Meu Querido Caipira (Série Desejos)

Capítulo 14

Um mês depois:

Eu não aguentava mais. Nesse um mês não me envolvi com ninguém, não tive vontade de sair com meus amigos, de fazer nada. Só queria ficar trancada no meu quarto. Nem desmanchei minha mala que havia levado pra a fazenda. Não tive coragem.

- Lexi eu não gosto de te ver assim - disse Mia.

Não respondi.

As meninas me encararam com um olhar triste.

- CHEGA - gritei assustando-as. - Eu não aguento mais isso, eu não aguento mais minha vida longe dele, eu o amo.

Fechei minha mala.

- Eu vou fazer a coisa mais louca da minha vida - disse.

- O que você vai fazer? - perguntou Mia.

- Eu vou voltar pra fazenda - disse - Vou largar tudo o que tenho aqui. Vou me acostumar com a vida de lá, eu posso me acostumar, não é coisa de outro mundo.

- Lexi....

Não esperei ela falar, liguei para um taxista. E simplesmente fui...

Depois de algumas horas no carro, chegamos na fazenda. Meu coração acelerou. Pedi para o taxista esperar, que eu iria pedir para pegarem minhas malas.

Bati na porta. Dona Francisca me encarou surpresa.

Ela me abraçou.

- Que saudade minha menina que eu estava de você - disse ela - Você encorpou, esta mais linda.

- Também estava morrendo de saudades. - disse. - O Pedro esta ai? Eu sei que eu cheguei tarde - disse vendo que já estava escuro - Mas eu preciso ver o Pedro.

- Claro - disse ela. - Acho que ele esta no quarto.

Passei por ela e subi a escada correndo, fui direto para o quarto de Pedro, abri a porta. Estava ansiosa para ver Pedro novamente, para poder tocar nele.

No momento que abri a porta me arrependi totalmente. Senti vontade de vomitar. Não conseguir segurar as lagrimas.

Pedro me encarou surpreso.

Na minha frente estava Pedro e uma loira siliconada, eles só estavam de roupas intimas.

Balancei a cabeça negativamente, me virei e sai correndo. Dona Francisca me encarou confusa.

- Lexi espera - disse Pedro correndo atrás de mim tentando colocar a roupa.

Dei graças a deus que tinha mandado o taxi esperar. Pedro agarrou meu braço e me virou para eles.

- Me solta - gritei.

- Lexi espera - disse ele - Deixa explicar.

- Não precisa explicar - gritei - Eu vi, e entendi. Agora me solta seu mentiroso.

- Lexi espera, me da só um minuto - disse ele.

- Um minuto - disse.

- Eu pensei que nunca mais a veria, eu tentava ligar pro seu celular mas só caia na caixa postal, deixei mais de mil recados e nada de você responder.

- Eu tinha perdido meu celular - disse.

Ele passou as mãos nos cabelos.

- Eu pensei que não queria mais me ver, que tinha esquecido de mim, eu não aguentei, tinha que tentar distrair minha cabeça.

- Belo jeito de distrair - disse - Eu sofri muito com a nossa separação. Mas fiquei quieta no meu quanto, sofrendo sozinha, diferente de você pelo jeito.

- Lexi...

- Seu um minuto acabou - disse.

Não esperei ele dizer algo, entrei no taxi e o mandei acelerar o máximo possível.