CAPÍTULO 53

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Eu tinha chave, então abri. Esperei para dar o primeiro passo.

- Vou carregar a senhora no colo.
- Estou indo.

Cadê a valentona? Anda, Rafaela!

Entrei e não vi ninguém. Peyton estava atrás de mim, não estava nem um pouco nervosa. Já eu estava quase tendo um ataque.

Parei no meio da sala e olhei o lugar. Saudades... Me lembro de muita coisa nessa sala, coisas muito boas.

Escutei uns barulhos vindo do quarto. Peyton correu até lá, abriu a porta.

- AAH! - colocou a mãos nos olhos.
- Peyton. - corri até lá.

Paralisei. NÃO ACREDITO. Não voltei para ver isso. Por quê? Como pode fazer isso comigo? Eu disse que voltava! Disse que o amava... Agora ele faz isso comigo?

...

Não conseguia fazer nada.

- Rafaela... ? - toca a garota no chão.

Não conseguia responder, as palavras não saiam da minha boca. Me lembrei que a Peyton estava ali.

- Va... Vamos... Embora. - gaguejo e puxo a Peyton dali.

Um lágrima escorreu, logo veio outra, e outra, já chorava muito. Não chora, não chora. Por homem nunca!

- Mãe, espera. - Peyton para.
- Vamos logo!
- Aquele era meu pai?
- Seu pai? - ri orônica. - Era um idiota, que eu odeio.
- Rafaela, espera! - Max aparece na porta, estava com uma camisa na mão.

Tudo o que eu menos precisava agora, era ver ele desse jeito. Como ele pode, droga? Depois de tudo...

- O que você quer?
- Te explicar o que aconteceu.
- Já vi tudo.
- Não é o que você está pensando...
- Por que todos falam isso? Vão para o inferno! Me esquece, ok? Eu disse que voltava. Agora fica com qualquer puta que acha por aí? Achei que me amava. - entro no carro.

Peyton observava tudo do meu lado. Por que ela foi ver isso? ARGH!

Em segundos o Max estava do meu lado da janela.

- Eu te amo. Abre isso, vamos conversar.
- Você ama aquela que está deitada na sua cama.
- Você sabe que não é isso. Cara, abre isso. Quer que eu quebre?
- Eu vou quebrar a sua cara, idiota. Sai daí.

Ele parou na frente do carro. Eu vou atropelar esse babaca.

- Eu te atropelo!
- Tem coragem?
- SAI DAÍ, MAX! - grito.
- PAREM VOCÊS DOIS! - Peyton grita irritada.
- Quem é ela?
- Eu sou sua...

Eu calei a boca dela.

- Shiu! Vamos embora.
- Não vou sair daqui.

Vou ser obrigada a fazer isso. Olhei em volta, ninguém. Movimentei minha mão e joguei ele longe.

- Prontinho.
- Ele morreu? - Peyton quase pula do carro.
- Não vai ficar nem com um arranhão. E, esse vai ser um dos seus melhores poderes. - sorri.
- Sério? Não vejo a hora! - pula sentada.

Para onde eu vou? Meu pai.

Acelero e logo estou na casa do meu pai. Businei algumas vezes e desci do carro.

- Onde estamos?
- Seu avô.

Meu pai apareceu na porta. Logo que me viu, colocou a mão na boca.

Que vontade de chorar...

- Pai... - sussurro.

Óbvio que ele escutou.

Eu ia correr até lá, mas tem gente na rua. Corri normal.

Doce Vingança - HíbridaOnde histórias criam vida. Descubra agora