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A primeira coisa que Louis registra é odor: pesado, úmido e pungente. Ele respira fundo, seus olhos ainda fechados enquanto levanta a cabeça, parecendo pesada demais para seu pescoço aguentar. Sua mente parece nublada, lenta.

Ele respira fundo duas vezes, abrindo os olhos e piscando rapidamente, sua visão demorando a se acostumar no lugar escuro. Ele passa a língua pelos lábios secos, sua garganta seca e sua boca com gosto amargo. Sua nuca dói, e ele tenta levantar a mão, mas é impedido. Ele tenta novamente, e de novo, tentando de mexer até que percebe que seus pulsos estão amarrados atrás de uma cadeira e seus tornozelos amarrados nos pés da mesma cadeira. E então tudo volta.

Não, não, não, não não não não! Louis pensa freneticamente enquanto tenta se soltar, seu coração batendo rápido e sua respiração se acelerando. Ele foi sequestrado, e não tem ideia de onde está.

Ele tenta olhar em volta, mas a baixa iluminação não entrega o lugar. Ele fecha os olhos e respira fundo, tentando controlar um ataque de pânico que está à beira de explodir. Ele não pode deixar isso acontecer agora, mesmo que os traumas que ele demorou para superar estejam nesse momento quase o tomando de volta.

Sua mente parece menos nublada agora e ele se lembra dos últimos minutos antes de apagar, onde dois caras o interceptaram na calçada. E então, nada.

- OI OIIII – Louis grita, abrindo seus olhos e olhando para frente, onde ele acha que há uma porta. Agora ele está com raiva, muita raiva. – TEM ALGUÉM NESSA PORRA?

Ele escuta o eco da própria voz, que parece bater nas paredes e de voltar em sua cabeça, que parece doer ainda mais por isso. Ele ri, não sabe exatamente porque, mas uma risada amarga sai de sua garganta e ele balança a cabeça enquanto murmura:

- Harry vai ficar louco.

Ele tenta puxar seus pulsos novamente, mordendo o lábio quando a corda que os envolve queima sua pele. Ele respira fundo, e estava pronto para gritar e xingar novamente quando ouve passos.

Louis aperta os punhos quando a porta se abre com um barulho alto, e duas pessoas entram.

- A bela adormecida acordou. – Um deles diz, andando ao redor até que alcança o interruptor e acende a lâmpada. – Já estava na hora!

Louis pisca com a luz repentina, olhando ao redor e encarando os dois homens na sua frente. Os dois sorriem para ele, usando preto dos pés à cabeça e luvas, e Louis tem a impressão que os conhece.

- Sabe, você até que deu trabalho. – O mais alto diz, se aproximando de Louis. – Meu queixo ainda dói do soco. – Ele aponta para seu queixo, onde uma pequena marca roxa e inchada de destaca na pele clara, e Louis sorri com isso. – Está sorrindo?

Louis inclina a cabeça para o lado, olhando o homem dos pés à cabeça, e então o reconhece. É um dos idiotas que estava com Luke na noite do clube, na noite em que Harry o apontou uma arma. Louis suspira, levantando sobrancelha e abrindo o seu melhor sorriso debochado:

- É claro que estou. – Ele pode ver os olhos do outro faiscando, e isso é como combustível para ele. – Foi um belo soco.

Louis não tem tempo de fazer nada, e nem poderia amarrado na cadeira, quando o homem acerta um soco em sua boca. Ele pode sentir o gosto de sangue, e levanta o rosto novamente, passando a língua pelo canto da boca onde o sangue escorre:

- É o melhor que pode fazer? – Um dos problemas de Louis é não saber quando fechar a boca, e nesse momento ele se importa menos ainda com isso, e até mesmo se encole esperando outro soco que não vem.

Poison • l.s. au!criminalDär berättelser lever. Upptäck nu