Capítulo 11

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- Acorda bela adormecia - gritou alguém.

Abri os olhos assustada. Vi o chefe do meu lado.

- Se príncipe encantado chegou - disse ele sorrindo.

Me sentei dolorida. Minha cabeça latejava.

A porta se abriu, Octavio trazia Pedro.

Quando Pedro me viu, ele me analisou de cima a baixo, para ver se estava bem.

- Aqui chefe - disse Octavio entregando uma maleta.

O chefe abriu a maleta, que estava cheia de dinheiro. Ele conferiu.

- Muito bem, o playboy trouxe a quantia certa. - disse ele sorrindo.

- Agora deixa a gente ir - disse Pedro.

- Calma ae rapaz - disse o chefe - Olha garoto só vou te dar um aviso, fala pro seu papai não se meter mais comigo. Solta eles.

Pedro correu ate mim, ele tirou a corda do meu pulso e me ajudou a levantar. A abracei com força.

- Vamos embora daqui - disse ele em meu ouvido.

- Vou um prazer conhecer você bela adormecida - disse o chefe - Você é muito gostosa.

Pedro me puxou para andar mais rápido. Saímos daquele lugar, Pedro entrou no carro, entrei depois. Tive que andar devagar, já que meu corpo inteiro doía.

O caminho foi um silencio total. Pedro parou o carro e me ajudou a descer. Ainda sem falar uma palavra.

Entrei na casa. Bruna veio correndo me abraçar.

- AI - disse.

- Me desculpa - disse ela, me analisando para ser se eu estava machucando.

- Leve ela lá para cima - disse dona Francisca - Ela precisa de um banho e descansar. Vou preparar algo pra você comer.

Pedro ficou parou na frente da porta. Quem me ajudou foi Felipe.

As meninas me ajudaram no banho. Depois de colocar uma calça moletom preta e uma regata, me deitei na cama, fechei os olhos. Dona Francisca havia deixado um prato de sopa do lado da cama.

- Você esta bem? - perguntou Mia.

- Fisicamente sim - respondi.

- E emocionalmente? - perguntou Bruna - Pera! Deixa eu advinha, isso tem um nome, e esse nome é Pedro, meu primo.

- Você acertou.

- O que aconteceu?

- Não sei, essa é a questão - disse - Ele não disse uma palavra desde o sequestrado, nada. Nem me olhou direito. Ele ta estranho. Será que ele ficou com raiva de mim? Por ter sido sequestrada? Por ter feito ele gastar todo aquele dinheiro? E se...

- Ei calma - disse Bruna - A culpa não é sua. A culpa é do pai dele. Você não tem nada a ver com isso. Só da o tempo dele, ele já sofreu muito, é muita coisa pra assimilar.

- E você também precisa descansa - disse Mia.

- Amanha de manha você se entendem. Boa noite.

- Boa - disse.

As duas deixaram um beijo em minha testa e foram dormi. Virei de lado, e cabei dormindo por conta do cansaço.

Acordei era mais de meio dia e meio. Levantei e desci. Todos estavam sentados na mesa almoçando.

- Bom dia - disse.

- Esta melhor? - perguntou Felipe.

- Estou - respondi, ainda sem olhar para Pedro - A dor no corpo já passou.

Felipe sorri.

- Senta ai, querida e come um pouco - disse dona Francisca.

Sentei ao lado de Bruna e comi em silencio. Depois de acabar de comer, levantei e sai um pouco da casa. Fui ate onde estavam os cavalos. E os fiquei encarando de longe. Sorri, lembrando do meu pai. Toquei em meu pulso, logo o sorriso sumiu, tinha me esquecido que tinha perdido a pulseira.

- Pensando muito?

Um voz rouca disse atrás de mim, me assustando. Me virei e vi Pedro.

- Ta lembrando do meu pai - disse, olhei para meu pulso e depois voltei a olhar para Pedro.

- Lexi - chamou em um sussurro. - Eu tenho que te dar uma coisa.

Não disse nada. Ele tirou algo do bolso. Quando olhei, abri a boca, era a minha pulseira, ela esta limpa.

- Você a encontrou - disse.

Ele se aproximou de mim, colocando a pulseira em meu pulso.

- Desculpa por não te entregar antes - disse ele.

- Não tem problema - disse - O importante é que você achou.

Ele sorriu fraco.

- Me desculpa.

- Te desculpa pelo que? - perguntei.

- Por ontem - disse ele - Por tudo que aconteceu. Eu deveria tem te ajudado, falado com você, mas eu fiquei quieto na minha e acabei nem te ajudando.

- Eu te entendo - disse - Eu fiz você gastar um dinheiro, que nem sabia que você tinha. Só trouxe confusão. Entendo você me odiar.

- O que? Não, eu não te odeio.

- Não?

- É lógico que não - disse ele, colocando a mão em minha bochecha - A culpa não é sua, é do meu pai. Aquele dinheiro era que eu guardei para a minha faculdade, mas...

- Meu deus - disse colocando o mão na boca - Porque você tirou o dinheiro da sua faculdade.

- Era isso ou você seria morta. E eu prefiro ter você do que ter dinheiro.

Sorri.

- Eu fiquei com medo - disse ele - Com muito medo de te perder. Eu não podia te perder também, aquilo me deixou muito assustado...

- Ei, não precisa dizer mais nada - disse.

Pedro me puxou com delicadeza, começando um beijo calmo e carinhoso.

Ate que ir para o sitio não estava sendo tão ruim.



Meu Querido Caipira (Série Desejos)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant