Everything Will Break

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O barulho de seus vans contra o afasto é alto, mas os pensamentos que passam sobre a cabeça de Louis é ainda mais. O céu está com aquele nublado típico, mesmo sendo verão na capital inglesa, seus dezenove graus fazendo algumas pessoas largarem seus casacos em casa. Mas Louis não percebe essas coisas, ele não está percebendo nada ao seu redor enquanto caminha para o estúdio de Zayn, numa segunda-feira depois do trabalho.

Nada é como planejado, Louis já percebeu isso. O último sábado reforçou isso para ele, quando depois do casamento de sua mãe aquelas flores foram deixadas na porta de seu chalé, e ele nunca antes havia visto aquele brilho nos olhos de Harry.

Tudo que você confia quebrará, quebrará. Harry disse, suspirando e jogando a cabeça para o alto, ainda pisando em algumas flores. Louis não soube o que fazer, e essas palavras ainda queimam em sua cabeça.

O que ele deveria fazer, afinal? Ele não sabe, exatamente, mas Louis sabe que ama Harry. Aceite isso, aceite fazer seja lá o que o florista quer, acabe logo com isso. Então Louis puxou Harry para dentro do chalé e, bem, os dois precisavam descontar a tensão em algo.

E enquanto Harry estava atrás de Louis na banheira, estocando tão forte e duro que o impulso jogava Louis para a frente, muito menos gentil que o usual, ambos não sentiam a tensão se esvair. Eles poderiam transar o quão duro quisessem, mas o alívio seria momentâneo e a realidade apenas estaria esperando-os calmamente.

Louis dessa vez percebe algo, e logo é tirado de seus pensamentos quando para em frente a um beco bem ao lado do estúdio de Zayn.

De início ele não reconhece os homens ali, mas logo percebe Harry ali e franze a testa. O que ele estaria fazendo ali? Mas logo que ouve a voz do outro soar alto do fim do beco ele entende:

- E o que você vai fazer? Me bater? – Uma risada fria se segue. – Não me interessa o que você acha, eu mandei, você faz, entendeu?

Louis respira fundo, querendo correr até onde Harry está ou correr para bem longe dali. Ele está aqui hoje porque Harry foi falar com Simon e iria trazer as informações, e Louis como agora "acompanha" o que eles fazem, também deveria estar aqui. Ele aceitou estar aqui, e aceitou a vida de Harry, mas as vezes parece ser mais do que ele pode aguentar.

Louis se vira e se recosta na parede na entrada do beco, ele não vai lá, mas é impossível para ele sair correndo. Por mais que ele sinta que esse é o certo ele não pode deixar Harry, e ele já aceitou isso.

Cinco minutos depois dois homens saem do beco, um com um nariz quebrado e com a expressão tão assustada que pensariam que ele havia visto o diabo em pessoa. E depois Harry, que se assusta ao ver Louis parado na entrada do beco.

- Louis. – Ele diz apenas, sorrindo de lado e parando em frente ao menor. – Há quanto tempo está aqui?

- O suficiente. – Ele responde, sorrindo um pouco. – O estava fazendo lá?

- Nós precisamos de armas, mas não podemos comprar com os contrabandistas diretamente porque se a polícia souber, seremos um dos suspeitos. – Harry responde simples, dando de ombros, e Louis entende porque eles são os melhores. Eles não deixam rastros, e cada passo é planejado. – Vamos?

Louis concorda e sai da parede onde está encostado, logo pegando a mão que Harry estende, entrelaçando seus dedos. Enquanto eles andam, o nublado parece dissipar um pouco e raios de sol fazem-se presentes. Harry levanta o rosto para o quente do sol e sorri um pouco, e enquanto observa o sol brilhando em seu rosto lembra de que ele já comentou que gosta do calor do sol.

Poison • l.s. au!criminalWhere stories live. Discover now