CAPÍTULO 51

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• Rafaela Narrando •

2 meses e meio... Quem me vê diz que estou com 9 meses. Logo você nasce, amor, há qualquer momento. Vai ser uma menininha, que nem a filha da Angel . Falando nisso... Ela já deve estar ganhando, que nem eu. Peyton e ela vão ter a mesma idade.

Peyton... Max gosta desse nome, e eu achei bonito. Já que ele não acompanhou a gravidez, decidi colocar esse nome nela.

Estou em outra cidade, longe dele. Não me acostumei com essa casa ainda, prefiro a minha.

O momento mais feliz da minha vida vou estar sozinha, sem ninguém me apoiando. Como vai ser difícil, mas não vou desistir de nada. Vou continuar aqui, esperando a Peyton nascer.

Pego uma garrafa de sangue e bebo. Minha pequena tem muita sede.

Pego minha bolsa e fecho a porta. No corredor encontro a dona Teresa.

- Olá. - sorriu.
- Oi, dona Teresa.
- Tudo bom, menina? E a pequena?
- Tudo sim. Ela não para quieta, não me deixa dormir. - sorri. - E a senhora?
- Tirando o cansaço, bem.
- Isso é normal. Vou indo, tenho que comprar mais algumas coisa para ela.
- Se cuide, menina, você e ela.
- A senhora também.

Ela é um amor. É a única pessoa que converso aqui.

Pego o elevador. Que enjoo e tontura. Quando saio do elevador me encosto na parede.

- Tudo bem? - o recepcionista pergunta.
- Sim, obrigada.

Volto a caminhar.

Vou no shopping. Entro na loja de bebês. Cada roupa linda... Não sei o que comprar, quero levar tudo. No fim, comprei um macacão rosa, um vestidinho branco com lilás, e uma calça branca. Ela já tem bastante coisas, o básico. Ela vai crescer rápido mesmo.

Comprei um sorvete de baunilha. Comi tudo, mas quero mais... Não.

Fui para a praça.

Quando você está cheio de amigos envolta não da valor, agora sinto falta deles, preciso deles.

Só queria minha mãe. Ela me ajudaria tanto. Sempre me dando concelhos, me dizendo o que é certo ou errado.

Compro outro sorvete, entro no carro e continuo a comer. Quando términoligo o carro.

Chego em casa. Ufa.

Largo as coisas em cima da cama e vou pegar uma garrafa de sangue, bebo até a metade.

[...]

A campainha toca. Corro até a porta.

- Olá, senhora.
- Aqui o dinheiro. - pego a pizza e lhe entrego o dinheiro.
- Seu troco.
- Obrigada.

Liguei a TV, deitei na cama e comecei a comer pizza. AMO. Bem que eu podia ter companhia.

- Tá bom, filha? - sorri e passo a mão na barriga.

Ela deu um chute. AAH. Amo quando ela da chute, não me sinto sozinha. Awn... Nasce logo?

- Awn! Chuta de novo?

Que vácuo.

- Preguiçosa, é só quando da vontade, né?

Larguei a pizza de lado e me escorei na cama. Peguei no sono.

[...]

Aí, que dor. Não paro de remexer na cama. Eu estou suando, minha respiração está forte. Será que é minha filha? O QUE EU FAÇO? Preciso ir para o hospital, você tem que estar bem.

- AÍ! - grito.

É de manhã cedo, Peyton. Caraca.

Coloco um vestido, fico de chinelo mesmo e amarro meu cabelo.

Pego meu celular e disco o número para o táxi. Disse meu endereço e disseram que iam demorar.

- Como demorar, droga? Eu estou ganhando uma criança ou outra coisa pior! Mandem uma droga de um táxi para cá, agora!
- Senhora, os taxistas estão nas ruas.
- Tomara que isso aí exploda! Eu estou grávida, e vocês não estão tem aí. Tô aqui morrendo de dor.
- Mas, senhora...
- Que exploda, e você junto sua otária!

Desligo na cara dela.

Vou ter que ficar esperando um táxi no meio da rua.

E se eu ganhar? Preciso levar uma bolsa.

ESTOU NERVOSA, PRECISO DE ALGUÉM.

Peguei a bolsa e corri até a porta. No corredor encontro a dona Teresa.

Eu consigo dirigir morrendo de dor?

- Já vai sair, menina?
- Eu tô com dor.
- Já está nascendo? Estourou a bolsa?
- Não sei, não sei. Preciso urgente de um hospital, tá doendo. - me encosto na parede.
- Ninguém vai te levar?
- Estou sozinha.
- Eu levo você, vem menina.

Ela me ajudou a pegar o táxi.

- Dona Teresa, eu fiz xixi.
- Não é xixi, menina. - sorriu.
- Como não, escorreu pelas minhas pernas.
- Sua bolsa estourou, você vai ganhar a menininha.

Co... Como?

- CORRE SUA LESMA, EU VOU GANHAR UMA CRIANÇA AQUI DENTRO. AÍÍ! - grito para o motorista.
- Calma, menina.

Como calma? Eu não posso dizer nada para senhora, já é de idade.

No hospital me deixaram horas em cima de uma cama. Eu vou matar o próximo médico que entrar aqui.

- EU ESTOU MORRENDO DE DOR! - grito.

Depois de alguns minutos voltaram.

- Vamos levar você para outra sala.
- Tira ela de mim, por favor, tá doendo.
- Calma, mãezinha.

Me arrastaram até outra sala. Eu estava com uma roupa ridícula de hospital. Eu acho que era agora que eles iam tirar ela de mim. Pegaram uma agulha enorme e injetam em mim.

- Respire fundo, mãezinha, e faz força.

Eu não sentia mais meu corpo.

É agora? Droga.

Doce Vingança - HíbridaWhere stories live. Discover now