro distribuía beijos pelo meu pescoço e voltando a me beijar.

- Pedro - sussurrei - Eu ainda sou...

- Eu sei - disse ele - Não vou fazer nada que você queira. Quem parar?Eu vou...

- Não - disse - Só que...

- Não precisa ter medo - disse ele - Não vou te machucar.

Voltamos a nos beijar, Pedro era carinhoso. Em poucos minutos estávamos nos envolvendo.

Meu Querido Caipira (Série Desejos)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora