CAPÍTULO 35

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NÃO ACREDITO. ELE VAI DIZER ONDE ELA ESTÁ? TÃO RÁPIDO?

Sério... ? Não creio.

- Diz então, onde está ela?
- Chega mais perto.

Não digo nada, mesmo não entendendo.

Me ajoelho ao lado dele.

- Não vou dizer. - cospe na minha cara.
- Qual... O seu...  Problema? - digo lentamente limpando minha cara.

Puto.

Desgraçado.

Idiota.

Filho da...

Droga.

Que raiva.

Vou matar ele.

Ele tem problemas? Tem!

Eu odeio ele. Já odiava.

Argh!

- Desgraçado! - dou um soco nele.

Não vou mata-lo agora!

• Dois dias depois •

- Estou me cuidando, pode deixar.
- Pelo amor, se cuide. - me abraça.
- Claro. - sorri.

Me despedi do Luan e fui para meu quarto.

Pego minha mochila com algumas coisinhas que ia precisar, e desço.

Med não estava no quarto, foi para o refeitório com o Gustavo.

Esses dois tem um caso, não sei porque não contam. Mas se estão felizes é o que importa.

Quando saio, vejo Mel saindo, caminho mais rápido para alcança-lá.

- Oi, Melizinha. - sorri.
- Rafaela? - arregala os olhos.
- Surpresa ou é saudade? - caminho até ela.
- Por favor não me faça nada.
- Devia ter pensando nisso quando me bateu, né?

Ela não diz nada, só chora.

Hã?

Vou até ela é seguro ela pelo pescoço.

- Por favor.

Ela chora. Que estranho...

Me preparo para bater em sua barriga.

- Eu tô grávida, eu tô grávida. - diz chorando.
- Você tá o quê?

Me afasto dela.

Como eu não senti o cheiro?

Ela tá grávida...

- Grávida, Rafaela! Meu Deus...

Eu quase matei um bebê.

- Eu quase matei o seu filho. Como não percebi.
- Não sentiu o cheiro de duas pessoas?
- Não...

Paro para respirar, sinto o cheiro da Mel e outras duas pessoas... Gêmeos? Nossa.

Pera, humanos? Um só é humano, o outro não. Um puxou ela, eu acho.

- Humano?
- Sim... Minha mãe quer me matar por isso.
- Que horror. E o pai sabe que é bruxa?
- Se descobrir que sou bruxa, não sei o que faz.
- Vai fazer o que com sua mãe?
- Não sei, mas tem meu pai, me apoia muito.
- Você teve sorte sabia? Eu ia te matar se não tivesse grávida.
- Não sei se agradeço.
- Não precisa. Boa sorte.
- Obrigada.
- Eu ainda quero te matar, sua bruxinha idiota. - saio sorrindo.

Quando mais se precisa a mãe não está ao seu lado, deu até pena dela.

Quando a filha mais precisa da mãe, em um momento sensível, frágil. Quando se precisa de amor, de carinho, apoio.

Doce Vingança - HíbridaWhere stories live. Discover now