CAPÍTULO 37

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Mãe? Mãe, mãe! Aaah... COMO SE ATENDE ISSO?

Comecei a tremer ali. Max viu meu estado, pegou o celular, atendeu, e deu para mim.

Ligação.

- Mãe? Mãe!
- Filha? Está tudo bem?
- Sim, mãe, e a senhora?
- Estou bem. Escute, você não vai atrás de Maria.
- Por quê?
- Pode se machucar.
- Mãe, ninguém vai me fazer mudar de ideia.
- Já disse que não, Rafaela.
- Nem mesmo a senhora.
- Ela pode te matar, vai morrer por uma vingança boba?
- E daí? Eu não vou morrer. Sei me cuidar, e vai ter um monte de pessoas comigo.
- Você não entende!
- Eu não entendo? Acha que eu não entendo que a senhora me abandonou, e agora me liga querendo fazer de conta que nada aconteceu? Me xingando? Acha que é assim? Eu não tenho a senhora do meu lado, meu pai do meu lado. Me colocaram dentro de uma escola, não posso ver ele, não posso ver a senhora Eu só quero  acabar com isso.
- Ra...

Não deixo ela terminar.

- Talvez assim eu posso volta-lá ver ou não? Não quer mais me ver? Eu só quero ter uma vida normal, é difícil pedir isso? Tchau, mãe. Te amo.

Desligo.

Eu estava chorando. Droga, chorei na frente de Luke e do Max. Olhei para lado e Angel me olhava assustada/surpresa, sei lá.

Corri para rua, peguei a moto do Max e dirigi por aí. Não tô nem aí pra onde eu vou, quero um lugar silencioso para pensar.

Lá iam fazer muitas perguntas, não tô afim de responder agora.

Estava dirigindo rápido, eu só dirigi isso devagar. Acho que tenho que ir para uma Praça e aqui tem isso?

Uma árvore... Gosto disso.

Andei mais um pouco procurando uma árvore, até que vi uma alta. Parei a moto de baixo dela e subi. Ótimo, rua vazia, silenciosa, só o barulho da natureza.

...

Não sei, não sei! Minha mãe nunca me liga, nunca me manda uma mensagem, e vem querendo me dizer o que fazer? Certo, ela queria me proteger. Mas, se ela não percebeu a Maria sabe onde estou.

Cadê ela?

Eu só quero minha mãe aqui, aqui do meu lado. É bom ter sua mãe ali, protegendo, velando. Eu sei me cuidar, mas mãe é mãe, é diferente...

Eu estou errada?

Me deu uma vontade de beber sangue, então fui caçar.

[...]

Tinha que ir para "casa", estava tarde, então decidi ir. O que vou dizer para eles? A verdade.

Cheguei rápido, aprendi a "manha" da moto já. Se eu voasse daquela moto e me ferisse, um pouco de sangue resolveria.

Cheguei na casa.

- Oi...
- Rafa! - Max se levanta do sofá rápido. - Onde estava?
- Pensando por aí.
- Ficamos preocupados! - Angel diz.
- Foi mal. Eu queria pensar.
- E deixar nós preocupados? - Harry vem até mim.
- Não, vocês iam me fazer um monte de perguntas como agora e eu queria silêncio. E Max, peguei sua moto. - sorri.
- Nem percebi. - diz irônico.
- Vontade de te bater! - Angel me abraça.
- Também amo você. Abraço em grupo? - sorriu.
- Abraço em grupo.

Todos se abraçamos.

- Vou ver a garota.
- Não sabe o nome dela? - Harry pergunta.
- Vou perguntar para ela agora.

Fui até ela, estava de cabeça baixa.

- Hey!

Não me responde.

Doce Vingança - HíbridaWhere stories live. Discover now