Poison • l.s. au!criminal

Skyfall Is Where We Start

Este capítulo é sobre o ponto de vista do Harry! Comentem e votem bastante!! Boa leitura :)

Xox

O portão da Prisão Federal de Londres se abre, o som alto do ferro contra ferro deslizando e tornando o momento ainda mais dramático.

Harry olha rapidamente ao seu redor enquanto caminha com as outras pessoas pelo concreto, enfiando suas mãos no bolso do that coat bege que ele usa, procurando algum calor nessa manhã fria de junho.

Ele não queria estar aqui, queria estar em sua casa, em sua cama, entre os cobertores segurando Louis em seus braços. Mas mesmo que ele agora não tivesse caminhando para a entrada de visitantes da prisão, ele não estaria com Louis. Não que ele e Louis tenham brigado, Louis apenas precisava ir trabalhar nessa manhã de sábado.

Mas não é esse ponto. O ponto está onde Harry se encontra, numa prisão de segurança máxima. Harry já fez muitas piadas e ouviu muito que no fim ele sempre teria um quarto reservado na prisão e seus amigos também. Ele sempre riu ou então não fazia qualquer expressão, como se não se importasse, mas ele realmente se importa.

Harry sabe que o que fez nesses vinte e um anos de vida o levariam a prisão perpétua. Ele sabe que merece estar no meio dessas paredes pálidas vendo o sol nascer quadrado. Sabe que ao invés de segurar a mão de Louis ele deveria estar segurando barras geladas de ferro. Mas ele é egoísta demais para simplesmente aceitar o que merece.

- Coloque o celular, documentos, qualquer coisa que tenha nos bolsos... – O policial diz arrastado, totalmente cansado de repetir a mesma coisa pela décima vez ainda antes das oito. – Se tentar algo será detido e preso.

Harry tira tudo dos bolsos e entrega ao policial, que coloca tudo numa cestinha e lhe entrega um passe com o número 'cinco' impresso. Os passos de Harry ecoam pelo corredor, seus olhos passando pelos números sobre as cabines de vidro.

Na cinco ele se senta na cadeira de metal branco, respirando fundo e olhando para o vidro transparente a sua frente. A porta grossa de metal se abre e um policial entra, seguido de um homem com um pijama laranja escuro presidiário.

Harry fica olhando enquanto seu pai é revistado, e o mesmo o encara de volta. Harry não vem visitar seu pai há quase um ano, e ele nem mesmo sabe o que está fazendo aqui, mas ver seu pai – o que lhe ensinou tudo de ruim que um pai poderia ensinar a um filho – do outro lado do vidro, lhe faz pensar.

Ele foi criado para seguir os passos do pai e ser melhor que o outro. Assaltante, matador, agiota, gângster. Os filhos do antigo grupo do seu pai também estão, e eles estão andando exatamente onde seus pais queriam, sendo eles de um modo muito melhor. Harry está nos passos do seu pai, então ele no fim acabará condenado a prisão perpétua por homicídio? Harry e seus amigos ficarão no caminho traçado por seus pais ou farão o próprio?

Desmond se senta em sua cadeira do outro lado, apoiando os cotovelos sobre a bancada e pegando o telefone do gancho. Harry o imita, pai e filho de lados diferente de um mundo que é o mesmo.

- Cada vez que venho aqui seu pijama está de outra cor. – Harry comenta. – O que você anda aprontando aí?

- Sabe como é, crianças que querem mandar e eu não gosto disso. – Des comenta como se não estivesse contando ao filho que arrancou o olho de um presidiário com uma faca de plástico. – Mas você não vem aqui há tempos, não tem como saber sobre meu pijama.

- Eu estive ocupado. – Harry diz apenas, não querendo contar ao seu pai sobre Louis. Ele sabe o que acontecerá se seu pai souber sobre Louis, e o quanto menos ele souber que seu filho tem um motivo para criar seu próprio caminho com alguém, melhor. – Mas eu já te avisei sobre brigas aí dentro pai, eles nunca vão te transferir para o outro estado assim.