Cap 18

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Alex dirigia tranquilamente e eu admirava a paisagem. O carro parou em um deque que dava para um píer bem grande, as águas do mar estavam claras.
— Vem logo, ou quer ficar aí? — Ele disse já fora do carro.
Saí e começamos a caminhar sob o píer. Olhei para Alex, seus olhos castanhos um pouco mais escuros que o de Athos estavam concentrados do caminho, seu topete perfeito na mesma cor voava com a brisa fria que vinha do mar.
— Você.. — comecei olhando para ele — é muito corajoso por sair com a companheira do temível Athos . — digo observando seu rosto, ele me encarou levantando o cenho.
— E você é corajosa por desafia-lo.
Olho para o caminho do píer novamente, as madeiras estavam um pouco surradas.
— Acho que somos parecidos nisso. — Completo o que Alex disse. Sinto sua mão tocar na minha gerando um leve choque mal penso em qualquer coisa e ele me puxa correndo em direção ao final do píer. O acompanho correndo e paramos chegando ao fim. Eu respirava alto.
— Por quê viemos correndo? — Pergunto.
— Não sei.. — Ele olha para o mar. — Vem quero te mostrar uma coisa.
Chegamos a um binóculo gigante.
— Funciona assim — ele se aproxima de mim — Você pega uma moeda — ele tira uma moeda de meu ouvido fazendo mágica rio com aquilo — e coloca aqui — ele pôs na maquina — E assim.. Desbloqueia a visão — ele diz olhando através por alguns segundos e então me olha — Vem.
Seguro com minhas mãos o binóculo de longo alcance e olho através, a visão era linda, o Sol tocava o mar em outro local da cidade, onde estávamos havia nuvens de todos os formatos, eu brincava comigo mesma ao olhar os formatos das nuvens, uma parecia um coelho pulando, outra um ombro de uma pessoa, outra um urso. Sorrio comigo mesma me afastando do binóculos sem querer e pego Alex olhando em meus olhos com profundidade. Volto para o binóculos e vejo algo interessante, um rio que dava para o mar um pouco distante dali, e bem em cima tinha uma espécie de grades.
— Alex olha! — Me afasto e mostro para ele.
— Ah sim, essas são as ruínas das prisões antigas que haviam aqui.
— Vamos lá! — digo puxando-o.
— Acho melhor não Blaire. — ele disse e parecia sério.
Ignorei o que ele disse.
— Quem chegar no carro por último vai pagar o sorvete . — digo correndo
— Assim não vale — ele diz correndo atrás de mim.
Entramos no carro na mesma hora.
— Deu empate. — Ele disse girando a chave e ligando o carro.
Sorrio ofegante da corrida. Coloco minha cabeça para fora e sinto o vento bater em meu rosto, sorrio com aquela boa sensação. Fico assim até Alex parar no meio do mato.
— Tem certeza? Pra ir pro tal lugar que você quer tem que fazer uma trilha.
Olhei para ele e ergui a sobrancelha, em seguida saí do carro, andando em direção ao mato quebrado, era o começo da trilha.
  Andamos por mais ou menos uma hora, a caminhada da trilha tinhas partes íngremes de descida e umas subidas estranhas. Meu peito doí levemente, ignoro e sigo em frente por mais dez minutos atrás de Alex. As árvores acabaram e pude ver além da grama alta o riacho que nascia e ia para o mar, era como uma mini cascata, olho para o que deveria ser  as portas da antiga prisão, era uma ruína bem antiga e sinistra, tinha algumas pichações e estava alagada. Vejo um topo negro e alto, era uma torre, bem atrás e no alto de tudo aquilo, engraçado que no binóculo eu não tinha visto aquilo.
— Alex o que é isso?
Ouço passos no arredor. Meu coração dispara.
— Blaire vamos aqui é perigoso.
Ele diz fazendo um movimento para pegar a minha mão, mas antes que assim o fizesse é impedido por Athos que o joga longe.
— VOCÊ TÁ MALUCO CARA? — Vociferou Athos com sangue nos olhos — PEGA BLAIRE PARA TRAZÊ-LA PROS ARREDORES DO CASTELO DOS REDS? ME DÁ UM MOTIVO PARA NÃO TE MATAR.  — Athos diz o erguendo com uma de suas mãos em seu pescoço.
— Athos! — Ele vira o olhar para mim ainda sufocando Alex. — A ideia foi minha.
Ele solta Alex que cai no chão e vem em minha direção sinto sua mão segurar meu rosto com força forçando-me a olha-lo.
— Cadela.
— Não machuca ela — Alex diz de pé.
— Das minhas coisas cuido eu. — Athos diz me soltando e me arrastando pelo braço. Odiei aquela frase "das minhas coisas cuido eu" como se eu fosse um objeto de sua coleção, que raaaiva dele! Que ódio vontade de esfaquear ele! Meu dia estava ótimo até ele aparecer! Minha vida estava ótima até ele aparecer. Faço a trilha pela metade do tempo com ele me puxando agressivamente descontrolado, normal né, vejo seu carro e quando estamos chegando perto ele me empurra com violência para o carro, viro-me para olha-lo com os cabelos em minha face. Ele andava de um lado para o outro e passava sua mão no rosto indicando impaciência.
— Você.. Não quero que ande com.. Com Ele! — Ele disse extremamente irritado como se fosse uma ordem.
— E por quê não quer? — Ele olha para mim. Em sua cabeça eu deveria apenas concordar é obedecê-lo, mas eu não sou assim. Questiono mesmo.
Fico imóvel e em meio segundo ele está a minha frente com raiva cercando-me naquele carro com suas mãos nele.
— Porque eu não suporto ver você com ele.
Olho em seus olhos nervosos e seu maxilar indicando o mesmo, Seus olhos diziam a verdade.. Espera.. Ele estava com.. Ciúmes? ... De mim?
Entreabro os lábios sem reação. Athos permanece no mesmo lugar, porém com a cabeça virada para o lado, ele não me olhava. Ergo minhas mãos e toco seu rosto, ele permanece na mesma posição, envolvo seu rosto com minhas mãos e viro seu rosto para mim, ele reluta mas finalmente olha em meus olhos. Seu cabelo castanho para o claro e seus olhos caramelados pareciam mais escuros debaixo das nuvens grossas que estavam acima de nós, seu rosto e corpo eram perfeitos, as mulheres caíam aos seus pés por causa disso, de seus malditos encantos. Seus olhos de predador e sua raiva constante lhe tornavam mais charmoso e sexy. E seus lábios eram.. Ergo meus dedos que passam delicadamente em seus lábios contornados de forma perfeita, Athos me encara e se aproxima mais colando nossos corpos no carro. Vejo seu rosto se aproximar lentamente do meu, seus lábios encostam nos meus mas não me beijam, eles passeiam até a abertura de minha boca e em seguida seus lábios se selam nos meus, em leves movimentos se tornam um beijo cuidadoso e estranhamente carinhoso da parte de Athos.
— Temos que ir. — ele parou o beijo bruscamente e foi abrir a porta do carro. Aquilo foi estranho.

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